Um dia apenas, sem nada criar
Hoje foi um dia estranho. De viagem para o Norte do país, pouco ou nada de notícias ouvi durante o trajecto. Estranho...
Não sei que aconteceu, mas não senti falta delas.Vim com os meus pensamentos, a música no carro, pensando que a única coisa que faz sentido na vida de uma pessoas é a criação. Tudo o que não for criação, tem o valor limitado que pode ter e que é o que o valor que os que criaram, os livros que lemos, os filmes que vemos, a música que ouvimos, as obras de engenharia que admiramos, as descobertas científicas (sempre atendendo à sua limitação, própria da ciência, tão efémera quanto uma nova descoberta que se lhe oponha ou ponha em causa, lhe permite) os projectos económicos... dos outros.
E o valor... é dos outros, ou seja o mérito sobre esse valor que queiramos atribuir, ou que lhe seja reconhecido universalmente.
Mas para cada um de nós o valor acrescentado da nossa pessoa no mundo em que nos inserimos, só é real, quando criamos.
E criamos, quase todos nós, qualquer coisa todos os dias.
O que acontece é que muitas, frequentes, vezes passa a nossa obra sem se dar por isso.
Mas a maioria das vezes não estamos capazes de qualquer criação. Por falta de dedicação ( de tempo, de disponibilidade) , de inspiração ( que Saramago e tantos outros dizem não existir ou não acreditarem nela, como fundadora da criação) de competência.
A nossa vida cresce em significado, para nós e para os outros tanto mais, quanto consigamos que a parte criativa da mesma ocupe um lugar maior na distribuição do nosso tempo, de vida.
Comentários
Está na altura de pintar uma tela.
Elementar...
:)