O (des) respeito pelo Trabalho
Houve tempos em que o Trabalho teria sido respeitado...Houve? Não! Nunca houve. Mas talvez estejamos a entrar numa nova era, precisamente pelo Trabalho, por via de uma Economia que se paute por paridades nunca até hoje vistas. Talvez. Apenas...talvez. Mas...
Em tempo útil, refiro, tempo de Trabalho, nunca vivi um autêntico Respeito pelo trabalho. Pode esta imagem chocar muitas hostes. Eu sei. Mas passo apenas a explicar (contratualmente), o que é tão-só um ponto de vista parcial, como o são todos neste blogue.
Estou, obviamente, a ser voluntariamente excessivo. O que também passo a explicar, em contexto. No entanto, escrever sobre este tema, não parecendo, é repositório de muito mais emoções do que à partida seria de imaginar.
Numa Europa que se foi construindo sobre cadáveres de miseráveis e ilustres, alicerçada em muita dureza social, mas onde também se viram surgir as teorias defensoras de um Humanismo nunca totalmente conseguido, uma Justiça Social, que pouco mais se ficou do que em projecto, uma distribuição de poderes, em Democracias algo coxas, e muito marcadas pela corrupção crescente (talvez não crescente, mas sempre a mesma...), os direitos de quem trabalha, nunca, com honrosas excepções para os lados do Norte (excepção feita a um Reino Unido com uma das mais desiguais sociedades no Mundo, em termos não de direitos, eventualmente, mas de acesso aos mesmos meios de rendimentos auferidos), nunca foram cabalmente respeitados.
Sempre se teve uma visão de regalia, de favor, de excepção e de prémio, de empresários e proprietários de empresas, de administrações e direcções, para com os seus colaboradores. Dir-me-ão...mas numa Alemanha também, dando de garantido que no Sul da Europa sempre assim foi? No centro da Europa, pode este mundo laboral ter sido bem diferente da realidade conhecida a Sul. Mas mesmo por esses lados, onde as desigualdades são bem menores, há também esta errada premissa de que pagar a um colaborador é uma coisa muito próximo de um Favor que se lhe faz. Por cá, acho que muitos de nós reconheceremos o favor que nos têm feito todos os que poder discricionário auferem nas empresas e instituições, em partilharem connosco uns quantos euros.
Quase...uma forma de manterem vivos os desgraçados que um dia se atirarão aos leões, numa luta desigual, qual arena de Roma.
Nesta lógica, se instituem prémios de produtividade, apresentado-os numa tal bandeja de prata, a esses excelentes colaboradores de que se gabam ter nas empresas, antes do dia do seu cair em desgraça. Prémios e auferimentos por 'objectivos' hoje já bem demonstrados serem bem mais contrapuducentes do que benefícios...excepto para a mesma empresa que os abana bem frente aos olhos dos que não têm opção de escolha.
Não. Este não é um discurso marxista, ou aquilosado em pressupostos anacrónicos. É um texto de quem tem observado o insucesso de erradas políticas remuneratórias e injustiças laborais gritantes, todas conducentes a uma depressão salarial, recentemente acrescida, acentuada com total cobertura, ou mesmo imposição de países com muito mais elevados vencimentos e poder de compra dourado.
É um lamento aos gritos de quem não se compadece com este generalizado e, absurdo, tácita e pacíficamente aceite, empobrecimento pessoal e social!
Em tempo útil, refiro, tempo de Trabalho, nunca vivi um autêntico Respeito pelo trabalho. Pode esta imagem chocar muitas hostes. Eu sei. Mas passo apenas a explicar (contratualmente), o que é tão-só um ponto de vista parcial, como o são todos neste blogue.
Estou, obviamente, a ser voluntariamente excessivo. O que também passo a explicar, em contexto. No entanto, escrever sobre este tema, não parecendo, é repositório de muito mais emoções do que à partida seria de imaginar.
Numa Europa que se foi construindo sobre cadáveres de miseráveis e ilustres, alicerçada em muita dureza social, mas onde também se viram surgir as teorias defensoras de um Humanismo nunca totalmente conseguido, uma Justiça Social, que pouco mais se ficou do que em projecto, uma distribuição de poderes, em Democracias algo coxas, e muito marcadas pela corrupção crescente (talvez não crescente, mas sempre a mesma...), os direitos de quem trabalha, nunca, com honrosas excepções para os lados do Norte (excepção feita a um Reino Unido com uma das mais desiguais sociedades no Mundo, em termos não de direitos, eventualmente, mas de acesso aos mesmos meios de rendimentos auferidos), nunca foram cabalmente respeitados.
Sempre se teve uma visão de regalia, de favor, de excepção e de prémio, de empresários e proprietários de empresas, de administrações e direcções, para com os seus colaboradores. Dir-me-ão...mas numa Alemanha também, dando de garantido que no Sul da Europa sempre assim foi? No centro da Europa, pode este mundo laboral ter sido bem diferente da realidade conhecida a Sul. Mas mesmo por esses lados, onde as desigualdades são bem menores, há também esta errada premissa de que pagar a um colaborador é uma coisa muito próximo de um Favor que se lhe faz. Por cá, acho que muitos de nós reconheceremos o favor que nos têm feito todos os que poder discricionário auferem nas empresas e instituições, em partilharem connosco uns quantos euros.
Quase...uma forma de manterem vivos os desgraçados que um dia se atirarão aos leões, numa luta desigual, qual arena de Roma.
Nesta lógica, se instituem prémios de produtividade, apresentado-os numa tal bandeja de prata, a esses excelentes colaboradores de que se gabam ter nas empresas, antes do dia do seu cair em desgraça. Prémios e auferimentos por 'objectivos' hoje já bem demonstrados serem bem mais contrapuducentes do que benefícios...excepto para a mesma empresa que os abana bem frente aos olhos dos que não têm opção de escolha.
Não. Este não é um discurso marxista, ou aquilosado em pressupostos anacrónicos. É um texto de quem tem observado o insucesso de erradas políticas remuneratórias e injustiças laborais gritantes, todas conducentes a uma depressão salarial, recentemente acrescida, acentuada com total cobertura, ou mesmo imposição de países com muito mais elevados vencimentos e poder de compra dourado.
É um lamento aos gritos de quem não se compadece com este generalizado e, absurdo, tácita e pacíficamente aceite, empobrecimento pessoal e social!
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