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A mostrar mensagens de outubro, 2013

O Maior Sentimento do Mundo (II)

“ Na nossa sociedade, Marcus, os homens que mais admiramos são os que constroem pontes, arranha-céus e impérios. Mas na realidade , os mais nobres e mais admiráveis são os que conseguem construir o amor. Na verdade, não há empresa maior nem mais difícil” ( in “A verdade sobre o caso Harry Quebert”, de Jöel Dicker). Diria o mesmo, digo. E mais. Os amor e a amizade. E, não, não há dois tipos de pessoas no mundo, as que sim e as que não, tal como em tantos outros temas. Há as que genuinamente tentam. As que genuinamente pensam que tentam. As que querem (fazer essa contrução do amor) e não sabem como. As que nem querem, claro, também. As que pensam saber o que é o amor e que o construíram, ou constroem, e nem lá perto andam, ou andaram. Ou andaram perto de saber e conseguir, mas iludidas pelos sinais, pelos tiques (ou clichés) da sociedade, as ideias feitas, as imagens ilusórias, também não conseguiram. E há muitos outros grupos e pessoas, com certeza. Não h

O Maior sentimento do Mundo. O maior e o pior.

Eu não pensava escrever algum dia em discurso directo. Num breve e pouco proficiente curso de escrita criativa, cujo ónus a mim apenas respeita, não me foi ensinado o discurso na primeira pessoa, de uma situação, ou de um sentimento, vivido pelo autor do texto, que fosse um sentimento envolvente, aliás, um sentimento que nos retira toda ou quase, a possibilidade de uma análise objectiva. Lembro-me, porém do livro de José Cardoso Pires sobre a sua experiência de quase-morte e passagem para o outro lado, e regresso à vida, infelizmente por pouco tempo. Foi, seguramente, uma experiência, e o texto confirma-o, única, intensa e extremamente difícil de contextualizar, e de passar em testemunho descrito. Pelo próprio. Mas hoje, como nos últimos tempos, Morfeu recusa-se a chamar-me para o seu abraço aconchegante, que nos leva, ao seu colo, por viagens insuspeitas e normalmente sem testemunho confirmável. Morfeu tem-me abandonado.  Um exercício de vivência pessoal, em forma

O Roubo do Presente, por José Gil

Transcrevo um texto do filósofo José Gil, de suma importância, com a devida vénia   (pena ter desactivado o Facebook por razões pessoais) "Nunca uma situação se desenhou assim para o povo português: não ter futuro, não ter perspetivas de vida social, cultural, económica, e não ter passado porque nem as competências nem a experiência adquiridas contam já para construir uma vida. Se perdemos otempo da formação e o da esperança foi porque fomos desapossados do nosso presente. Temos apenas, em nós e diante de nós, um buraco negro. O «empobrecimento» significa não ter aonde construir um fio de vida, porque se nos tirou o solo do presente que sustenta a existência. O passado de nada serve e o futuro entupiu. O poder destrói o presente individual e coletivo de duas maneiras: sobrecarregando o sujeito de trabalho, de tarefas inadiáveis, preenchendo totalmente o tempo diário com obrigações laborais; ou retirando-lhe todo o trabalho, a capacidade de iniciativa, a possibilidade de inves

Os Partidos desta Democracia

Há uma coisa que tenho de reconhecer a António Costa, aliás, mais do que uma: O mérito na campanha que fez e na votação que obteve. Mas muito mais importante, o mérito que ainda mostra, na sua qualidade como político, quando dá ouvidos (veremos na governação da Câmara), a quem lhe manifestou durante a campanha a vontade enorme de mudança. Dizia ele na Quadratura do círculo que se as pessoas não exprimem mais vontade de mudança é pela incerteza da alternativa (a este sistema partidário, a este sistema político dependente dos actuais Partidos). Não lhe reconheço a qualidade autarca, pelos desproporcionado gastos na sua gestão, que ao ... contrário do que diz não foram nada contidos e sim bem camuflados (empresas camarárias, desorçamentação, contratos pr ajuste directo, favorecimento de amigos socialistas e outros...). Há nele uma grande diferença entre o que diz e o que faz. E já nem comento o disparate, pueril, do comentário feito na noite de eleições, quando disse que ele conseguiu e