Exportem-me!
Por hora, o solo nacional é escarrado, talvez, umas (é mesmo a atirar para o ar um valor, de facto) duas a três milhões de vezes? Das instalações sanitárias, públicas e privadas, devem sair, por hora uns outros milhões de homens (e mulheres também?) sem lavar as mãozitas, como a mamã havia ensinado. É lindo! Além de ser muito português...esta coisa de, depois de ter andado com os dedinhos na coisa, dar, por exemplo a mão a outra pessoa, logo à saída do WC, ou atender o telefone, ou ir almoçar, porque não?
Noutro local, ou melhor em milhares deles, por esse país fora, uns tantos tapetes, decorações de Natal e até, why not, lâmpadas são surripiadas das portas de apartamentos, mesmo que os edifícios tenham segurança- o que, aliás, ainda abona mais a favor dessa habilidade tipicamente portuguesa. E assim se conseguem mais uns cêntimos, ou Euros (uns cinco ou seis por dia, que êxtase!).
Melhor do que tudo isto, por mais profissional, umas dezenas de milhar de riscos, feitos de improviso (no que somos melhores, por acaso), com uma chave, ou um qualquer outro utensílio (utensílio, por ser coisa útil) são desenhados, em automóveis, bem ou mal estacionados.E, já agora, uns bons milhares de automóveis ficam, propositadamente mal estacionados, porque, assim, são os seus donos tidos como pessoas que, de tão ocupadas, ou absortas em grandiosos pensamentos, nem tempo têm para se preocupar com uma mal ocupação do espaço de estacionamento público, não deixando, por isso, possibilidade a mais ninguém de ali deixar o seu carro. Mesmo ao lado, uns outros não menos numerosos automóveis, são bloqueados ou multados, por estarem com uma rodinha fora do sítio, ou supostamente não permitirem o normal fluxo de automóveis, ou de peões- que, diga-se, de forma muito positivamente nacional, preferem andar pelas faixas de rodagem, em vez do lindo passeio de calçada portuguesa. Assim, nesta cruzada, a nossa amiga PSP pode continuar a equilibrar as contas públicas, naquilo que não podem, obviamente, contribuir os nosso políticos, agora ditos de pouca qualidade, mas que sempre foram da mesmíssima massa, pois, para mais elevada produtividade, necessitam de, por cada Ministro, Secretário de Estado, ou Presidente de Câmara, pelo menos, uns quinze a vinte acessores.
O nosso querido Presidente da República, que todos dizem, em uníssono, respeitar, logo desancando o mais possível, considera não ter de consultar primeiro, os órgão com função exclusivamente consultiva, como o Conselho de Estado, para depois, e só depois, considerar dissolver a Assembleia da República, que meses antes achava dever continuar em funções e só porque o Governo- apesar de ter vindo a dar uma imagem de desgoverno e imaturidade, de facto!- não funciona nos moldes em que ele, Presidente acha que devia funcionar, no sentido social e político da coisa.
Assim, no mesmo dia, uns bons milhares de políticos- todos nós!- exprimem as suas inspiradas opiniões, vindas da mesma gente que, em concursos televisivos, nem conseguem distinguir uma curgete de uma especiaria, ou de um queijo, ou saber se o Rio Vouga está a Norte ou a Sul do seu tão amado país!
Tenho uma proposta. E não cobro nada por ela.
Venda-se este povo! Todo, de uma só vez. Exportem-no. Depois pode-se comprar outro. E, se o negócio for bem conduzido, até serve para equilibrar as contas nacionais. E dá-se a oportunidade a este espaço geográfico de ter um povo melhor, que seja melhor em matemática, com políticos de qualidade superior, com mais letrados e menos iletrados, sem escarros e papéis atirados para o chão comum, com uma sinalética, nas estradas e localidades, adequada e feita a pensar em pessoas, sem complexos de assumir marcas e empresas, na divulgação de locais das mesmas, sem a procissão de imbecilidades televisivas, ou concursos estúpidos com concorrentes ainda piores, com polícias, serviços públicos e entidades oficiais que tenham prazer em servir (quem os paga!) e tratem as pessoas como tal e não como UTENTES, etc. etc.
