Vem aí novo Caminho?
José Gomes Ferreira sugeriu uma possibilidade para Portugal. Uma alternativa para esta Democracia, neste momento, sem saída. Estamos encurralados entre os grupos que dominam os nossos Partidos todos e os habituais interesses económicos, que nos têm trazido reféns de decisões erradas e de interesses obscuros.
Porque razão nem um Governo se interessou por dois problemas nacionais prioritários: Corrupção e Desigualdade social?
Porque nunca alguém de valor, com ideias distintas desta doentia praga que nos assola, destes grupos de gente menor que controla os aparelhos partidários, consegue sequer entrar em um grupo de discussão dentro dos Partidos (os principais, os outros nem da Democracia querem saber, muito menos de nós)? Porque se tornaram impermeáveis a simpatizantes e militantes com ideias válidas, mas independentes de grupos formados e fechados para sequestrar a nossa vida política? Todos sabemos boa parte das respostas, não interessa muito explorar este assunto por esse lado.
Pela Internet leio muita gente de valor que pensa o mesmo de José Gomes Ferreira. A eventual criação de uma força política que arrede do poder esta gente inferior e perniciosa que hoje temos. E porque não se dá um passo nesse sentido? Já tarda...
Têm surgido algumas individualidades com ideias supostamente diferenciadoras dos actuais políticos em funções, mas sempre se vem a verificar que nem são melhores, como até serão piores, em interesses apenas pessoais e mesquinhos.
Mas é estatística e liminarmente impossível que em Portugal não se consiga um movimento de gente de grande valor e honestidade, com espinha dorsal, sentido de Estado, visão, coerência e integridade.
O nosso problema, quanto a mim, reside neste fenómeno muito negativo do qual ainda não nos libertámos, que nos atingiu com a Globalização há uns anos, e com a crise, recentemente. Encontramos-nos como uma sociedade dispersa, atomizada nas pessoas, nos seus valores, nas suas competências. Fragmentados. Muita gente de valor está em más condições para se apresentar como pessoas válidas, relegados para planos sociais inferiores ou marginais, fruto das transformações no mercado de trabalho, da fragmentação e dispersão das famílias e grupos de amizade e discussão séria.
Quando olho para os nossos políticos e penso...mas quantas pessoas conheço pessoalmente que têm muitíssimo mais valor e capacidade do que esta gente...porque estão estes em funções, no poder, executivo, legislativo ou mesmo na Oposição? Porquê? Porque tiveram a iniciativa de entrarem em forças partidárias, através de grupos de controlo e manipulação perversa das mesmas, para fazerem da política um instrumento dos seus interesses pessoais e de grupo. E os outros, precisamente os íntegros, nunca o fizeram, e se mantiveram afastados, pelas razões opostas aos actuais medíocres. Por diversas razões, de interesse profissional, porque também a política se lhes tem apresentado como uma actividade indigesta, que lhes provoca azia...(para dizer o mínimo).
Mas por todo o lado têm surgido iniciativas, grupos de discussão e estudo, que se constituem por pessoas de valor inquestionável e, seguramente, outra humildade, honestidade e visão inteligente. talvez nos surjam daí as alternativas. Talvez ainda outras tenham de se formar.
Este é um assunto em que "esperar para ver" se torna já excessivo e preocupante. Não é, como nos tem sido dito por alguns suspeitos interessados em manter a actual situação, da qual vivem, um caso de "conhecimento de dossiers".
É o caso de se encontrarem pessoas com os valores que já sabemos serem fundamentais, gente...com valores, que não os actuais políticos (não todos, claro) que nem os têm.
É mesmo O Assunto.
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