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Um mundo de duas visões perigosas

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Não, o mundo não é visto apenas pelos pontos de vista, pelo prisma de duas grandes tendências...No mundo há uma pleíade de pontos de vista, obviamente. Mas há duas grandes "visões", posturas e formas de vida de risco elevado, para o próprio mundo, no momento actual e no futuro (se entretanto não mudar muita coisa).  A visão das religiões, melhor dizendo, do fundamentalismo religioso. Ou do aproveitamento por autocratas, de dogmas religiosos. O que não é novidade alguma, ou coisa destes tempos. Foi quase sempre assim. Talvez tudo tivesse começado com a vontade de afirmarção de um ponto de vista de uma tribo, sobre outras, há muitos milhares de anos. Talvez nem sempre as religiões tivessem má intenção, mas, vamos dar este beneficio de dúvida, a profunda convicção de uma necessidade de "ensinar" (doutrinar, como se lhe chamou há já séculos atrás, por se tratar da vontade, férrea ou violenta, com frequência...de passar a outros povos, a sua doutrina, as convicções, a cr

Prenúncio, O Outono antes de si mesmo.

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Quando se está a terminar um período de férias, já de regresso a casa, num dos últimos dias, antes do regresso ao trabalho... O dia está fresco, após o calor do sul onde estive, com o sol forte e a praia quente, em momentos de "limpeza" mental necessária, de puro relaxamento, dias sem responsabilidade, sem horários, de leituras imparáveis na areia, tentando aguentar o sol que queima a pele. Mas hoje, o dia está fresco, e parece já ter regressado o aroma dos dias de Outono, o prenúncio da chuva,  prenúncio do ano que vai findar, o prenúncio de mais um clclo de mudança. Bach acompanha-me na leitura a findar de "Lincoln Highway" de Amor Towles, num regresso aos anos de 1950, a minha década, noutras paragens, mas com frescos de uma memória alegre dos meus dias em que via o mundo me permitir sonhar e realizar tudo, com toda a liberdade que queria. Bach e o Concerto BWV 974, em D menor, com o Adágio, interpretado na adaptação para piano, por Vínkingur Ólafsson

Os próximos 26 anos num país com 50 de socialismo

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  "Demografia e o aeroporto vão a um bar". O título do artigo super importante de António Coutinho, no Observador de 21 de Maio. Os Dados:  Em 2025 a população portuguesa irá contrair-se em 7%, face a 2022. Ou seja, iremos ser cerca de 9,713, em vez de 10,44 milhões. A população entre os 20 e os 64 anos, dita activa, irá decrescer em 21%, passando de 6,079 para 4,802 milhões. A dependência da população com mais de 65 anos, da que se enquadra entre os 20 e 64 anos, irá passar  de 40% para 70%. Em  2050, crianças, jovens e idosos (abaixo dos 19 anos e acima dos 64) será de 4,910 milhões (51%) por comparação com a de 2022, que era de 4,364 milhões (42%). O aeroporto de Lisboa, a nova travessia do Tejo, o TGV, uma eventual nova travessia do Douro, são obras que terão de ser pagas por menos pessoas activas, nos próximos anos, do que seriam no passado (se todas estas obras tivessem sido efectuadas há umas dezenas de anos...).  Por quantos anos mais, depois dos 10 a 12 de construção

A democracia vista daquele "lado"

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Há pouco no noticiário da CNN: jornais clandestinos, que circulavam antes do 25 de Abril de 1974, nas prisões, sobretudo entre comunistas. Há 50 anos. 50 anos depois... Os comunistas dão um exemplo de como é ser verdadeiramente democrata e respeitar o voto do povo: Não compareceram na tomada de posse do novo governo. Talvez porque este governo é fascista, claro. O BE também não compareceu. Talvez porque este governo é fascista. O líder do Partido Socialista também não compareceu...?? Talvez por este governo ser fascista. Claro. Para um comunista, para um bloquista, para um socialista, os votos do povo contam, se forem neles. Um grande exemplo de democracia. De democratas, claro. E fascistas são os outros, claro.  Estas flores, que nada têm a ver com a flor nacional da Rússia, o cravo vermelho, seriam mais adequadas, não a eles, aos únicos democratas desta democracia pela metade... mas porque estas não mentem, são assim, leves e puras como as vemos.

Viver o tempo de um herói

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 Viver no tempo de um herói é um privilégio, ou pode ser uma experiência de perda para a humanidade, como nenhuma outra. Aleksey Navalny , foi um homem único. Os homens e as mulheres são todos únicos, mas uns...são bem mais do que todos nós. E assim foi este grande amante da Liberdade no país que nunca conheceu a Liberdade. Samuel Barber, Adagio for Strings Este grande homem que se entregou, incompreensivelmente para nós, às autoridades do regime autocrático e nazi russo, era um advogado que prescindiu de ter uma vida normal, com a sua família, tendo passado pela Europa livre onde, na Alemanha, foi diagnosticado como tendo sido envenenado a mando de Putin. Desistiu da sua liberdade e da felicidade com a sua família. Quantos de nós conseguimos entender isto? Isto, que ele fez pelo país que o viu nascer! Isto que o matou e deixou os que o amavam...sem ele. Conseguem imaginar? Em pleno século XXI. E foi exactamente o que este homem nos deu: o que é ser-se um herói em tempo terminais. Heró

O sector que nos alimenta

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 A agricultura de que todos, sem excepção, dependemos para viver, não tem sido o sector mais cuidado, visto com mais atenção por instâncias políticas que determinam regras, regulamentos, leis, atribuem, limitam ou negam subsídios, praticamente sempre sem olhar com mais atenção e detalhe às condicionantes e necessidades de um sector produtivo e de mercado, mas também responsável por decisivos impactes no Ambiente, positivos ou negativos. Sobre os impactes no ambiente, só é oportuno agora referir que os mesmos podem ser negativos, se os responsáveis políticos europeus continuarem a ver o sector agrícola de um a forma convencional e, diria, química, porque ainda actualmente se vê a Revolução Verde como tendo sido a solução, a grande e única solução, pensarão e dirão alguns, mesmo técnicos agrícolas, que permitiu a Europa devastada pelas duas Grandes Guerras, e mais tarde o mundo, produzir alimentos e eliminar a fome. O que foi verdade, na época e até há alguns anos...quando se começou a p

Viver em solo de palha

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  Se o solo por debaixo dos nossos pés fosse feito só de palha... ...de que nos vale falar e discutir sem fundamentação, sem vivência concreta de algumas situações que pretensiosa ou legitimamente queremos discutir? Está o mundo a passar o tempo mais rico em Conhecimento e Informação que nunca antes a Humanidade havia vivido. Mas o estranho deste mundo dialético é a não assumida ignorância dos assuntos.~ Políticos, gestores de topo, gestores de nível médio, decisores educativos e decisores sociais. Gente culta, mas não criteriosa. Gente não culta, mas aspirante social a discutir com quem pode alguma coisa saber... Hoje, dizem que um reflexo da "discussão fácil" que grassa pelas redes sociais, todos se afirmam, se empertigam e arvoram a assuntos de que, por vezes, nem a mínima ideia têm. São jornalistas de carreira que opinam tudo sobre tudo, e sobre todos. São jovens que se recusaram a evoluir e a se cultivar e informar. São profissionais que viram o mundo um dia, pensado que