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A mostrar mensagens de junho, 2014

Refundação, talvez...

Há momentos em que estamos demasiado saturados dos temas diários, com que nos assolam os fins de tarde e anoitecer. O desencanto, desalento, a que um descrédito generalizado nos trouxe. A desilusão, que entrou pelas nossa falsa calma e serenidade. Tem sido assim com a nossa política, com uns de nós mais do que com outros. Houve tempos em que acreditámos em pessoas. E em ideias. Nem sei se mais em ideias, ideais, visões da sociedade, esperanças de futuro para todos nós, para os mais próximos e para os que nos são alheios. Tivémos heróis. Tivémos grupos onde escolhemos inserir-nos. Depois... Veio a mediocridade governativa, a que se associou a das oposições. E veio a crescente apatia popular, não nesse sentido marcadamente ideológico, e datado. Mas no sentido universal, em povo somos todos e em que todos nos deixámos alhear das decisões que nos diziam e dizem respeito. Veio, ainda, nos tempos mais recentes, o refugo político da mediocridade anterior. É o que, a meu ver, nos gov

The Human Center for the Unknow

1. "(...) A cada momento a mente humana pode absorver milhões de fragmentos de informação. No entanto, a estimativa mais generosa aponta para que uma pessoa possa ter conhecimento consciente de não mais de quarenta" (Brooks, D.,   O Animal Social , D. Quixote, Lisboa, 2012 Um odor, a intensidade desse odor, a duração do mesmo, uma forma, o tipo de forma, a cor, a intensidade dessa cor, a opacidade, a saturação, o recorte da forma, a dimensão...num total de quarenta fragmentos, apenas. Mas, nessa fracção de tempo, passaram milhões de informações para o nosso cérebro, foram processadas, comparadas com o banco de memória, traduzidas em termos da situação que se apresente e dadas 'instruções' ao nosso corpo, que se podem, ou não manifestar, numa reacção visível a outros, por exemplo. Mas, todos esses milhões de dados lidos através do nosso sistema sensorial, não chegou ao nosso conhecimento consciente. Intrigante, não? Estranho! Mas é exactamente assim. 2. As hormona

Sentido!

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Sentido. Propósito. Pensamos, ouvimos e lemos que isto acabou. Que a crise que empobreceu talvez irreversivelmente, milhões por esta Europa e pelos Estados Unidos, já passou. Que agora iremos ter uma nova vida, ou a última fase dela, com um tal de novo "ajustamento". Limparam-nos a casa, pretendem dizer-nos. E agora é que vai ser! Um "vai ser" que nunca mais desperta, que tarda em chegar e..que nunca virá. Mas o que foi, tem sido e ainda será tudo isto da Crise? Apenas de Dívidas Soberanas? De países desajustados, agora metidos no seu lugar pelos "ajustadores"? Jacques Barzun. um insigne historiador e pensador de origem francesa, octogenário, autor de uma obra memorável sobre a Decadência Ocidental, querendo dizer da transformação do mundo que conhecemos, deslocado geo-politicamente, talvez, para Oriente. Geo-economicamente, pela certa. Geo-culturalmente, talvez ainda não... Barzun pôs muita coisa a claro, mas muitos se esqueceram de o ler. Um erro de M