Os problemas relativizam-se, a cada dia, para alguns de nós...


Os problemas que temos. Os problemas dos outros. As nossas desgraças. As desgraças que por aí abundam...

Todos os dias morrem cerca de quarenta milhões de pessoas, por fome, no mundo. A bomba atómica de Hiroshima matou mais de cento e quarenta mil pessoas (mas a estatística não é rigorosa e há quem diga que foram bem mais...) e a de Nagasaki, ambas no final da II Guerra Mundial, num momento em que o Japão já pensava em capitular (e estas bombas, nunca se justificando, foram, no momento do seu lançamento, ainda menos justificáveis...mas as atrocidades dos 'bons', dos 'aliados' não se ficam por aqui...) matou mais de oitenta mil pessoas.

O terramoto do Haiti tirou a vida a mais de cem mil pessoas, já sem qualidade de vida, tal como a conhecemos na Europa. Agora é fácil sentirmo-nos 'agredidos' e horrorizados, tanto com estes números, quanto com a violência que ainda se faz sentir na ilha que Colombo 'descobriu'.

Será igualmente fácil para nós, sentirmos a violência real da fome e das injustiças que abundam por esse mundo?

Claro que...para portugueses, ainda à espera da prometida qualidade de vida a padrões europeus, tudo isto se relativiza.

Mas pensar nisto, não custará assim tanto e pode mudar muito a perspectiva que temos da vida, do bem-estar, dos nossos projectos pessoais e sociais, do futuro.

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