Refundação, talvez...
Há momentos em que estamos demasiado saturados dos temas diários, com que nos assolam os fins de tarde e anoitecer. O desencanto, desalento, a que um descrédito generalizado nos trouxe. A desilusão, que entrou pelas nossa falsa calma e serenidade. Tem sido assim com a nossa política, com uns de nós mais do que com outros. Houve tempos em que acreditámos em pessoas. E em ideias. Nem sei se mais em ideias, ideais, visões da sociedade, esperanças de futuro para todos nós, para os mais próximos e para os que nos são alheios. Tivémos heróis. Tivémos grupos onde escolhemos inserir-nos. Depois... Veio a mediocridade governativa, a que se associou a das oposições. E veio a crescente apatia popular, não nesse sentido marcadamente ideológico, e datado. Mas no sentido universal, em povo somos todos e em que todos nos deixámos alhear das decisões que nos diziam e dizem respeito. Veio, ainda, nos tempos mais recentes, o refugo político da mediocridade anterior. É o que, a meu ver, nos gov...