O Século XXI como carrasco do Século XX
Surpreendo-me com assustadora frequência pelo que vou descobrindo em leituras repetidamente adiadas. Sempre admirei um dos nomes de referência da ciência Histórica e do pensamento analítico dos nossos tempos, Tony Judt.
Judt foi um historiador de renome, um intelectual respeitado, nascido em Londres, tendo leccionado nos Estados Unidos da América e em França e aí vivido. Desapareceu de entre nós em 2010, vítima de uma doença terrível, Esclorose Lateral Amiotófica. Era um simpatizante do pensamento socialista, mas um crítico do mesmo e qualquer forma de totalitarismo e um denunciador de crimes contra a Humanidade.
Não foi o único a fazê-lo. Um outro historiador de renome, ainda bem activo, Timothy Snyder, que com ele colaborou, nomeadamente em "Pensar o Século XX", editado em Portugal pelas Edições 70, também tem sido um imparcial denunciador das manobras de manipuladores e perigosos ditadores, como Putin e alguns mais, que não tendo instaurado um regime totalitário, com ele colaboram e em conjunto se suportam.
Um dos episódios mais chocantes da nossa História é o do massacre de Katyn, na URSS, numa acção que ali, e noutros locais, assassinou de forma programada e por ordem directa de Estaline mais de vinte e um mil militares polacos, logo a seguir à invasão em acção concertada entre Estaline e Hitler.
Em 2010, Putin, pretensamente intencionando limpar a memória de tal massacre, planeou uma comemoração conjunta com o Governo Polaco, para a qual foram convidados, como é normal, diversos políticos daquele país, para o evento que iria ter lugar na zona de Katyn.
O avião que transportava o Presidente polaco e mais uns políticos, entre os quais o ministro da cultura, amigo de Timothy Snyder, caiu em território russo...
Veio a ser confirmado ter sido uma mais das acções de eliminação de opositores e controlo de simpatizantes, por parte de Putin, em concerto com o Primeiro-ministro da Polónia.
Sabemos já do assassinato do Presidente da Ucrânia, por ordem de Putin e da invasão e tomada de território ucraniano por parte da ditadura russa.
Há quem se espante e desconfie da manipulação das eleições americanas, para eleger Trump, apenas pelas aparentes diferenças ideológicas entre os protagonistas, mas cada dia mais surgem dados concretos que confirmam a conspiração russa.
Actualmente, um pouco por toda a Europa, assiste-se a movimentos opostos de tentativa de tomada de Poder, por parte de Russos e Chineses, com o interesse e colaboração de diversas forças políticas ainda em fase de subtil e ténue suspeita... E por parte dos seus teoricamente opositores de suposta extrema direita.
Lembro apenas que sempre houve alianças entre os dois pólos aparentemente opostos e que já no passado o que parecia ser devaneio de cabeças malucas a terem visões conspirativas, se confirmou como facto histórico.
O que hoje se passa em vários países europeus, nos EUA e nas movimentações chinesas, ainda apenas pela vertente económica, não é mera especulação e muito menos coincidência.
Muitas conquistas se atingiram no Século XX. Desaparecimento de ditaduras em vários países europeus e por outros continentes. Formação de blocos económicos fortes e com base cultural e política comum. No Século XX, o mundo viu crescer o espaço da Liberdade e até da prosperidade.
Parece que o Século XXI nos quer dar sinais de recuo e negação de muitas das conquistas alcançadas?
Judt foi um historiador de renome, um intelectual respeitado, nascido em Londres, tendo leccionado nos Estados Unidos da América e em França e aí vivido. Desapareceu de entre nós em 2010, vítima de uma doença terrível, Esclorose Lateral Amiotófica. Era um simpatizante do pensamento socialista, mas um crítico do mesmo e qualquer forma de totalitarismo e um denunciador de crimes contra a Humanidade.
Não foi o único a fazê-lo. Um outro historiador de renome, ainda bem activo, Timothy Snyder, que com ele colaborou, nomeadamente em "Pensar o Século XX", editado em Portugal pelas Edições 70, também tem sido um imparcial denunciador das manobras de manipuladores e perigosos ditadores, como Putin e alguns mais, que não tendo instaurado um regime totalitário, com ele colaboram e em conjunto se suportam.
Um dos episódios mais chocantes da nossa História é o do massacre de Katyn, na URSS, numa acção que ali, e noutros locais, assassinou de forma programada e por ordem directa de Estaline mais de vinte e um mil militares polacos, logo a seguir à invasão em acção concertada entre Estaline e Hitler.
Em 2010, Putin, pretensamente intencionando limpar a memória de tal massacre, planeou uma comemoração conjunta com o Governo Polaco, para a qual foram convidados, como é normal, diversos políticos daquele país, para o evento que iria ter lugar na zona de Katyn.
O avião que transportava o Presidente polaco e mais uns políticos, entre os quais o ministro da cultura, amigo de Timothy Snyder, caiu em território russo...
Veio a ser confirmado ter sido uma mais das acções de eliminação de opositores e controlo de simpatizantes, por parte de Putin, em concerto com o Primeiro-ministro da Polónia.
Sabemos já do assassinato do Presidente da Ucrânia, por ordem de Putin e da invasão e tomada de território ucraniano por parte da ditadura russa.
Há quem se espante e desconfie da manipulação das eleições americanas, para eleger Trump, apenas pelas aparentes diferenças ideológicas entre os protagonistas, mas cada dia mais surgem dados concretos que confirmam a conspiração russa.
Actualmente, um pouco por toda a Europa, assiste-se a movimentos opostos de tentativa de tomada de Poder, por parte de Russos e Chineses, com o interesse e colaboração de diversas forças políticas ainda em fase de subtil e ténue suspeita... E por parte dos seus teoricamente opositores de suposta extrema direita.
Lembro apenas que sempre houve alianças entre os dois pólos aparentemente opostos e que já no passado o que parecia ser devaneio de cabeças malucas a terem visões conspirativas, se confirmou como facto histórico.
O que hoje se passa em vários países europeus, nos EUA e nas movimentações chinesas, ainda apenas pela vertente económica, não é mera especulação e muito menos coincidência.
Muitas conquistas se atingiram no Século XX. Desaparecimento de ditaduras em vários países europeus e por outros continentes. Formação de blocos económicos fortes e com base cultural e política comum. No Século XX, o mundo viu crescer o espaço da Liberdade e até da prosperidade.
Parece que o Século XXI nos quer dar sinais de recuo e negação de muitas das conquistas alcançadas?
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