A lavagem da imagem do chefe
Em tempos de eleições ou pré-eleições, vivem-se os piores disparates, inventam-se verdades, muito á moda da propaganda usada pelas ditaduras. Um circo de vergonha. Uma palhaçada. Nada a propósito, Ribeiro e Castro demarcou-se desse circo onde ele, de verdade, não se enquadrava, demonstrando que para se ser útil, efectivamente, se deve ser o mais livre que se conseguir, ainda que a custo pessoal. Uma personalidade com espinha dorsal. E isto, a propósito de uma outra, que a não tem. Fui dos primeiros a acompanhar a candidatura (a primeira) de Passos a líder do PSD. Nessa altura, ele concorria contra Manuela Ferreira Leite. Apoiantes de Ferreira Leite solicitaram o meu apoio e convidaram-me à AR para esse fim. Apostei em Passos nesse ano. Tinha-o ouvido a falar de temas fraturantes e, na altura, pelo menos, polémicos, como a legalização do aborto, a discussão dos casamentos homossexuais, a liberalização ou não das drogas. Mostrava um espírito aberto, moderno, uma atitude irrever...