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A mostrar mensagens de fevereiro, 2008

Sócrates, a Ministra e os Professores

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Li um texto, respeitável obviamente, de José Manuel Silva ( http://www.campolavrado.blogspot.com/ ), ex-Director Regional de Educação do Centro, sobre a polémica reunião de José S. Carvalho Pinto de Sousa com os professores e sobre a as novas medidas que o ministério quer aplicar, no que se refere à avaliação profissional da classe dos docentes. Medidas absurdas, diga-se, pela forma. Mas não pela ideia que as justifica. Interessante a preocupação com a base eleitoral do PS. Pergunta-se: Mas se é o PS que governa, em maioria, e faz o que faz, não merecerá a redução dessa 'base eleitoral' (fala-se de bases eleitorais, como se de coisas naturais e ternas se tratasse. Já começo a pensar que responsabilidades teria o Sr. José Manuel Silva no ME, para estarmos neste ponto e desgraça em que estamos. O Sr. José Manuel Silva fez questão de referir que desempenhou Altas Funções no ME. 'Altas'? Porquê? Por terem sido num Ministério? Não estou a ver que tem isso de 'alto' o

Estado-vergonha

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Não vivemos uma época de Estados Providência. Já sabemos. Mas os Estados de Direito europeus, onde a cultura social sempre tem conduzido a níveis de protecção elevados, baseados em princípios de equidade, solidariedade, ética e responsabilidade, têm, por tradição, bases intelectuais, políticas e económicas que nos distanciam de outros continentes, culturas, e blocos económicos, tais como os EUA ou mesmo o Japão. Portugal devia pautar-se pelo respeito de tão sedimentadas tradições, princípios e comportamentos. Portugal, inserido neste imenso espaço democrático e apologista de um moderno multiculturalismos, devia começar, na pessoa da Administração do Estado, do Governo eleito, para bem ou para mal, devia dar o exemplo, a agentes económicos e à sociedade em si mesma. A prática da nossa Administração política, eleita para nos melhorar as condições de vida, defender os acima apostos princípios éticos e democráticos, é bem diversa de tais tradições europeias. O nosso Governo continua a patr

Pelo bosque ou junto ao rio?

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Estar a passear sozinho num bosque, numa manhã fresca de Primavera, num desses fins-de-semana em não que apetece ficar em casa a ler, ouvir música, ver televisão ou fazer arrumações e limpezas, o sol penetrando pelas altas árvores e o vento fresco, agradável. Sozinho com os pensamentos frescos, livres a fluírem, reflectindo sobre mim mesmo e sobre os outros. Sobre e vida, o que nos deu ou há-de ainda trazer. O aroma das ervas novas a florescerem, transmite a tranquilidade e inspiração adequadas. Nada fazendo, excepto uma fotos, pensadas com tempo. Sente-se alguma música que nos sai da mente e se enquadra naquele ambiente bucólico e renovador. Uma Sinfonia pastoral de Beethoven, ou uma obra de Dvorák, ou ainda a Fantástica de Berlioz. Tudo parece perfeito e terapêutico. Ou estar numa cidade como Lisboa junto ao rio, numa manhã fresca de Primavera, num desses fins-de-semana em que não apetece ficar em casa a ler, ouvir música, ver televisão ou fazer arrumações e limpezas, o sol penetrand

Ensino Artístico

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A propósito da ‘reforma’ (esta moda de chamar reforma a tudo, é mais uma das manias socialistas, de a tudo tentar dar uma ideia da profundidade de medidas, verdadeiramente, avulsas, as quais se mudam várias vezes, para não correr riscos a tempo de ir a votos e sondagens) sobre o ensino da música, especializados versus ensino integrado, lembrei-me da miséria que graça no ensino do desenho e pintura, designado de educação visual (impropriamente, pois nesse caso deveria abranger ensino de outras artes visuais, como escultura, fotografia, vídeo, etc. Quando as nossas crianças são pequeninas, antes de irem para o pré-escolar, ou infantil, um dos seus maiores prazeres é desenhar e pintar. Assim que chegam ao ensino básico - outra designação com que não concordo, visto que básico num país que se quer mais preparado, bem formado e culto até, esse ‘básico’ deveria chegar até ao 10º ano de escolaridade – desaprendem quase na totalidade o pouco e rudimentar que antes haviam aprendido: não se lhes

Educação Musical democrática?

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A Ministra da Educação é um dos membros do Governo que, ao início da sua actividade, foi tida como eficiente, pragmática e competente. Rapidamente, através de um série ainda interminável de disparates (retirada do exame de Filosofia para entrar na Universidade em... Filosofia, e noutros curros afins, as famosas aulas de substituição que, ainda hoje, ninguém vê como úteis …) Nos últimos tempos a Ministra tem dado crédito a estudos, perfeitamente irresponsáveis, apressados e até mesmo idiotas, como a Reforma, que nunca é aplicada como anunciada, tal como TODAS as reformas do infeliz e incompetente Governo do Eng.º Técnico José de Sousa (para não insultar a memória do ilustre filósofo grego)e, mais recentemente, as anunciadas, ainda não legisladas, medidas sobre o ensino especializado da música. Quer o ministério, impor, estilo quero-mando-e-posso, muito ao gosto de José de Sousa, que as escolas ensinem música em modelo integrado. E deixe de haver ensino gratuito, entenda-se subsidiado pe

(Im)Previsões e outros "temas"

1. O Governo fez previsões económicas, para 2008, demasiado optimistas. Segundo a Comissão Europeia. Sobre isto já eu havia escrito aqui, da última vez em 20 de Janeiro. Parecem pouco graves estes erros, mas não nos esqueçamos que muitas previsões económicas, privadas e públicas, são elaboradas com base nas do Governo, Banco de Portugal e intituições internacionais. Um dos cálculos que mais nos afecta é o do Indíce de Produtos no Consumidor (inflação), outro será o crescimento do Produto Inerno Bruto (PIB, crescimento económico da riqueza gerada num país), e a estes dois índices estão ligados, de forma directa...os salários- já de sei os mais baixos e com maior perda de poder de compra, de toda a União Europeia. E pior do que o grau de confiança nos agentes económicos, nacionais e internacionais, é o que de facto significa e o que afecta um menos crescimento do PIB, um menor crescimento das exportações e, ainda mais importante, numa época de crise financeira, e já económica, internacio

Marinho Pinto, Corrupção ou Tráfico de Influências

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Já tanto se escreveu sobre corrupção em Portugal. Agora comenta-se sobre as declarações do Bastonário da Ordem dos Advogados. Para uns um escândalo, pela forma, para outros pelo conteúdo (atentatório da intocável dignidade dos políticos. Mas tal dignidade tem, efectivamente, se ser merecida, e não se a tem apenas pelo cargo que se ocupa!) O Bastonário Marinho Pinto, foi de facto bastante bombástico, mas, para mim, mais no estilo do que no conteúdo. De qualquer forma, há que se provar acusações, para que não se tornem gratuitas, e não se comprometa, assim, o autor das mesmas. Ou então não é correcto e, pior, não são atingidos os objectivos, perfeitamente legítimos e nobres, de denúncia de situações e de pessoas, cuja gravidade de actos nos atingem a todos, por terem implicações profundas nos bens do Estado que, afinal, são propriedade colectiva de todos os portugueses contribuintes cumpridores. Mas, primeiro erro, governos como este, e políticos como os da nossa triste actualidade, conf