Nunca é suficiente
A sensação era incrível, incrivelmente estranha. De uma plenitude frustrante. Sentado num café, pela estrada fora, ou num intervalo entre duas coisas quaisquer, a sensação era de nunca haver tempo que chegue, quando se quer viver intensamente, aprendendo, apreendendo e tentando entender. Entender a vida, não. Mas coisas. Partes da vida, partes de coisas. Servir-se da linguagem, explorando-a, usando-a na relação com todos, explicando para poder vir a aprender. Ficar um dia sentado a tentar entender tanto de que ainda não conhece resposta. Só o desafio e a experiência valeram e haviam de valer o esforço de uma vida.