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A mostrar mensagens de 2020

O dia em que a Esquerda acabar

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 A Esquerda e a Direita, uma criação da dita...Esquerda. Não existia o conceito entes de 1789. Um mundo que diz a si mesmo avançar a grande velocidade mantém em grande parte este ridículo mas nada inofensivo conceito, sem contexto em democracia, mas bem claro em ditadura, por conveniência exclusiva de algumas facções da sociedade que se auto-intitulam de maior justiça social e económica e de maior abertura e avanço cultural e social e até, pasme-se quase exclusivos detentores "oficiais" da intelectualidade. A auto-intitulada "Esquerda" o maior logro da política mundial, anda há mais de cem anos a tentar moldar um mundo, por via de insistentes e variadas técnicas de propaganda e manipulação, simplesmente porque a humanidade continua a lutar contra uma ignorância de que já não se prevê o fim. Há cem anos que se assiste, a nível global, a um glossário de falsidades e falsas promessas, sobre a construção de um mundo novo de maior justiça social, de redistribuição da riq

AGROMEETING da ESPAÇO VISUAL, 10.09.2020

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Há uma verdade que fazemos por ignorar

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  «Dois anos antes de sair de casa, o meu pai disse à minha mãe que eu era muito feia». Com esta frase começa Elena Ferrante o seu mais recente romance editado em Portugal pela Relógio D´Água. A história é a da descoberta da identidade de Giovanna, de Nápoles.  Podia começar com aquela frase, ou com outra qualquer, de inspiração (ou profunda mágoa) de outro autor. Karl Ove Knausgard, norueguês, na sua epopeia autobiográfica, foi-nos passando revelações da sua vida, do mundo como o via, de inconfessos momentos. Não sabemos as motivações de Ferrante, como nem a conhecemos fisicamente, nem à sua própria história. Mas que só pode ter sido enriquecida por emoções fortes, de momentos fortes, parece plausível. E quem não tem da sua vida mais do que uma visão? Podemos não ter mais do que uma visão, porque parte dessas outras opiniões ficam com os que nos vão conhecendo. Não tenho, porém, grandes dúvidas sobre sermos uns, aos nossos olhos, e outros e outras aos olhos de outrém. Faz isso de nós

O império socialista em construção

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Nunca um socialista desiste de criar mais um império que, para ele, significa perpetuação no poder, solidificação da rede de interesses criada, enriquecimento à custa do Estado, digo país. A megalomania socialista não pára e não desiste. Não se ficam pelo acto de governação temporária, têm que transformar o país, vergá-lo ao seu "iluminismo" falso, afinal o seu obscurantismo retrógrado. Quando Soares tomou o poder, tinha que afastar todos os seus adversários mais directos, desacreditando de forma fácil e muito natural Cunhal, tinha ainda que afastar definitivamente o líder do Partido que crescia organicamente, naturalmente implantado a nível nacional, o seu verdadeiro inimigo, um líder com ideias e uma visão de progresso, Sá Carneiro. E afastou-o. Destruiu nesse dia o PPD, agora PSD. E nem no Partido de Sá Carneiro tiverem a perfeita noção da estratégia negra de tomada do poder e sua perpetuação, nem, muito menos, o povo a teve. Ainda hoje, isto soa demasiado a teoria da cons

O Verdadeiro Big Brother

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Há uns dias escrevi um texto que, como quase todos os que publico, ninguém terá lido. Pretendia com ele fazer uma reflexão sobre a necessidade premente de uma renovação ideológica no mundo livre. A expressão Mundo Livre nunca como hoje foi tão falsa, contraditoriamente tão real e, mais do que tudo, tão importante. Já se irá perceber a necessidade de usar a expressão e, acima de tudo, a defender, literalmente contra tudo e contra seja quem for. Num trajecto de vários séculos, desde que os Iluministas pretenderam difundir ideias de abertura das sociedades europeias ao Conhecimento, ao Saber e à sua democratização e, com isso, fazer intervir no destino dos povos, o pensamento informado de cada pessoa, com consequências para os regimes absolutistas, o Mundo Ocidental, foi ameaçado na sua crescente libertação de governantes autoritários e centralizadores, e foi, repetidamente, recuperando Liberdade, ciclicamente ameaçada. Quando no início dos anos 90 (1989-1990) Berners-Lee imaginou e propô

Renovação precisa-se!

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Em momentos de calamidade (nem sempre assim logo identificados), desenvolve-se a oportunidade do surgimento de novas ideias, criando-se rupturas positivas que podem fazer sociedades avançar. No início de 2020, poucos podiam aventurar-se a prever as actuais reflexões e interrogações sobre o andamento do mundo em termos geopolíticos. O mundo (ou boa parte das notícias sobre ele) andava ocupado com os assuntos de 2019: Trump, Bolsonaro, alterações climáticas, (pseudo) sucesso económico português, impasse político espanhol, perda de influência e de capacidade de decisão europeias, revoltas populares em Hong Kong... Entre Fevereiro e Março, o Mundo iniciou um processo de adaptação a uma realidade que alguns dizem ir mudar tudo, ir-nos mudar a todos, e eu acredito que pouco mudará. Mas se não mudamos, como a urgência climática nos exige, uma exigência, não com a premência de uma pandemia grave e de rápido avanço (se não devastação, e se não sanitária, económica), mas com a importância bem ma

Morrer sozinhos

Quando o Mundo vive uma catástrofe de dimensões nunca antes vista e de contornos desumanos nunca vividos... Ninguém algum dia podia prever, na azáfama dos dias dos mais activos, ou na lenta preguiça dos que não podiam ou nada queriam fazer, o que agora pouca diferença fará, estarmos juntos numa crise de proporções nunca algum dia vivido, a esta escala, com estas repercussões. E com experiências humanas de um horror inédito. Já a humanidade havia conhecido, do que apenas memórias históricas podem ser testemunho, ou as ciências humanas e médicas comprovam, pandemias de uma devastação em vários países europeus, asiáticos ou africanos. Vivemos ainda outros dramas, por locais do mundo onde a notícia não tem o valor que no mundo dos ricos é conhecido, com a malária, como com o dengue, e outras paisagens de desertificação da paisagem humana. A doença conhecida como covid-19 que, numa China sem humanismo, auto-referenciada como sociedade moderna, evoluída pela ciência e tecnologia mas ma

A Grande Mentira

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Desde que, após Segunda Guerra Mundial, vários países ensaiaram modelos de suposta maior justiça social, aplicando ideais de uma democrática social-democracia, que muita coisa mudou, em todo o mundo e incluindo os referidos países nórdicos e centro da Europa, com destaque para a Alemanha, a Suécia, a Dinamarca, Noruega e Holanda. O modelo da social-democracia, que suponha aplicar uma ainda desconhecida maior justiça social, foi sendo aplicado durante mais de quarenta anos no Norte e Centro da Europa, ficando todo o Sul com regimes ou ditatoriais ainda ou de muita desigualdade e, por consequência, justiça social. O problema com a Social-democracia começou quando o espaço europeu, em particular onde as referidas experiências se foram dando, percebeu a necessidade de uma maior competitividade industrial e económica, liderada por empresas muito mais antigas do que a implantação (não a criação) dos ideais social-democratas: na química, no sector automóvel, na produção do aço