Atitudes negativas, pessimismos...





Uma jornalista (Teresa de Sousa, que até gosto de ler) escreve no Público, sobre Putin e as recentes evoluções das relações da Rússia com a União Europeia, dizendo a dada altura que "cá fora em Washington, Berlim, Londres ou Paris a imprensa tenta desesperadamente deslindar o passado deste homem seco e de baixa estatura..." Não estou a imaginar um jornalista espanhol, ou francês, ou mesmo brasileiro referir-se assim à imprensa internacional, sem mencionar a do seu próprio país, deixando implícita a sua capacidade de, também, veicular ou gerar opinião. Parece-me uma atitude, mais do que comportamento, claramente pessimista, ou mesmo que não se aceite como tal, com certeza, negativa. Optimista e Positivo seria fazer exactamente o contrário. Tal como positivo é ter esta opinião, precisamente. A de que Portugal, como país aberto e inserido num contexto internacional cooperante, sendo parte de importantes e diversas organizações internacionais, como representantes seus a participarem activamente em inúmeras reuniões, conferências, congressos em que são frequentemente tomadas decisões, também participadas por Portugal, tem óbviamente personalidades com opinião própria, sobre Putin, sobre a Rússia e sobre tantos outros temas que hoje percorrem o mundo e são noticia. Esta visão pobre e rudimentar da nossa presença e influência no mundo é, quanto a mim, claramente pessimista e, também negativa. Este era um exemplo pouco significativo e sobre um aspecto menor, que precisamente por isso reflecte o quanto o nosso negativismo está intrusado em muitos de nós.


Prémios literários. Pergunto-me muitas vezes porque razão os nosso prémios literários nunca são internacionais e observo, com frequência a atribuição de prémios, por aprte de Espanha, França Itália, Alemanha ou Reino Unido a autores de outros países, incluíndo Portugal. Ou mesmo de outro género de prémios, coo recentemente aconteceu com Al Gore a ser contemplado com o prémio Príncipe das Astúrias. Mais um aspecto que vem dando a Espanha uma dimensão internacional, ou universal, q que Portugal se tem escusado. Mais uma atitude negativa e pessimista, na sua visão do mundo e da portugalidade.


O Primeiro Ministro José Sócrates (Carvalho Pinto de Sousa de seu nome de família, aliás...) foi à Rússia dizer a Putin que, apesar de Portugal ser parte integrante do maior espaço democrático do mundo, onde se respeitam as liberdades individuais e de expressão (mesmo que em Portugal se discuta se isso têm sido assim tão respeitadas, nos últimos tempos, precisamente por ...Sócrates) que o Presidente russo não tem de se preocupar, pois a Europa não lhe irá dar lições de espécie alguma. Brilhante! Visão optimista (mas optimista irresponsável), sem dúvida, pensando talvez em proveitos futuros, para a economia nacional, ainda na fase de desmame, mas muito negativa por parte de quem vai agora presidir à União Europeia. Pessimista, será ver esta atitude e comportamento como não tendo qualquer futuro ou consequência positiva e, pelo contrário ser totalmente condenável. Positivo será corrigir a opinião de Sócrates, como não sendo, de todo, a do povo que fez e continuou o 25 de Abril de 1974 e se esforça or manter a liberdade no seu dia a dia. Mesmo contrariando Sócrates.
(Duas notas: Quando usar aqui o termo Positivista não será na acepção dos filósofos da ciência, mas numa perspectiva mais psico-sociológica. Há muitos dados, informações e comentários de carácter económico sobre os quais escrever, do ponto de vista do Optimismo, Pessimismo, sendo Positivo ou um pouco Negativo, mas...vou ali a Düsseldorf e já volto lá para o fim da semana. Até já!)

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