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O homem reduzido

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Ler. Devia ser considerado o mais humano dos actos humanos.  Pensar, tentar entender, aprender, ver novos mundos. Conhecer. Esta sim, devia ser a nossa missão, toda a vida. Dedicar a vida à tarefa mais ingrata e impossível: aprender. Nada mais humano, nada mais marcante e diferenciador. No sentido do nosso entendimento nunca possível ou realizado, sobre o mundo. O  undo físico, o mundo das pessoas, do que elas são, o do pensamento e do que elas imaginam. Do que as pessoas foram e do que fizeram. E as pessoas fizeram este mundo. Para além do biológico total, bem maior e incompreendido, onde mandam os microrganismos, que afinal mandam mesmo em nós. Mas pensamos que não, como mais um dos enganos a que nos entregámos, desde que somos gente. Pensámos mal, pensamos mal. Muito humano. Este mundo, cheiro de erros, cheio de beleza, cheio de crimes contra o mundo natural e contra nós mesmos.  As pessoas pensam e fazem-nos pensar. As que vemos, e nos encantam e nos geram desejo, for...

O Cavalheiro da Democracia

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Pedro Santana Lopes, ao lembrar os momentos de alguma divergência entre Francisco Pinto Balsemão e Francisco Sá Carneiro, usou a expressão, sobre Balsemão, de ele era um "Cavalheiro da Democracia".  Penso que é o melhor a mais acertado epíteto sobre um dos últimos "fundadores" da Democracia portuguesa e fundador do Partido que, há 50 anos, mais por Sá Carneiro, me fez ser, durante uns decénios um simpatizante, um eleitor do PSD. Mas se Sá Carneiro foi o primeiro político me contagiou a paixão pela Política, pelas causas públicas, pelo meu interesse em história e filosofia políticas, Balsemão, afinal, sempre esteve ali, do lado das mesmas ideias e princípios do seu amigo, co-fundador do PPD, que morreu subitamente naquele acidente trágico, sempre e ainda por esclarecer, Balsemão foi um homem que, educado no seio das elites de Lisboa, fez questão que ser um defensor intransigente de políticas sociais justas e, principalmente, da Liberdade que, mesmo antes de 1974 já e...

Domingo, Outubro 12: mais uma oportunidade de libertação de democracia liberal

  Portugal não está numa situação fácil. Não o está há mais de 10 anos, desde o golpe anti-democrático iliberal de António Costa, que não respeitando o voto do povo, fez cair um Governo do Partido mais votado na altura. Mas os riscos de captura do poder em Portugal por forças não democráticas, antidemocráticas, anti-liberais ou iliberais, todas elas com um objectivo único de Poder, e de subjugação de um povo, seja por via de asfixia financeira e económica das famílias e indivíduos, seja por instalação de um Estado muito securitário, ao estilo de uma Hungria ou de países ainda menos recomendáveis, esses riscos permanecem. São subtis, como sempre o foram as estratégias: lançar a ideia de que o Estado precisa ...sempre de muito dinheiro, de todo o dinheiro, de todos nós (com excepção dos privilegiados de um futuro poder anti-democratico, ou democrático com défice de liberdade, ou ainda democrático, mas iliberal- por apenas permitir as actuais instituições políticas, mas mantê-las no t...

A hecatombe feliz

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Eleições Legislativas de 2025: hecatombe socialista! Para muitos, o acontecimento da noite foi o crescimento do Chega. Para outros, foi a vitória da AD. Julgo, mas posso enganar-me, que o acontecimento, que marcou o fecho de um ciclo e o início de outro, foi a derrota estrondosa e humilhante do Partido Socialista. Pessoalmente, há uns 50 anos, e seguramente há 20 que espero esta derrota, como a melhor coisa que podia acontecer a Portugal.  O fim do ciclo da arrogância socialista, do inevitável PS, do incontornável "fundador da democracia", afinal do Partido que mais nos atrasou enquanto país, nos asfixiou fiscalmente, nos ignorou como todos burros, nos manipulou com uma multiplicidade de falsos independentes na Comunicação Social e nas Redes Sociais, que manipulou reincidentemente indicadores económicos, e se ria dos portugueses da forma mais vilipendiante que se possa aceitar...aconteceu. Finalmente! O PS precisa há muito, de um líder que seja mais humilde, que nos respeite,...

Porque estamos hoje Aqui?

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Fareed Zakaria, no seu mais recente livro traduzido em português. Age of Revolutions,  analisa os movimentos, convulsões, revoluções que moldaram o nosso mundo actual. Num tortuoso, e doloroso por vezes, caminho de Progresso e Retrocesso, a humanidade nem sempre avançou. Na verdade, provavelmente teve mais movimentos e eras de retrocesso do que de progresso. Não será de surpreender, julgo eu, se ainda temos três quartos do nosso mundo actual sem Liberdade.  Ian Morris, em  Foragers, Farmers, and Fossil Fuels , já nos havia alertado que a humanidade nem sempre quis a Liberdade e a Democracia. Teremos hoje, num mundo que nos surpreende pela velocidade do avanço científico e tecnológico, sociedades que podiam estar assim...há uns trezentos ou mais anos?  Não fossem guerras, devastadoras, guerras ideológicas, religiões e as suas imposições pela força e pela perseguição, auto-impostas limitações de muitos ou todos nós, quanto a liberdade de pensar e de actuar...e provav...

Mário Soares

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Assisti aos primeiros 50 anos da Democracia, desde a minha adolescência. Em Abril de 1974 tinha catorze anos e meio. Nada sabia do mundo, da vida ou da política, mas despertei, não de uma só vez, pois não tinha maturidade e ainda tinha muita imaturidade, e, com isso, muito pouca noção do que havia acontecido. Mas tive a sorte de ter um pai que, ele sim, tinha vivido atento ao país, embora silenciosa e sigilosamente. Na família não havia nenhum resistente ao regime de Salazar e Caetano, mas isso nunca nos retirou o direito de nos sentirmos sempre do outro lado desses tempos e das suas políticas, e nunca, por isso mesmo, fazermos qualquer conceção à Liberdade. A Liberdade, na minha família, melhor, da geração dos meus pais, na família, foi sempre um bem inegociável e tivemos sempre a consciência do reconhecimento aos militares que fizeram a Revolução do dia 25 de Abril.  Como intransigentes, e eu, assumidamente, em crescendo, nos anos consecutivos a 1974, defensores da Liberdade, nun...

O mundo pode bem...piorar

Podemos começar pela Ucrânia, ou pela Rússia e Putin, que foi quem iniciou o conflicto. Ou por Israel. Por Trump e as eleições americanas. Pela ditadura cruel da Venezuela. Talvez também pelo doido da Coreia do Norte, ou o maior aldrabão e assassino actual o chinês Jiping. Os inimigos das mulheres, no Irão, no Afeganistão ou na Arábia Saudita.. E também temos uns quantos doidos, ou mentirosos autocráticos na Europa, na Turquia...e continuar.  Algo disto é irreal? Ou é mesmo este baralho de cartas louco que nos vai condicionar a vida nos próximos anos. Quantos anos? Podem ser quatro, ou oito, ou dez...ou mais uns 20, nalgumas paragens por esse mundo. Mas imagine-se (a confirmação vem já a seguir) Trump a ganhar as eleições e ser o próximo Presidente dos Estados Unidos. Trump gosta de se dar bem com Putin (ou é amigo, ou pensa que é, fora as suspeitas da Rússia de Putin ter ajudado em eleição anterior). Diz o louco que os americanos querem eleger, que acaba a guerra contra a Ucrânia ...