Venda-se o povo português e depressa. Até porque, com a especulação imobiliária que temos, podem haver compradores que imaginem que ganham com o negócio, comprando bem e ainda ganhando com a venda do povo.Venda-se!
E nem quero comissão pelo negócio.
Só peço uma coisa: como tive eu a ideia, que me deixem escolher o país para on de serie exportado. Apenas isso.
Bom negócio!
Noutro local, ou melhor em milhares deles, por esse país fora, uns tantos tapetes, decorações de Natal e até, why not, lâmpadas são surripiadas das portas de apartamentos, mesmo que os edifícios tenham segurança- o que, aliás, ainda abona mais a favor dessa habilidade tipicamente portuguesa. E assim se conseguem mais uns cêntimos, ou Euros (uns cinco ou seis por dia, que êxtase!).
Melhor do que tudo isto, por mais profissional, umas dezenas de milhar de riscos, feitos de improviso (no que somos melhores, por acaso), com uma chave, ou um qualquer outro utensílio (utensílio, por ser coisa útil) são desenhados, em automóveis, bem ou mal estacionados.E, já agora, uns bons milhares de automóveis ficam, propositadamente mal estacionados, porque, assim, são os seus donos tidos como pessoas que, de tão ocupadas, ou absortas em grandiosos pensamentos, nem tempo têm para se preocupar com uma mal ocupação do espaço de estacionamento público, não deixando, por isso, possibilidade a mais ninguém de ali deixar o seu carro. Mesmo ao lado, uns outros não menos numerosos automóveis, são bloqueados ou multados, por estarem com uma rodinha fora do sítio, ou supostamente não permitirem o normal fluxo de automóveis, ou de peões- que, diga-se, de forma muito positivamente nacional, preferem andar pelas faixas de rodagem, em vez do lindo passeio de calçada portuguesa. Assim, nesta cruzada, a nossa amiga PSP pode continuar a equilibrar as contas públicas, naquilo que não podem, obviamente, contribuir os nosso políticos, agora ditos de pouca qualidade, mas que sempre foram da mesmíssima massa, pois, para mais elevada produtividade, necessitam de, por cada Ministro, Secretário de Estado, ou Presidente de Câmara, pelo menos, uns quinze a vinte acessores.
O nosso querido Presidente da República, que todos dizem, em uníssono, respeitar, logo desancando o mais possível, considera não ter de consultar primeiro, os órgão com função exclusivamente consultiva, como o Conselho de Estado, para depois, e só depois, considerar dissolver a Assembleia da República, que meses antes achava dever continuar em funções e só porque o Governo- apesar de ter vindo a dar uma imagem de desgoverno e imaturidade, de facto!- não funciona nos moldes em que ele, Presidente acha que devia funcionar, no sentido social e político da coisa.
Assim, no mesmo dia, uns bons milhares de políticos- todos nós!- exprimem as suas inspiradas opiniões, vindas da mesma gente que, em concursos televisivos, nem conseguem distinguir uma curgete de uma especiaria, ou de um queijo, ou saber se o Rio Vouga está a Norte ou a Sul do seu tão amado país!
Tenho uma proposta. E não cobro nada por ela.
Venda-se este povo! Todo, de uma só vez. Exportem-no. Depois pode-se comprar outro. E, se o negócio for bem conduzido, até serve para equilibrar as contas nacionais. E dá-se a oportunidade a este espaço geográfico de ter um povo melhor, que seja melhor em matemática, com políticos de qualidade superior, com mais letrados e menos iletrados, sem escarros e papéis atirados para o chão comum, com uma sinalética, nas estradas e localidades, adequada e feita a pensar em pessoas, sem complexos de assumir marcas e empresas, na divulgação de locais das mesmas, sem a procissão de imbecilidades televisivas, ou concursos estúpidos com concorrentes ainda piores, com polícias, serviços públicos e entidades oficiais que tenham prazer em servir (quem os paga!) e tratem as pessoas como tal e não como UTENTES, etc. etc.
Venda-se o povo português e depressa. Até porque, com a especulação imobiliária que temos, podem haver compradores que imaginem que ganham com o negócio, comprando bem e ainda ganhando com a venda do povo.Venda-se!
E nem quero comissão pelo negócio.
Só peço uma coisa: como tive eu a ideia, que me deixem escolher o país para on de serie exportado. Apenas isso.
Bom negócio!
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