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O Século XXI como carrasco do Século XX

Surpreendo-me com assustadora frequência pelo que vou descobrindo em leituras repetidamente adiadas. Sempre admirei um dos nomes de referência da ciência Histórica e do pensamento analítico dos nossos tempos, Tony Judt. Judt foi um historiador de renome, um intelectual respeitado, nascido em Londres, tendo leccionado nos Estados Unidos da América e em França e aí vivido. Desapareceu de entre nós em 2010, vítima de uma doença terrível, Esclorose Lateral Amiotófica. Era um simpatizante do pensamento socialista, mas um crítico do mesmo e qualquer forma de totalitarismo e um denunciador de crimes contra a Humanidade. Não foi o único a fazê-lo. Um outro historiador de renome, ainda bem activo, Timothy Snyder, que com ele colaborou, nomeadamente em "Pensar o Século XX", editado em Portugal pelas Edições 70, também tem sido um imparcial denunciador das manobras de manipuladores e perigosos ditadores, como Putin e alguns mais, que não tendo instaurado um regime totalitário, com e...

Novos tempos?

Com a vitória clara do PSD nas últimas eleições legislativas, Portugal conseguiu por fim ao 'tempo de Sócrates' e do défice democrático. Portugal pôs termo ao tempo mais negativo de toda a história da Democracia, desde a Monarquia. E ao pior período económico dos últimos 200 anos. Com a saída, pouco nobre e, uma vez mais, com um discurso cínico de mentira e encenação (como quem se quer deixar como reserva para um eventual regresso à política, talvez através de uma candidatura à Presidência da República, como se a Presidência fosse cargo propício a palhaços mafiosos e criminosos políticos... ofendendo a dignidade de um povo farto e saturado do mais incompetente e anti-democrático de todos os Primeiros ministros, desde Marquês de Pombal!) de Sócrates da nossa vida política activa, quando, se fosse infimamente democrata devia assumir e aceitar a derrota, mesmo com esta dimensão e vexatória, para assim demonstrar o seu respeito pelo Povo, pela sua vontade, e pela Intituição da De...

Conjuntura económica

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Em Fevereiro deste ano eu escrevia que Portugal é um dos países, se não o mais susceptível, que mais afectado pode ser pela crise financeira iniciada pelo crash dos subprime nos EUA. Por esses dias o Ministro Teixeira dos Santos, logo seguido do sempre 'sorridente-optimista-qual-arrogante-com-vidinha-a-gozar-a-dos-outros' Sócrates, vinha dizer que Portugal está bem preparado para enfrentar qualquer crise. Seria o encantatório défice que lhe provocava tal autismo e exaltação? Enfim, agora, para minha tristeza e nosso mal comum, vêm os mesmos que antes perfilavam Teixeira dos Santos, embriagados por um controlo orçamental que nem uma Alemanha cumpre (mas que nós, alunos exemplares, de uma estúpida política europeia, asfixiante e limitativa de desenvolvimento económico, queremos a todo custo seguir), dizer que, afinal...afinal Portugal será dos mais atingidos por esta crise mundial. Pois! E quais as razões? Ora...as que eu aventava nesse meu texto de Fevereiro. Mas eu não sou mini...

Triste Figura

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Por ocasião das declarações de Bob Geldof, durante uma conferência para a qual o BES e a SIC haviam convidado o famoso cantor e activista dos direitos humanos, o BES fez questão de se desmarcar das mesmas, num comunicado totalmente desprovido de interesse e a roçar o mau gosto, para não dizer abjecto. Que interessa ao BES, partindo do princípio de que, como todas as empresas, é feito por pessoas? Que contra tudo e contra todos é sempre melhor defender os interesses económicos, mesmo tendo a plena consciência da razão que assiste a Bob Geldof? Ou que o seu comunicado terá algum impacte, após as palavras, obviamente da responsabilidade única do seu autor? Alguém no seu bom senso, imagina que o patrocinador de uma conferência é responsável pelo que o convidado profere? Isto, claro, excluindo o próprio Governo de Angola, de quem nem será de esperar bom senso absolutamente nenhum, face à sua atitude autista, no interesse dos mesmos, que é a contínua exploração de um povo explorado e martiri...