Opção zero?


Hoje ouvi que o valor de um comentador, entenda-se, político, é saber constituir-se um suporte do futuro. Traduzindo: lendo no presente, sinais, tendências e opções, criar em si um visão do que, fora de si, pode ser, com muito forte probabilidade, o futuro. De uma empresa, também. De um mercado e das suas tendências e trilhos. Mas, com muito mais impacte e abrangência, de uma sociedade, de um país. Mas um bom comentador e um indivíduo de visão raramente é entendido (porque os sinais e tendências que julga saber ler no seu contemporâneo, não são, com frequência os que outros podem ver ou 'ler') e em geral, não é tido em conta.

Não sou um comentador e, bem menos, tenho uma visão aguda e perspicaz do futuro, das coisas, e das coisas políticas. Mas, coincidentemente, para meu pesar até, tenho vindo a acertar...

Sempre disse que este líder do PS nos levaria à desgraça e empobrecimento colectivo. Que se iria desacreditar, e ao seu Partido (onde gente há que é democrata, inteligente e competente, mas que prefere não assumir responsabilidades directivas e, ao invés, atira para a frente indivíduos como este, com formação e educação 'de rua', sem nível e sem responsabilidade, sem verdade, mas com muita arrogância, uma arrogância cega e louca. Um louco, que nos foi, por cegueira colectiva, trazendo a este ponto...e ao que ainda chegaremos, ainda pior e mais triste....

Nos próximos tempos veremos um PS e um Primeiro-ministro com a arrogância e cegueira habituais, prosseguir na mentira e na farsa, no teatro 'anti-tanga' (quando na verdade estávamos de 'tanga', quando ele se candidatou pela primeira vez, e agora se dedicou em seis anos a nos tirar essa única 'tanga'...ve-los-emos a aproveitar qualquer indicador um nadinha mais positivo, para 'cantar de alto' o 'estamos no rumo certo'...(que foi sempre e constantemente o do endividamento e do crescimento da despesa do Estado, do descontrolo das contas públicas...ainda têm a lata de nos falar do défice em 2005...quando foi à nossa custa, dos impostos a que nos forçaram, que atingiu o maldito, e asfixiador défice, o défice que matou a nossa economia. Neste país que dá mais força a um ministro das finanças do que ao da economia...não se pode ter a noção da necessidade de se crescer e enriquecer. Um país onde ainda se ouve a opinião retrógrada e utópica do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda, que ainda reclamam por mais investimento público, por nacionalizações, por mais despesa, afinal! E onde esses dois Partidos, que os nossos órgãos de comunicação ainda vão ouvir e nos transmitem as suas estúpidas algaraviadas, ainda falam da sombra negra do grande capital, dos grandes interesses...e defendem que esse mesmo capital e interesses passem para as mãos do mais incompetente e injusto gestor: o Estado!!!??)...

...veremos, já nos tempos mais próximos,  Sócrates e Teixeira dos Santos (quando se for embora sofrerá a maior vergonha que algum dia um economista viveu...) incumprir com o Orçamento com que tanto chatagearam a Oposição, trair esse Orçamento para 2011, e não respeitar nenhum dos compromissos assumidos, quer na Assembleia que aprovou o OE, quer publicamente perante todos nós.

Não nos restem ilusões. Sócrates insistirá num inútil TGV que ninguém usará (excepto espanhóis falidos), insistirá em manter e criar novas entidades a cargo do Estado, insistirá no crescimento da Despesa Pública e no crescimento da Dívida do Estado, até um dia em que, após eleições Presidenciais, quer do exterior, quer dos Partidos nacionais, lhe será mostrada a impossibilidade de governar mais e o PR terá de dissolver a Assembleia da República.

Quem ganhar eleições no próximos ano, terá pois de acrescentar a estas medidas causadoras de depressão, outras mais que nos conduzirão a mais e mais anos de estagnação. Ou seja, em poucas palavras: a aprovação deste OE2011 não só de nada nos servirá, como se verificará bem mais prejudicial do que a abertura de uma crise política e a ridiculamente temida ajuda do Fundo Europeu e do FMI. A continuidade de Sócrates no poder só nos custará mais e mais caro e nos retirará futuro. Como há anos venho repetindo neste espaço. Por mais que neste momento nos pareça patriótica a atitude de se ter aprovado o Orçamento, infelizmente se verificará que o que o tinha sido, para além de corajoso e visionário, teria sido a sua reprovação e abertura de uma crise política.

Nem sempre as crises, quando objectivamente provocadas são más. Nem sempre evitar crises, convulsões ou mesmo revoluções é o melhor caminho...

Quem depois vier sim, terá muitas queixas, como tantas vezes este Sócrates, qual 'menino de rua mal educado, irascível e arrogante, pretendeu, de quem neste momento ainda nos (des)governa.

Por mim, mantenho que só se muda alguma coisa com Sócrates arredado do poder. E veremos se me engano...

Futuro próximo: mais despesa e mais dívida, mais juros da dívida a subir e impossibilidade de pagar, já no próximo anos, os 40 mil milhões de tranche da dívida que nos compete pagar, mais arrogância e atentados aos nossos direitos e à Democracia, mais perseguições políticas, mais casos em investigação judicial, mais corrupção, mais desemprego, mais mentiras, mais ...risinhos estúpidos por membros do PS, como que a gozar connosco, que lhes teremos de pagar a má gestão e administração, que teremos de levar com eles por mais uns meses...

O Futuro: um ano e seguintes novamente perdidos nas nossas vidas, na nossa vida comum e no nosso país!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Millennium de Stieg Larson: Os homens que odeiam as mulheres

A memória cada vez mais triste do 25 de Abril