Repórter Sombra

"Quantas vezes nos damos contas de, efectivamente, não termos, numa dada situação pensado “bem”? Mas, apesar de tudo, em situações de forte envolvimento emocional, sejam derivadas de um problema no trabalho, um diferendo com um familiar chegado, ou com a mulher ou marido, somos levados a aceitar que muito provavelmente não estávamos nas melhores condições emocionais para uma reflexão mais aturada, ou um pensamento mais ponderado"

(...) "Um dos melhores exemplos do que nos podem proporcionar, ou das capacidades dos dois Sistemas da Mente, ou das duas “formas de pensar” é a nossa percepção sobre os políticos, principalmente quando em momentos eleitorais, em que as nossas escolhas são determinantes. Seria de esperar que reflectíssemos…

As escolhas, tal como demonstrou Alex Todorov, têm muito mais a ver com uma “percepção” de competência e de capacidade, que se prende bem mais, ou inteiramente com o aspecto do político. Um rosto de queixo quadrado é associado a poder, carácter dominante. O rosto de traços redondos, ao oposto. E as escolhas têm, então, que ver com o que nesse momento for mais determinante, considerado necessário a um político e à colectividade que o elege. Pouco ou nada tem a ver com a análise detalhada, crítica das suas propostas e das características e aptidões pessoais. Nem todos escolhemos assim. Nem todos escolhemos com base em algo um pouco mais profundo, como o tipo de discurso, e não do seu conteúdo, ou do estilo, mais ou menos agressivo, retaliador, de “guerrilha”, etc. Mas acontece que a maioria sim. Estas são decisões associadas ao Sistema 1 e nada ao Sistema 2"

A Mente humana, ainda um oceano imenso por descobrir, mas com surpreendentes revelações a cada avanço, hoje bem mais rápido, a cada momento. 

Das minhas leituras pessoais sobre este tema fascinante, irei publicando alguns artigos no Repórter Sombra, este o primeiro, publicado no dia 1 de Abril:

http://reportersombra.com/2015/04/a-mente-quase-surpreendente/.





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