A memória cada vez mais triste do 25 de Abril
Já escrevi e contei aos meus mais próximos, a minha experiência pessoal com o 25 de Abril de 1974. E como foi, nesse momento, um dia de esperança. Tinha 14 anos, mas despertava para a vida adulta, fruto da educação de consciência e responsabilidade que o meu pai nos deu, a mim e aos meus irmãos. Nesse dia, quis aprender tudo em pouco tempo, em poucos dias, ou horas. O que era a política, o mundo dos adultos, do trabalho e, sobretudo, o que era uma democracia e tudo o que lhe era alternativo. Lembro-me de um livro que o meu irmão do meio, António, havia comprado, "Os 4 Ismos". Não posso dizer que um livro, apenas, me tenha ensinado muito sobre a política ou, mais importante, sobre o que um país livre deve ser e deve ter, para dar vida, todos os dias, liberdade e futuro, sempre respeitando as diferenças individuais, e a "cabeça" de cada um. Passam este ano quarenta e nove (49!) anos de 1974 e mal consigo dizer ou pensar outra coisa, como que apenas recebemos o dire...