Da matéria inexplorada à mente (ainda) desconhecida
Séculos de Pensamento, de Investigação, desde a aurora da Ciência, e da combinação dos dois, ainda nos deixam provavelmente no adro da nosso templo cerebral.
Razão, Pensamento, Racionalidade, Consciente, Inconsciente, Emoção, Predisposição, Indisposição, Saciedade, Felicidade, Saudade, Desespero, Percepção…as maiúsculas para que tudo tenha uma relevância do mesmo valor no ponto de partida.
Não foi difícil, há milhares, ou milhões de anos, para o primórdio humano, o protótipo do que somos ter percebido a sua diferença quando comparado com os animais (que dizemos irracionais, mesmo agora em que se relativa a racionalidade, perante a emoção, o poder do inconsciente sobre nós, se descobre um pouco mais a forma como o cérebro funciona, como entendemos o mundo, como pensamos e como decidimos).
Está a ser muito mais difícil entender outras vertentes, natureza mesmo, do nosso cérebro, e como se diferenciam conceitos, de forma cabalmente compreensível (já nem direi cientificamente) como mente, pensamento, inteligência.
Um tema muito actual é como se forma um pensamento. Antes ainda, como se armazena uma memória, a mais simples, de uma cor, forma, cheiro (mais complexo). Como é que uma estrutura física elabora? Elabora o que vemos, primeiro, elabora o que pensamos ter visto, o relaciona com esse banco de dados incrível da nossa muito poderosa memória - associar um odor, de muito fugazmente sentido, à passagem de algo ou alguém, a uma sensação, uma outra pessoa, um sentimento mesmo…parece simples, não? E se um odor nos suscita, subitamente um sentimento muito intenso, de euforia, de alegria, ou de nostálgica tristeza?). A capacidade de elaborar analogias, uma arma terrível que nos condiciona, entre tantas, "para o bem ou para o mal”.
Sabemos que inconsciente, hormonas, química em geral, e processos elaborados, nada simples, como aversão, predisposição, mesmo a aparente indiferença, que teve de passar por um processo mental, também ele elaborado, onde as analogias, se fazem sentir, são tudo construções (não digo virtuais, mas efectivas e relevantes, de valor positivo e da sua negação) da mente. Mas até chegar a isso, como funciona o órgão que nos controla?
Como se tem uma predisposição para amar? Até temos por vezes, por várias vezes no percurso da vida, a noção bem real de não termos qualquer predisposição para tal sentimento tão humano, quanto envolvente, dominador e compensador. E como o percebemos, até? Como é que a nossa fantástica mente nos abre uma porta que estaria encerrada? Apenas sinais exteriores? Mas…vamos mais ao fundo? Se pudéssemos visualizar a nossa própria mente, ou de outrém, apenas conseguiríamos ver estruturas. Mais profundamente, poderíamos ver a constituição das mesmas, por outras de menor dimensão, mas não menos importância. E ainda mais em pormenor, a química de que tudo isso se constitui…
Pois! Como é que um conjunto muito elaborado de substãncias, químicas, numa arquitectura física, nos premeiam com pensamentos? Com capacidade de armazenar o que nos chega dos sentidos, que depois é comparado, e depois é comunicado a alguma parte do corpo o resultado desse conselho de administração dos sentidos e sensações, de aversões, de predisposições, de prazeres ou de recusas…e nos leva a uma atitude, ou à ausência dela?
Matéria, como a das pedras, dos minerais que as constituem, das plantas, da água, do ar, dos outros seres vivos ou do mundo que conhecemos, vivo ou inorgânico, numa muito complexa arquitectura nos leva a …odiar, detestar, gostar, amar, adorar…sentir, ser indiferente, reflectir (com maior ou menor influência do consciente, do inconsciente, e influência temporal de outras misteriosas substâncias, como as hormonal, ou ainda de reflexos e posturas psíquicas), ser impulsivo…vem-nos de matéria e se faz “ao mundo” de uma forma ainda muito misteriosa.
Fantástico mundo da mente, mesmo quando escrevo isto. Fantástico, poderoso e até intimidante. Mas fascinante, seguramente (interessante palavra, esta).
E depois ainda queremos entender-nos a nós mesmos, sobre simpatias, antipatias, paixão, raiva, amor ou ódio.
Napoleão tornou famosa a expressão: “soldados, do alto destas pirâmides, quarenta séculos vos contemplam”, quando em Gizé, eternizava a sua chegada e conquista do Egipto.
