Re-Crise


Há alguns sinais, muito evidentes, de que a Crise mundial, que já se anunciava debelada, controlada, pode estar a regressar.

Em círculos privados sempre o disse: que a crise mundial, económico-financeira, que alguns pretenderam apenas financeira, não estava ultrapassada. Sempre o disse, pela evidência de sinais nas sociedades. Alguns espíritos mais bondosos e optimistas iam-me dizendo que não...que não só já se sentia recuperação, como nada ficaria como antes, uma vez passada esta fase, esta crise. 

É bom o optimismo. Eu sou sempre optimista por natureza, mas em assuntos de cariz económico e financeiro, não é o princípio e atitude pelo qual nos devemos pautar. O esforço de um investidor, de um gestor e de um político com responsabilidades em áreas económicas deve ser pelo máximo de realismo e verdade de que for capaz. Em Portugal, por exemplo, os políticos do PS têm feito um genuíno esforço...pela mentira eleitoralista. 

Resultado...este país que até empresta dinheiro a uma economia, também gerida por socialistas, com o mesmo princípio, de encher o olho ao eleitor e gastar o que não se tem, caminha não tão lentamente quanto se julga ou quer dar a entender (nem sei para quê, se tudo se tornará evidente, mais tarde ou mais cedo), para a mesma situação de falência do país, de colapso económico e total dependência das regras e orientações exteriores, de um FMI, e UE, de uma Grécia.

Agora, porém, a situação agrava-se com consequências ainda imprevisíveis, quando uma Suíça, que não passava por nenhuma crise financeira, desde a Segunda Guerra Mundial, e recorde-se a quem não leu a história, que a Suíça há cerca de sessenta anos passou por mais fome e incerteza do que Portugal nessa fase e hoje também! Nessa altura a Suécia também passava por imensas dificuldades...

Ora, esta crise regressa ou não, veremos ...mas no Estados Unidos onde se aplicaram as mesmas medidas keynesianas ridículas, de pedir emprestado dinheiro ao exterior para artificialmente financiar um relançamento económico (e financiar uma economia já financiada e credora), os sinais são mais desanimadores do que outra coisa. Contrair mais Dívida para financiar investimento, público, e aplicar medidas de apoio e salvamento a empresas, em si mesmo podia não ser grave...se um dia houvesse dinheiro para pagar. Mas não há. Não há nem haverá. Nem em Portugal (que estupidamente insiste num TGV que de nada serve a quem não sabe se no mês próximo pode pagar a renda de casa e ir ao supermercado, e isto não é apenas para portugueses, mas bem mais para espanhóis, que muito pior do que nós estão...) nem nos EUA, nem numa França ou num Reino Unido, para só falar de alguns. Já a Espanha...irá a pique com uma velocidade que quando chegar ao colapso nem sabe onde está. Meus amigos, a Espanha não tem, tal como Portugal, nenhum produto! a Espanha só tem ...pesca! E agricultura. o Resto é..um ploff! Cópias do que outras fazem e nem um produto que se possa dizer: é espanhol!

Em época normal um país como a Espanha aguenta-se, como o mercado interno e outros periféricos dependentes dele, como Portugal que consome muitos produtos espanhóis, como peixe que o país vizinho pesca a toda a força com a sua segunda maior frota mundial, e não consome, visto sermos nós os terceiros consumidores per capita a nível mundial e a Espanha muito, mas muito menos. 

Mas se um Finlândia é a Nokia, se uma Alemanha são BMW, Mercedes, Audi, indústria química e tantas coisas mais, produtos que identificam um país, e que lhe dão capacidade futura de recuperação, a Espanha e Portugal são...zero.

A crise ainda não passou e este governo só tem um caminho. Ir-se embora e deixar a gestão do país a quem sabe. Quanto mais tarde, mais despesismo e mais difícil se torna possível o milagre.

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