Farwest XXI
Acordou sobressaltado. Um imenso ruído, logo seguido de uma forte batida na porta de casa. Estaria a ser assaltado? Como vivia sozinho, não podia ser nada dentro de casa. Estaria a sonhar? Espreguiçou-se, levantou-se de um salto, o tremendo barulho, vozes, gritos indistintos, agora mais forte, mais perto talvez, mais gente? Quando chegou à entrada da casa, já a porta estava a ser arrombada, entravam-lhe pela casa dentro homens, mulheres que parecia reconhecer...aos gritos. Num nada, agarram-no, puxaram-no para fora de casa, assim, shorts e mais nada. Ainda o sono teimava em abandoná-lo e já ouvia o que lhe gritavam. "Bandido, filho da p...vais morrer hoje!" Levantaram-no, quantos seriam? Uma, duas dezenas? Reconheceu alguns amigos do café. O António? O Rui, com uma enxada a querer bater-lhe com ela? Os gritos continuavam, mas já não lhe parecia distinguir nada. E, num momento, atingiram-no com pedras, paus...na cabeça, tentava proteger-se, numa impossibilidade louca. Até ...