Ambiente, alterações climáticas e ideologia

A Cimeira de Madrid COP25 terminou, com um tímido e algo dúbio Acordo "Chile-Madrid, hora de agir".

Parece consensual que o ponto a que chegámos em termos ambientais e, em particular, em termos de Aquecimento Global e consequentes Alterações Climáticas é fundamentalmente o resultado da forma de viver que fomos criando, note-se, desde a Revolução Industrial.




Em concreto, há duzentos anos, quando se começou a utilizar o Vapor na produção industrial e, pouco a pouco, nas nossas vidas com a queima de Carvão, não se sabia nem seria possível prever as consequências em termos de emissões de GEE (Gases com Efeito de Estufa). Vieram depois todos os combustíveis fósseis que ainda são hoje de forma generalizada a base da produção de energia, e mais tarde todas a utilizações daí provenientes, na química, na produção alimentar, na nossa vida, global, em geral.

Mas se há algum tempo, por preocupações ambientais, e também económicas, para diminuir a dependência de combustíveis fósseis e evitar com isso muitos desequilíbrios económicos internacionais, se têm procurado, de forma muito lenta e insegura, soluções alternativas, desde pelo menos há vinte anos que em países ocidentais se discutem estes temas, se reclamam novas soluções e as procuramos, e nos países Orientais de maior população e necessidades de crescimento também maiores, se ignoram ou mesmo afrontam estas novas alternativas e a procura de ainda outras. Por coincidência, são os países com regimes políticos totalitários e todos de "esquerda", dos meus "ideais" dos que pela Europa são mais acérrimos (hipocritamente, é claro) defensores de alternativas, que mais poluem e maiores barreiras levantam a acordos internacionais e a soluções rápidas para inverter um processo que neste momento parece imparável.

Será isto por acaso? Não.

Os ditos países procuram alternativas ao uso de carvão e até de produtos petrolíferos? E ao uso de químicos (de que ainda pouco se fala, dada a força de lobbies... europeus, nos países mais fortes e ricos da Europa, precisamente...)na agricultura? E até a crescentemente falada dieta alimentar demasiado baseada em carnes? 

Se o passado do que construímos (ou destruímos, mesmo sem bem o sabermos) foi mais fruto de necessidades de crescimento económico e de busca de alternativas em economias ainda demasiado dependentes do sector primário, hoje é demasiado evidente, e chocante, ou inadmissível mesmo, que se sabemos em que ponto estamos, os países das mais ferozes ditaduras (China e Rússia) ou democracias com imensos défice democrático (Índia, Indonésia, Malásia...e mesmo Japão) que as decisões são completamente políticas e apenas da política dependentes. Mesmo nuns EUA, onde já há muita pesquisa e até actividade produtiva alternativa à que conduz a GEE.

E ainda há os negacionistas. E os "superiores" nobel-laureados que negam e tentam ridicularizar a evidência das alterações climáticas...pelas quais duzentos (200) países se encontraram em Madrid para discutir e (pseudo) resolver (mesmo assim não foi o sexo dos anjos que se discutiu, nem a estúpida ignorância de Trumo, de Xi Jinping (o actual maior inimigo da Humanidade e do Planeta), a desumanidade nunca condenada ou combatida de um ser infra-humano como Putin ou as hipocrisias de países como Portugal e Espanha (entre muitos outros, diga-se).

A política tomou conta das nossas vidas e futuro, como é evidente e não há como fugir a isso. E era muito bom se assim não fosse, por estarmos a viver tempos que se dividem entre ignorantes e estúpidos prepotentes e prepotentes tão-só.

Mas que o Clima depende hoje da Política e da pior em mais de cem anos, parece-me por um lado mais do que óbvio, ou de "la Palice" e, por outro, a nossa mais do provável desgraça comum. Estamos entregues...a bestas e ignorantes!

Pior é serem bestas e ignorantes com poder a mais. E quais as ideologias mais criminosas, e pouco me importam as propagandas gastas e muito idiotas, por ridículas e transparentes a todos, vindas da Esquerda (falsamente amiga do Ambiente)? Precisamente ideologias de Esquerda. Isto é indissociável. 

A prepotência inadmissível com que países miseráveis, entre os que mais irão sofrer com as consequências de profundas alterações climáticas, mas só os mais pobres entre eles, se debruçam em Madrid sobre este assunto, tem de nos levar à denúncia global e sem margem para hesitações.

Hoje já se sabe muito bem muito do funcionamento do Clima, do Planeta e das nossas Actividades, não apenas Industriais, mas do nosso Consumo. E são os que mais prejudicam a saudável convivência política e comercial, que mais encolhem os ombros e olham para o lado e seguem com o sistema produtivo altamente perigoso para o Planeta. São os ditadores da China e da Rússia e os seus países e alguns países satélites e a eles subjugados.

Por muito que tenhamos de fazer na Europa, e algumas alternativas à redução de emissões de CO2 ainda não serão solução, e não devemos esquecer ou subtilmente ignorar a actividade da Indústria Química, principalmente na Agricultura, que condicionam e subjugam políticos europeus (na Alemanha nomeadamente) para que não se façam alterações à Lei que permitam fazer aparecer e utilizar mais alternativas não poluentes e não causadoras de emissões de GEE, é nos países "emergentes" (agora países dominantes...!) que está o nosso maior problema.

É na China e na Rússia que temos o maior problema da Morte do nosso Planeta (aliás, da nossa... e da deles, pois).

Dificilmente acredito em soluções com impacte real na redução de GEE (CO2, Metano, Óxido nitroso- vide fertilizantes químicos...!) sem que desapareçam as ditaduras em tais países. Eles são a maior ameaça à Paz, mas também ao progresso de outros mais pobres e à recuperação dos mais ricos (onde Portugal decididamente não está!) e também à solução do Planeta.

Não há solução para o Planeta com esta China e esta Rússia!


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