A propósito do novo Museu do Holocausto
Israel inaugurou um novo Museu do Holocausto. Um lindíssimo edifício de arquitectura moderna, onde a luz que incide nos espaços interiores é apenas a suficiente para provocar uma sensação claustrofóbica.
A visão, de novo, das imagens de judeus em campos de concentração, de câmaras de gás...de valas comuns cheias de corpos deformados, subalimentados, irreconhecíveis (um dos testemunhos mais impressionantes que li sobre os efeitos da subalimentação em muitos dos judeus aprisionados foi o de não ser possível, em muitos deles reconhecer rapidamente o sexo, por ser de tal ordem o atrofiamento, que quase se podia congundir com o sexo feminino...), essa imagens, que revisitei mentalmente e agora voltei a ver na reportagem sobre o Museu em Israel e na net, essa visão...levou-me uma vez mais a pensar, sem conseguir resolver tal pensamento, no que poderá tornar possível uma catástrofe humana daquela dimensão.
A maldade como forma de vida?
A cegueira colectiva que, recorde-se, colocaram Hitler no poder e deram-çha força para seguir em frente?
As manifestações colectivas não são, normalmente esclarecidas, elucidadas?
A grande crueldade desses tempos jáo não tem lugar nos dias de hoje? Ou tem, mas notros locais?
Porque não me sinto seguro com nenhuma destas perguntas e outras tantas mais, que aqui poderia deixar?
O novo Museu do Holocausto dos Judeus para que nunca mais se perca na memória de ninguém o que uns (des)humanos podem fazer a outros Humanos.
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