Nenhum dia é suficiente para conter toda a luz
Quando se passa em frações de segundo, de um estado sem consciência, vindo de um outro em que o cérebro aproveitou o descanso físico para se reorganizar e nos confundiu com aqueles sonhos que parecem saídos de um filme de ficção científica, e nesse breve momento de alteração de estado, nos esforçamos por abrir os olhos à realidade, num natural exercício diário de regresso ao real... ...E o mesmo calor ausente ali está, a mesma luz de um sorriso que escasseia ali está, a mesma respiração amada e o odor dessa ausente mas sempre constante presença imaterial, ali está, num desejo para que o tempo voe e se regresse à doçura de uma realidade nem sempre possível. Abro a janela para que entre a luz e não me dê alguma hipótese de regressar a um sono que me prende no que não quero, mas que me liberte ao pensamento que entender. E a este sentir por todos momentos em que esses olhos únicos me roubaram todas as palavras que consegui aprender. E, por opção fecho de novo os olhos, já com o qu...