Um Verdade muito conveniente


Uma verdade extremamente importante:

"Há aqui uma potência muito poderosa, que lidera, e que lidera mal. Lidera mal uma Europa... Lidera lá uns interesses, uma visão de interesses pessoais, que, se calhar, também estão um bocadinho errados. Se não, vamos lá a ver: a maior parte das exportações alemãs são para a Europa, para a União Europeia. E, portanto, se eles contam resolver o problema deles deixando os outros numa situação muito debilitada, isso significa que não estão a resolver nada. E deixa-se a Europa à mercê do abutre de maior dimensão."  Diz João Duque, Presidente do ISEG.

Trabalhei em duas multinacionais alemãs. Não eram eles melhores do que nós por cá. Mas julgavam-se. E usavam da uma força e poder que lhes dava a natureza e a nacionalidade da sua empresa, também nossa, mas que eles não admitiam que o fosse, para impor Erros, atrás de Erros e opções ridículas, nem todas, óbvio (uma delas foi a minha grande escola profissional, aliás. Mas onde os erros de posicionamento de produtos, estratégias de marketing e vendas também foram evidentes. Rácios e rácios comparativos fecharam essa empresa em Portugal, entregando a gestão Ibérica a uma Espanha de profundos incompetentes e ignorantes do nosso mercado...) mas foram as 'filosofias' que agora se repetem, de 'nortes e suis' dissonanets e distantes, de Bons e competentes, contra maus e desorganizados, que levaram, como agora estão a levar a Europa, com esta visão de uns 'superiores', que de facto não são, mas apenas têm um país no centro de uma Europa, no centro dos mercados e um mercado interno com dimensão acima de qualquer mínimo viável, à aflência do Equilíbrio e...da VIABILIDADE deste Sistema. Não era possível, como eu tantas vezes o disse antes ainda de 2000, internamente nessa empresa, manter estas distâncias de poder de compra, e fazer-nos comprar os produtos (caros, bons mas caros), como eles pretendem, o país mais exportador do Mundo...nem será possível, mas temo que eles ainda não o tenham percebido. E este meu receio, ou temor, que comungo com vez mais Economistas e Políticos, poderá ser o vaticínio mais negro do Euro, e, espero que não, da Europa. A 'arrogância' germânica está a esconder uma profunda ignorância do que deve ser um Mercado comum equilibrado, onde a generalidade de todos nós têm poder de compra próximo e não este fosso que a nada leva.

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