Avisos objectivamente ignorados



Os sinais de degradação da nossa Economia eram evidentes desde que Sócrates tomou posse, no seu primeiro Governo. No final do seu primeiro ano de Governo, eleito com a mãozinha providencial de Jorge Sampaio, que se prestou a fazer um servicinho de mistificação da má imagem e do mau desempenho do Governo de Santana Lopes, afinal bem mais eficiente do que os de Sócrates, em Todos os aspectos, sem excepção (economia, finanças, trabalho, educação, saúde, cultura, agricultura...tudo!), este incompetente e de muito duvidosa honestidade, intelectual e objectiva, Primeiro-ministro, averbou uma vitória: diminuição do défice do Estado, com, obviamente, custos para todos, através do aumento da colecta de impostos, e nunca através da redução da Despesa Pública.

Depois, tudo foi piorando, E os 'blufs' foram-se sucedendo: o Magalhães, uma 'consola de jogos', falsamente designada de 'computador' de mau desempenho, que as crianças mais inteligentes e criativas cedo abandonaram, verificada a sua perfeita inutilidade, e com a qual nada aprenderam sobre informática ou internet...

O acordo de cooperaçao com o MIT...que nunca dará frutos, visíveis, em termos de mais ciência, conhecimento, ou tecnologias rentáveis, mas sim receitas à famosa escola superior de Engenharia, Gesão e Tecnologias americana...

Os grandes projectos industriais, todos por concretizar, alguns parados, mas dos quais se gaba imenso o CDS de serviço de Sócrates, Basílio Horta...

A criação de empregos e o impulso que o Governo pretendia com formação-emprego a mil licenciados, de que nada se aproveita, nem a ninguém e nenhuma expressão tem...

Um conjunto vasto de medidas de propaganda, de medidas vazias e sem sentido, mas todas a apontar no mesmo sentido: aumento da Despesa Pública, endividamento do Estado, compromisso com o futuro de todos nós...empenhamento das futuras gerações.

Eu, modestamente, alertei desde 2005 para todas estas políticas erradas e vazias de sentido. Como exemplos, leia-se abaixo, extractos de alguns textos por mim publicados, entre outros, numa pesquisa rápida ao meu próprio blogue.

Hoje veio o Presidente da República alertar para que o Estado não teria nos próximos anos capacidade (leia-se capacidade de obter fundos, crédito, meios financeiros) para sustentar uma política como a que tem vindo a seguir, eufemisticamente dita de Keynesiana, para supostamente relançar a Economia. Já eu o afirmava há muito tempo atrás...essa política de lançamento de uma Economia pela mão do Estado nunca obtém mais resultados do que..criar clientelismo e desbaratar dinheiros públicos. Mas o que Cavaco alerta é para a incapacidade, impossibilidade do Estado conseguir, sequer, financiar essa política. Uma política económica de desastre, de decadência, de caminho seguro para o empobrecimento nacional!


Agosto de 2009:

0,3 % é o crescimento do último trimestre. O crescimento real foi de 0,3% no segundo trimestre mas, em termos nominais (retirando os cerca de -1% que terá sido a inflação média nesse período), apontam para uma perda de valor da economia entre 0,7% a 1%. Em euros, dá uma queda nominal que rondará os 400 milhões de euros. O crescimento real é igual à variação nominal do produto interno bruto (PIB) menos a variação de preços. Como esta última é negativa, a taxa real acabou por ser empurrada automaticamente para terreno positivo. Este efeito beneficiou também as outras economias.

(…)

Vamos depender mais do Estado para recuperar a economia? OU seja, de mais empenhamento do futuro, via dívida externa? E por quanto tempo mais aguenta o Estado?

Junho de 2007:

Temos a despesa pública mais pesada e sem solução de toda a Europa ( a dívida do Estado, para pagar o défice público já cresceu mais de seis vezes (6!!!) desde o tempo do Governo de Cavaco Silva estando agora em mais de 60.000 milhões de Euros e continua a crescer, a uma taxa que é mais do dobro do nosso crescimento económico. (3%!!!)- isto para dizer que estamos a regredir e que tudo que no passado recente de há pouco mais de dez anos foi feito, está a ser desmantelado, em favor de interesses minoritários e delapidadores dos parcos recursos nacionais. Mas também para dizer que se se conseguiu uma vez, pode-se conseguir de novo, mas comprovadamente com 'outra gente' e 'dessa'....já não lá ninguém, em nenhum partido político!

Maio de 2005:
Todos os economistas afirmam que o recente anúncio de subida de impostos irá conduzir a um agravamento da recessão...mas aplaudem mesmo assim!

Expliquem-me...(coitado de mim e das minhas limitações). Há uma recessão boa e uma recessão má?

Isto faz-me lembrar a anedota da hiena: a hiena é um animal que come feses de outros animais, faz sexo uma vez por ano...e ri. De que se ri a hiena?

 Novembro de 2005

O problema é a execução do Orçamento. O problema é ainda, agora, mais real depois de ter sido confirmado que o crescimento da nossa economia será, em 2006, muito menor do que o Governo queria fazer crer. E com um crescimento da ordem dos 0,3% ou 0,4%, valores que constituem as previsões de, respectivamente Banco de Portugal e União Europeia - Eurostat, não há forma de entender como se pode controla e, eventualmente, diminui um défice que anda a estrangular o nosso desenvolvimento.

Desde o início que o Governo de Sócrates prometeu o que nunca realizou, ou conseguiria. Crescimento económico que não aconteceu. Redução da Despesa do Estado, que nunca foi efectuada. Reformas. Da Administração Pública, que se ficou por uma medida, por conferir se está a ser cumprida (não está, pvmiamente, ou não teria sido este ano introduzida uma nova regra, a penalizar e culpabilizar os responsáveis que pervertam a dita ‘Reforma’: a regra de por cada três funcionários públicos que se reformem, entre apenas um. Uma regra cega, estúpida, até…

Muitos mais asneiras e absurdos continua a cometer este Governo. Por muito menos, Sampaio, dissolveu a Assembleia da República e convocou eleições, pondo assim fim ao Governo de Santana Lopes. E nada de tão grave ou negativo cometeu ou praticou Santana. Nem foi suspeito de tantos crimes, e tão graves, como o de atentado ao Estado de Direito, como o de manipulação da Comunicação Social, o de mistificação do seu próprio currículo académico, comprovadamente falso e fabricado, por uma Universidade que se mandou extinguir, destruindo, assim mais provas, como as das famosas escutas. Nunca um Primeiro.ministro num país teoricamente Democrático abusou tanto do poder, e manipulou tanto órgãos de Justiça e empresas privadas. Mas continua, impávido e sereno, e o povo prefere-o a ter de admitir que fez o maior erro da história da sua Democracia. E o Presidente, até agora, também.

Quando despertarem, será tarde para os remendos e remédios necessários, não impossíveis, mas bem mais custosos...

Mas, pode ser que...pouco a pouco se vá despertando deste torpor colectivo...e um dia, o mesmo desprezo votado ao relatório da Comissão de Inquérito da AR, será votado ...ao próprio Sócrates. 

Entretanto, a estupidez reinante na União Europeia, vai produzindo 'pérolas' como a de esta europa, dita Democrática, pretender agora, fazer uma prévia aprovação dos Orçamentos nacionais dos Estado Membros, pervertendo os seus próprios princípios, consagrados nos seus Tratados, como o de Lisboa...e comprometendo o seu futuro, se se quiser continuar a ver a si mesma como espaço de Democracia...





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