Imagine-se do alto da nossa “pirâmide mental”, desta catedral, a maior do mundo, com muito mais de quarenta séculos de evolução (que lentidão…) o que nos levaremos, nós mesmos a dizer...
Razão, Pensamento, Racionalidade, Consciente, Inconsciente, Emoção, Predisposição, Indisposição, Saciedade, Felicidade, Saudade, Desespero, Percepção…as maiúsculas para que tudo tenha uma relevância do mesmo valor no ponto de partida.
Não foi difícil, há milhares, ou milhões de anos, para o primórdio humano, o protótipo do que somos ter percebido a sua diferença quando comparado com os animais (que dizemos irracionais, mesmo agora em que se relativa a racionalidade, perante a emoção, o poder do inconsciente sobre nós, se descobre um pouco mais a forma como o cérebro funciona, como entendemos o mundo, como pensamos e como decidimos).
Está a ser muito mais difícil entender outras vertentes, natureza mesmo, do nosso cérebro, e como se diferenciam conceitos, de forma cabalmente compreensível (já nem direi cientificamente) como mente, pensamento, inteligência.
Um tema muito actual é como se forma um pensamento. Antes ainda, como se armazena uma memória, a mais simples, de uma cor, forma, cheiro (mais complexo). Como é que uma estrutura física elabora? Elabora o que vemos, primeiro, elabora o que pensamos ter visto, o relaciona com esse banco de dados incrível da nossa muito poderosa memória - associar um odor, de muito fugazmente sentido, à passagem de algo ou alguém, a uma sensação, uma outra pessoa, um sentimento mesmo…parece simples, não? E se um odor nos suscita, subitamente um sentimento muito intenso, de euforia, de alegria, ou de nostálgica tristeza?). A capacidade de elaborar analogias, uma arma terrível que nos condiciona, entre tantas, "para o bem ou para o mal”.
Sabemos que inconsciente, hormonas, química em geral, e processos elaborados, nada simples, como aversão, predisposição, mesmo a aparente indiferença, que teve de passar por um processo mental, também ele elaborado, onde as analogias, se fazem sentir, são tudo construções (não digo virtuais, mas efectivas e relevantes, de valor positivo e da sua negação) da mente. Mas até chegar a isso, como funciona o órgão que nos controla?
Como se tem uma predisposição para amar? Até temos por vezes, por várias vezes no percurso da vida, a noção bem real de não termos qualquer predisposição para tal sentimento tão humano, quanto envolvente, dominador e compensador. E como o percebemos, até? Como é que a nossa fantástica mente nos abre uma porta que estaria encerrada? Apenas sinais exteriores? Mas…vamos mais ao fundo? Se pudéssemos visualizar a nossa própria mente, ou de outrém, apenas conseguiríamos ver estruturas. Mais profundamente, poderíamos ver a constituição das mesmas, por outras de menor dimensão, mas não menos importância. E ainda mais em pormenor, a química de que tudo isso se constitui…
Pois! Como é que um conjunto muito elaborado de substãncias, químicas, numa arquitectura física, nos premeiam com pensamentos? Com capacidade de armazenar o que nos chega dos sentidos, que depois é comparado, e depois é comunicado a alguma parte do corpo o resultado desse conselho de administração dos sentidos e sensações, de aversões, de predisposições, de prazeres ou de recusas…e nos leva a uma atitude, ou à ausência dela?
Matéria, como a das pedras, dos minerais que as constituem, das plantas, da água, do ar, dos outros seres vivos ou do mundo que conhecemos, vivo ou inorgânico, numa muito complexa arquitectura nos leva a …odiar, detestar, gostar, amar, adorar…sentir, ser indiferente, reflectir (com maior ou menor influência do consciente, do inconsciente, e influência temporal de outras misteriosas substâncias, como as hormonal, ou ainda de reflexos e posturas psíquicas), ser impulsivo…vem-nos de matéria e se faz “ao mundo” de uma forma ainda muito misteriosa.
Fantástico mundo da mente, mesmo quando escrevo isto. Fantástico, poderoso e até intimidante. Mas fascinante, seguramente (interessante palavra, esta).
E depois ainda queremos entender-nos a nós mesmos, sobre simpatias, antipatias, paixão, raiva, amor ou ódio.
Napoleão tornou famosa a expressão: “soldados, do alto destas pirâmides, quarenta séculos vos contemplam”, quando em Gizé, eternizava a sua chegada e conquista do Egipto.
Imagine-se do alto da nossa “pirâmide mental”, desta catedral, a maior do mundo, com muito mais de quarenta séculos de evolução (que lentidão…) o que nos levaremos, nós mesmos a dizer...
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