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A mostrar mensagens de maio, 2010

Escher e os 'estranhos laços' do nosso 'Eu'

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Escher, um artista gráfico genial, fez desenhos totalmente originais, um tanto à volta dos ‘loops’, dos laços e enlaces…das voltas em movimento infinito. Ouvindo hoje, por lembrança perfeitamente casual, ao procurar outras músicas no ‘YouTube’, lembrei-me de um desses laços sem fim, um desses padrões que se repetem indefinidamente, geração após geração: Father an Son (de Cat Stevens). Mas Hofstadter, num livro genial, também (‘GEB, Gödel, Escher, Bach and Eternal Golden Braid) teorizou, com base nas pesquisas e descobertas de Gödel, matemático austríaco sobre estes eternos e naturais ‘laços’, que existem por toda a Natureza, tal como existem dentro de nós, na nossa mente. Pensamentos, ideias, atitudes que se repetem, se renovam, se ‘refrescam’ vindo dar a um mesmo ponto, ou evoluindo, como na magistral música de Bach e nos seus Canon (uma das expressões máximas sendo a Musikalisches Opfer BWV 1079, uma obra que é uma colecção de Canon e Fugas, elaborada com base numa simples co

Uma noite com Antifascistas da nossa Arte...

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Há alguns dias fui assistir a uma tertúlia entre alguns artistas famosos do nosso pais. Júlio Pomar, um dos nossos mais importantes pintores, também escritor, poeta. Carlos do Carmo, o conhecido fadista, que criou o seu estilo muito próprio e que ainda hoje mantém uma bela voz, tão jovem. Cristina Branco, uma das fadistas e cantora de outros géneros, como Jazz, que tem ainda muito futuro e uma longa e venturosa carreira pela frente. A noite, ou sarau, com tais personalidades de peso, moderada por Carlos Vaz Marques, prometia ser rica e estimulante. Iniciava-se este ‘Café com Letras’ às 21h30. Os artistas, bons companheiros de mesa...uns dos outros, chegaram pouco antes das 22 horas... Mas a sala estava cheia já às 21h20, hora a que cheguei, e tive de ficar num dos últimos dois ou três lugares ainda vagos ao fundo da mesma. Entraram com um sorriso e o ar triunfante de quem sabe que se pode fazer esperar. De quem, superior, está ali para ser admirado e adorado pelos comuns mortais da

Um país, dois países

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Portugal é, são...dois países. Um país é o do PS e de Sócrates. Não chegava a crise a Portugal. Afinal...chegou e foi ...culpa dos outros, era uma crise internacional. Afinal, já estava a terminar, como dizia o 'génio' da Economia Manuel Pinho. Afinal...ainda não acabou. Mas agora a culpa..não é outra vez nossa...é dos 'ataques' internacionais, de gente especuladora, que ataca logo ...os melhores e mais fortes. Pois...que Portugal é um país com Finanças fortes (nunca o foi, nem com Salazar, que baseou o seu 'saneamento público em aumento de impostos e redução da despesa pública, mas que a praticou, efectivamente) Um país que está, hoje, segundo Sócrates, como há um ano. Sob controlo! A crescer... Há um indicador, temporário e mal comparado, pois há várias formas de comparar, o do crescimento da exportação e outro, do desemprego, ainda pior comparado... e logo se põe o mistificador, produtor Mor de mentiras oficiais, a dizer que...estamos no bom caminho. Já es

O Preço da Genialidade

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"Por que será que as pessoas inteligentes e dotadas se encontram invariavelmente atoladas numa miserável vida particular? Por que será que os sobredotados, os intuitivos, os que são capazes de ler no livro da Natureza, hão-de ser tão incautos e tolos?" (sinopse do livro Morrem mais de Mágoa" do grande Saul Bellow). Interessante...se analisarmos as vidas de Einstein, Beethoven, Robert Schumann,Van Gogh...Galileo, Luther King, e muitos outros. Beethoven, que era claramente superior e mais avançado do que os compositores da sua época, que conseguiu criar um estilo tão próprio que ainda hoje, muitos musicólogos o catalogam num estilo pessoal, próprio e independente dos movimentos artísticos da época (classicismo e romantismo), passou toda a sua vida em crises de paixão e amor, de sentimentos não satisfeitos e incumpridos e, até, com a sua família teve conflictos, alguns que lhe perturbaram os dias e a sua criatividade. Desencadeou uma tremenda e longa batalha judicial com

O(s) Medo(s)

