Leituras recomendadas
Podemos passar tempos indefinidos a ler banalidades, ou histórias interessantes que apenas nos ocupam e dão prazer. Nunca nada de mal existe em continuarmos em hábitos de leitura ligeira, que nos tornam as horas mais agradáveis e até as companhias mais preenchidas, com a partilha de uma bela história, com a leitura de um bom livro, mesmo que apenas se trate de um romance, de mera ficção. Há livros que conseguem cativar-nos pela qualidade da escrita, como pela qualidade da construção do enredo.
Mas há outro tipo de leituras, que uma vez por outra fazem todo o sentido e nos ajudam no desenvolvimento pessoal, enriquecendo-nos com conhecimentos e ideia, tanto como com a qualidade da sua prosa.
Recentemente encalhei em alguns desses livros de que quero deixar testemunho, mesmo ainda a caminho de conclui a sua leitura.
Brendan Simms escreveu uma obra tão fascinante, como inteligente e importante. Uma leitura actual, que nos apela a uma reflexão que nem sempre conseguimos ter. Europa, a luta pela supremacia, de 1453 aos nossos dias, editado em Portugal pelas Edições 70, uma obra de 2013, publicada em português em 2015.
Simms fala-nos da História dos últimos quinhentos anos, dos Impérios, sua ascensão e queda e de como a Europa que "construiu o Ocidente" sempre lutou por um desenvolvimento e por uma paz que nunca atingiu cabalmente. De como ainda hoje persistem sinais de um passado agitado, baseado em fronteiras em constante mudança, e em busca de uma força que lidere um mundo, que actualmente parece ter perdido.
Timothy Snyder, em Terra negra, o holocausto como história e aviso, uma obra de 2015, publicada pela Bertrand em 2016, descreve-nos um Hitler menos conhecido e alerta-nos para perigos que imaginamos não serem mais possíveis. É um a obra perturbante, pela proximidade de algumas ideias com o mundo de hoje, mas sobretudo pelo entendimento sobre esse fenómeno que ocorreu num país desenvolvido, no seio de um dos povos já na altura, mais cultos do mundo. Um fenómeno que surgiu na sequência das desgraças que se abateram sobre a Alemanha derrotada e devastada pela Guerra mais sangrenta da História, a Primeira Guerra Mundial, com as consequências económicas conhecidas e mesmo com a complacente atitude dos Aliados perante a Grande Alemanha. Uma atitude que não se viu ou se vê com mais algum outro país no Mundo. E ainda assim, nessa Alemanha de há pouco mais de 70 anos, surgiu um novo fenómeno de violência nunca antes visto, de genocídio continuado e persistente sobre um povo tido como a causa de todos os males. Fenómeno que não surgiu isoladamente, mas que bebeu a violência no passado já vivido em outras paragens, contra os Judeus, como na Rússia dos Czares, na mesma Rússia, ou União Soviética, onde esse povo e religião sofreram perseguições, não tão organizadas, mas bem mais devastadoras do que a perpetrada por Hitler.
O Demónio da Depressão, de Andrew Solomon, uma obra que nada tem a ver com História, Cultura ou Política, obviamente, mas que muito actual é, sobre a doença que se tornou uma das mais importantes no Mundo e que vitima tanta gente, é outro livro que recomendo. Tanto pela qualidade muito elevada da sua escrita, como pela oportuna temática, esta obra é de imprescindível leitura e também nos alerta para o Mundo actual, e para os conhecimentos e erros do passado, como para a necessidade de vermos esta doença com novos olhos.
Mas há outro tipo de leituras, que uma vez por outra fazem todo o sentido e nos ajudam no desenvolvimento pessoal, enriquecendo-nos com conhecimentos e ideia, tanto como com a qualidade da sua prosa.
Recentemente encalhei em alguns desses livros de que quero deixar testemunho, mesmo ainda a caminho de conclui a sua leitura.
Brendan Simms escreveu uma obra tão fascinante, como inteligente e importante. Uma leitura actual, que nos apela a uma reflexão que nem sempre conseguimos ter. Europa, a luta pela supremacia, de 1453 aos nossos dias, editado em Portugal pelas Edições 70, uma obra de 2013, publicada em português em 2015.
Simms fala-nos da História dos últimos quinhentos anos, dos Impérios, sua ascensão e queda e de como a Europa que "construiu o Ocidente" sempre lutou por um desenvolvimento e por uma paz que nunca atingiu cabalmente. De como ainda hoje persistem sinais de um passado agitado, baseado em fronteiras em constante mudança, e em busca de uma força que lidere um mundo, que actualmente parece ter perdido.
Timothy Snyder, em Terra negra, o holocausto como história e aviso, uma obra de 2015, publicada pela Bertrand em 2016, descreve-nos um Hitler menos conhecido e alerta-nos para perigos que imaginamos não serem mais possíveis. É um a obra perturbante, pela proximidade de algumas ideias com o mundo de hoje, mas sobretudo pelo entendimento sobre esse fenómeno que ocorreu num país desenvolvido, no seio de um dos povos já na altura, mais cultos do mundo. Um fenómeno que surgiu na sequência das desgraças que se abateram sobre a Alemanha derrotada e devastada pela Guerra mais sangrenta da História, a Primeira Guerra Mundial, com as consequências económicas conhecidas e mesmo com a complacente atitude dos Aliados perante a Grande Alemanha. Uma atitude que não se viu ou se vê com mais algum outro país no Mundo. E ainda assim, nessa Alemanha de há pouco mais de 70 anos, surgiu um novo fenómeno de violência nunca antes visto, de genocídio continuado e persistente sobre um povo tido como a causa de todos os males. Fenómeno que não surgiu isoladamente, mas que bebeu a violência no passado já vivido em outras paragens, contra os Judeus, como na Rússia dos Czares, na mesma Rússia, ou União Soviética, onde esse povo e religião sofreram perseguições, não tão organizadas, mas bem mais devastadoras do que a perpetrada por Hitler.
O Demónio da Depressão, de Andrew Solomon, uma obra que nada tem a ver com História, Cultura ou Política, obviamente, mas que muito actual é, sobre a doença que se tornou uma das mais importantes no Mundo e que vitima tanta gente, é outro livro que recomendo. Tanto pela qualidade muito elevada da sua escrita, como pela oportuna temática, esta obra é de imprescindível leitura e também nos alerta para o Mundo actual, e para os conhecimentos e erros do passado, como para a necessidade de vermos esta doença com novos olhos.
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