Os números do Sucesso Sócrates

Um país em TGV para a Bancarrota:
  • 13.470 Organismos públicos, dos quais só 1724 apresentam contas;
  • Dos 1724, só 418 foram sujeitos a fiscalização;
  • Desde 2007, foi criada uma Fundação a cada 12 dias;
  • Mais criações 'sócrates': 1181 empresas do sector público, 485 associações sem fim lucrativo, 356 Institutos diversos, 342 empresas municipais e regionais e 370 'instituições' com objectivos e fins 'pouco claros'.
Os municípios foram, nesta era PS, sem controlo, mas com muito 'optimismo', na qual era repudiado, ou achincalhado quem fosse 'negativo, pessimista, ou velho do restelo', excelentes na execução de despesas:

Oeiras encomendou uma estátua, para comemorar os 250 anos de Município, por um milhão e duzentos e cinquenta mil euros (1.250.000!). Gondomar gastou 350 mil euros em publicidade nas camisolas do clube de futebol da terra. 

Mas as despesas do Estado alastram a imensas outras actividades: viagens, jantares de recepção, automóveis de luxo (BMW, Audi, etc), consumos de telemóveis (de que Sócrates é campeão nacional destacado...).

Depois admiram-se que 'lá fora', como dizemos habitualmente (na realidade, 'cá dentro', pois estamos dentro da União Europeia), não nos querem da crédito. Um dos bancos suíços a quem recorre o Estado para solicitar crédito, já se recusou a continuar a fazer crescer a nossa dívida, por manifesta falta de confiança na nossa capacidade de algum dia pagarmos. Outros...segui-lo-ão. Malandros! Os tais 'mercados' que, numa espécie de conluio se juntam contra nós'. 'Sem razão', pois sempre Sócrates nos foi dizendo estarmos no 'bom caminho' (o que não aconteceu um único dia dos seus Governos!). Sempre que se anuncia, ou insiste numa obra pública, os nossos credores tremem. Quando deveria ser ao contrário, mas a confiança, ou a falta dela, fala mais alto.

Não chegaremos ao fim de Março sem uma ameaça real de Bancarrota. Tal como eu aqui disse há muitos meses. Tudo pela teimosia em permanecer no poder, a qualquer custo. Tudo pela teimosia nesta política desgraçada e fora de época, de financiamento de uma economia improdutiva. Nunca houve, desde a Monarquia, e mesmo durante a mesma, uma política económica tão medíocre, uma política financeira tão imbecil. Os nossos níveis de endividamento são superiores aos da Primeira República, quando se tornou urgente a mudança de Regime, e deu na catástrofe da Ditadura de que, depois, levámos quase cinquenta anos a sair e nos deixou com um atraso de outros cinquenta, em relação à Europa.

O perigo de não se mudar este Governo, quando entrar o FMI, não reside apenas na falta de competência (de sermos governados por quem nos trouxe a esta falência nacional), mas na ameaça que pode surgir de diversos quadrantes, de uma nova ditadura. (e não 'ditadura do FMI' como alguns demagogos socialistas gostam de dizer...porque eles respirarão fundo, quando o Fundo Europeu de Estabilização/e Fundo Monetário Internacional.

E que acontece por estes dias? Sócrates mostra-se mais contido? Nada disso. Diz que Portugal cumprirá o OE 2011, que é um exemplo de rigor e de contenção. Ora veja-se a contenção:

Se não fosse u Fundo de Pensões da PT, o défice de 2010 estaria nos ...8%...ou 10%! (ainda por conferir). 

Em 2011 o Governo gastará mais de 11 milhões e meio em Publicidade. 45 milhões em horas extraordinárias, 11 milhões e trezentos mil e mais qualquer coisa em 'seminários', 53 milhões em combustíveis.

Somos, afinal, um Império. Um Império, orgulhoso e Socialista. Como defende Manuel Alegre, quando fala de ser socialista com orgulho, esquecendo-se que o seu orgulho não sairia ferido, por tentar ser mais 'universal' e menos socialista na prática, a começar na campanha eleitoral, porque assim deve ser, ou tentar ser, um Presidente. Não há ou não devem haver Presidentes de Esquerda ou Direita (nem existem essas 'vertentes geográficas na política, mas dá jeito a alguns...é coisa de 1789, da revolução Francesa, oh gente 'moderna'!!!). Um Presidente é apenas isso. Porque não é Executivo. E só por isso, não pode dar-se ao luxo de praticar ideologia. Não perde, obviamente, o direito a tê-la.

Que acontece por estes dias? Uma vergonha de Campanha Eleitoral até ao momento...e um Governo que nos leva a uma certa, e sem fuga, Bancarrota. E mantém, e alguns mais, a sua teimosia. Como se nós pudéssemos pagar tudo isto. Todo este Desastre, que já tem séculos, mas que tem a sentença final...AGORA.

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