A pressa de cantar por vitória...


0,3 % é o crescimento do último trimestre.

mas...

"O crescimento real foi de 0,3% no segundo trimestre mas, em termos nominais (retirando os cerca de -1% que terá sido a inflação média nesse período), apontam para uma perda de valor da economia entre 0,7% a 1%. Em euros, dá uma queda nominal que rondará os 400 milhões de euros. O crescimento real é igual à variação nominal do produto interno bruto (PIB) menos a variação de preços. Como esta última é negativa, a taxa real acabou por ser empurrada automaticamente para terreno positivo. Este efeito beneficiou também as outras economias.

A queda da inflação está directamente relacionada com o baixo nível de taxas de juro e a grave crise da procura. Esta última tem obrigado os produtores (a oferta) a reduzirem preços de modo a reter a desmobilização de consumidores (famílias) e empresas. Quando os preços caem, os agentes económicos ganham poder de compra.

Os observadores consideram que é cedo para cantar vitória e recordam que o potencial de crescimento da economia é tão baixo que o mais provável é haver uma retoma sem criação de emprego" (in jornal i, 14.08.2009).

Como adepto fervoroso da propaganda, da mistificação e da mentira, Sócrates veio logo vangloriar-se, afirmando que "o Governo está no bom caminho".

Mas....

Em primeiro lugar, a explicação acima demonstra bem que este 'crescimento do PIB' é um efeito colateral e um processo matemático simples. Em segundo lugar, nada se deve a acções do Governo. Nada, nada. Os apoios anunciados, as 'injecções' de capital por parte do Estado, ainda nem tiveram lugar! E alguns desses apoios, nunca se verificarão. São apenas anunciados. Depois, como habitualmente, há que empatar muita coisa, burocratizar, complicar e, muito importante, esclarecer se por trás de uma dada empresa não estará um 'inimigo de direita' do actual Governo...

Vitória?

Portugal tem tecido económico sustentável? Portugal pode basear-se em Sonae's, Cimpor's, BES's, Amorin's? Que ou já têm sede no estrangeiro, holanda por exemplo, ou estão a investir mais lá fora do que cá.
Os anúncios são para apoio à exportação. Não é para rir, não...
Mas ainda na passada semana anunciaram-se quebras de mais de 25% nas exportações. Bem sei que Nicolau Santos, fazendo um favor ao seu partido do coração, dizia o contrário. Mas os dados são oficiais.

Com tais dados, vários economistas diziam, e instituições internacionais, que o crescimento e inflexão da tendência negativa, dependerá mais do consumo interno, que tem estado praticamente estagnado. E o Governo nunca anuncia uma redução de impostos para os privados e famílias.

Vamos depender mais do Estado para recuperar a economia? OU seja, de mais empenhamento do futuro, via dívida externa? E por quanto tempo mais aguenta o Estado? Acho...pelo que tenho lido e ouvido, que só aguenta até final do ano...

Mas se não é demagogia, este Sócrates populista, vejamos: há pouco mais de um ano não havia folga para nada, por causa do 'défice'. E, assim, não se podia aliviar o esforço dos portugueses, que na realidade têm pago e bem esta crise, com este esforço através de impostos. Ou seja, o Governo decide e...nós pagamos. Agora, em véspera de eleições, já Sócrates anuncia nova distribuição de fundos...(que, porém nunca acontecerá, tal como nunca aconteceu no passado. Exemplo: sector leiteiro e projectos agrícolas no geral já aprovados há DOIS anos ou mais: não receberam nem um cêntimo! Mas há mais e mais significativos exemplos me áreas mais significativas, na indústria por exemplo)

O problema destas acções de pura propaganda socialista é, novamente, não falar verdade. E em economia isso é fatal. O passado recente bem o tem demonstrado. Mas pelos vistos, há quem não aprenda. Nem se esperava, já que o que interessa ao senhor Sócrates é a própria pele e a incomensurável vaidade pessoal.

Pequeninas mentes...

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