O pior dos corporativismos
Sempre fui contra o Corporativismo, como forma de estar na vida profissional e pessoal e de se defenderem interesses, muitas vezes até justificados. Hoje temos ainda em Portugal uma das mais fortes e duradouras expressões do Corporativismo: as farmácias, como actividade económica. Não conheço nenhuma outra forma de expressão comercial tão lucrativa e saudável, que tantas alegrias tem dado aos seus proprietários e alguns colaboradores, pelo facto de terem conseguido impor a defesa de uma actividade profissional, como nenhuma outra o conseguiu. É aberrantemente retrógrada a ideia de que uma Farmácia tenha de ser propriedade de um farmacêutico, pelo facto, aliás falsamente defendido pelos seus mentores - Associação Nacional de Farmácias e seu dirigente, farmacêuticos e alguns "iluminados", como o foi Ferro Rodrigues, que conseguiu descobrir uma função social no negócio mais rentável que em Portugal existe e, de forma muito estável, contra todas as crises ainda se mantém de assim...