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O medo, ou medos, de hoje e de ontem nem sempre são os mesmos. Ontem, havia medos de tanta coisa desconhecida, hoje há medos de coisas conhecidas. Ontem, o medo era também alimentado, usado, como arma. Na politica, na religião, na sociedade, nas relações humanas. Na politica, usando do desconhecimento, manipulação, criações mais ou menos fantasiosas da realidade, usando da falta de informação e, claro, da iliteracia ou escassez de cultura. Ainda hoje se usa e abusa deste poder, pela negativa, na politica, e diariamente. Mas é cada vez mais difícil e chegará o dia, em que tal será virtualmente ineficaz. Na religião, o medo foi sempre uma arma poderosa. Essa força, usada pelas grandes e pelas pequenas organizações religiosas ou espirituais, ainda hoje, inexplicavelmente (ou mais explicável do que parece, pois esse medo é um reduto e um refúgio das pessoas, principalmente em épocas de crise social ou económica). Mas é tão evidente que esta poderosa ferramenta de submissão e manipulação

"Five Minds For the Future"

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"Five Minds For the Future", de Howard Gardner. Um dos psicólogos mais influentes dos nossos dias, o homem que elaborou a Teoria das Múltiplas Inteligências, que também foi 'copiado' por uns tantos por esse mundo, como Augusto Cury, com teorias...não desenvolvidas, escreveu um pequeno livro, muito interessante e inteligente, como sempre, sobre As Mentes (para) do Futuro. Gardner estabelece Cinco Mentes, não inteligências (consideradas na sua Teoria das Múltiplas Inteligências, como Aptidões, Capacidades e não como formas de Pensar e Agir) que considera como as formas de pensarmos, agirmos, nos posicionarmos, para este nosso mundo actual e para o nosso Futuro, individual e comum. A Mente Disciplinada, a Mente Sintetizadora, a Mente Criativa, a Mente Respeitadora e a Ética. Sem o domínio de um 'conhecimento', uma ciência, uma aptidão profissional, um indivíduo está sempre nas mãos de alguém. A Mente Disciplinada, definida como a emente que é capaz de aprende

A visita de mais um Papa: mais uma falsa esperança...e um equívoco

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Há dois mil anos, desde que, dizem, fundada esta religião, da qual agora nos visita o seu universal, política e canonicamente, reconhecido e eleito líder, sempre se escreveu sobre a mesma, e nem sempre para a elogiar. Diz-se que a religião cristã nasceu há dois mil anos, mas para mim, com as mesmas bases históricas, mas sem o mesmo seguidismo de crentes que seguem o dogma, tal como um dogma deve ser seguido, nasceu um movimento político, mais tarde adoptado como religião. As razões da confusão histórica devem-se a muitos aspectos e diversas falsas e erróneas interpretações. Em primeiro lugar, há dois mil anos, religião e política confundiam-se, porque ambas tratavam dos mesmo problemas: a vida das pessoas, a organização social, a atribuição da autoridade, confusa entre um líder militar, um líder político e um...religioso, numa terra onde, na altura, só existia uma religião forte e organizada: o judaísmo. Cristo, aliás, nasceu Judeu, como sabemos. E é das poucas certezas, sobre esse ho

A Casa do Tempo

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A propósito de um filme interessante, com uma dupla de charme e dos sonhos de homens e mulheres, Sandra Bulock e Keanu Reaves, The Lake House (2006), e de um clássico da Literatura, Persuassion de Jane Austen, vim, novamente, fazer uma viagem no tempo...e umas reflexões sobre o papel que esse, que é o mais importante e influente factor das nossas vidas, joga nos nossos dias, nas nossas relações, nos nossos sonhos... No filme, um intrigante história e um jogo, quase uma parodia com o tempo, a protagonista (Kate, médica em Chicago) vive um sonho...uma paixão com um homem, à distância de dois anos. Tinha ela vivido numa casa muito particular, uma quase cápsula do tempo, toda envidraçada, uma casa-analogia com uma ampulheta, onde a luz entra por qualquer lado, por todos os lados, a cada momento do dia, a mesma luz, com que, sem outros instrumentos, como os ‘modernos relógios’, sempre se aferiu o Tempo. Mas este tempo é outro...bem outro, para cada um dos dois protagonistas. Ao deixa

Portugal: a Resistência à Sensatez

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O Governo insiste em grandes obras públicas, num momento de profunda crise económica, e não apenas financeira. A crise económica em Portugal tem muitos mais anos do que a crise financeira mundial, contrariamente ao que Sócrates insiste em afirmar, e em propagandear. Portugal que nunca foi um país industrializado, passou em poucas décadas a ser um país de serviços. Só por si, tal não seria nefasto, se o nosso papel na cena internacional tivesse outro peso e significado. E, por outro lado, em época de crise financeira internacional e nacional, um país que não possui uma base produtiva sólida, fica mais exposto e mais susceptível.  Neste caso, a nosso exposição é-o também aos designados especuladores financeiros, que usam e abusam das notações negativas das agências de Rating. Mas a nossa exposição, nas próprias palavras do gestor do Estado no maior Banco privado português, o socialista colocado na Administração do Millenniumbcp, verifica-se porque 'nos pusemos a jeito'... E por