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A mostrar mensagens de 2008

No Centro

Entra-se, um pastel à Renoir, cores e formas diversas em profusão. Sons e até aromas diversos, cativantes ou agoniantes. Um fresco quotidiano.Azáfema de quase-natal. Burburinho de namorados, passeantes sem rumo nem objectivo.  O Centro, é uma amálgama de gentes e de personalidades. De carácter, de sem-carácter. Mulheres que olham com desdém quem as olha, qual 'que quer este, ai agora este...não tens mulher lá em casa para onde olhar, é?'. Mas regressam a casa, tão seguras da sua vida quanto de que precisam ia ao 'site' ver se lhe enviaram mensagens...homens 'jeitosos' mas 'apenas para amizade' ... Homens que vão bambolear as barrigas e a estupidez, acompanhados do seu prestigiadamente estúpido jornal desportivo. Nas mãos, os restos microbiológicos da micção acabadinha de fazer sem lavar a 'patinha', em mistura com a impressão microbiana de todas as pessoas que cumprimentou ao longo desse dia. Olham em volta 'cheio de gajas boas, meu..' V

Traição

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Como uma mulher infeliz e com a vida desfeita, cujo marido lhe fi infiel uma ou muitas vezes, assim está Portugal em relação a este péssimo e incompetente Governo. O marido infiel é, aos olhos da Lei (que tem a mania de meter os olhos em muita coisa, mesmo que não seja o caso da condenável violência doméstica ou manifesto prejuízo da vida dos filhos, situações em que a intervenção do Estado sempre se justifica, mas...adultério apenas e metem o nariz???) um marido incompetente. Ora ele prometeu e concordou formalmente, assumir as suas funções, mesmo que não as conheça exaustivamente (outra particularidade portuguesa...) e entre elas as de bom marido. Um Governo também e dessa forma conquistou o direito e ser Governo mas, muito mais do que isso ganhou mandato para o ser, como o que implica em ter-se um mandato: uma missão e uma prática consentânea com a mesma, que lhe foi outorgada por quem o elegeu. Tal como o namorado ou namorada que tudo prometem até o objecto dos seus amores ser conq

Ah! non credea mirarti...

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Estive a falar com pessoa cativante. Inteligente, provocadora, algo mordaz, perspicaz até ao suportável (o meu riso parvo...), misteriosa (ainda), e muito bonita.  Tinha de sair e fui-me deixando.  Agora, passado o tempo de conversa que me arrasta para a curiosidade sobre as próximas palavras com essa pessoa, um quase desafio, visto me surpreender e nem ela tal imagina, em algumas vertentes da inteligência, volto ao siliêncio. Atrás do vidro demasiado fino para o frio que deixa passar, mas o suficiente para filtar sons da rua e deixar apenas o som cavo e baço chegar cá acima, entrecortado pelos saltos clássicos da chata da vizinha do piso de cima, qual irritante formiga imparável de salto alto (quem usa ainda disto em casa, por favor? deve ser tão clássica grhhh), ouve-se este silêncio, fora de mim. Cá dentro, há mais ruído e a lembrança da conversa recente da cara bonita da pessoa simpática e positiva que me aturou uma meia hora.  Paro, vou ao cavalete, desenho uns rabiscos na senda d

Depois do prazo

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Não é bem a mania de se sentir e ser, ou querer, apenas, jovem numa idade avançada. Cota. Quando se é cota? Quando os filhos nos vêm assim. Pode-se ter a mesma idade do amigo ou amiga tal, mas se eles não têm os filhos na fase de verem e chamarem cota aos pais, eles não são. É ser jovem, mesmo, após o tempo para o ser. Depois da idade em que o deveria ter sido. Não o a cinco de Janeiro de sessenta e oito (outro século para os evidentemente jovens...), quando Alexandre Dubcek ganhas as eleições na Checoslováquia e começa a liberalizar o regime, ou em Agosto desse mesmo ano, quando as tropas do Pacto de Varsóvia trazem consigo as negras nuvens da ditadura comunista, num regresso mais violento do que fora antes...ou em Maio desse ano, em Paris, ou no início da guerra do Vietname, na queda de Salazar da cadeira, no assassinato de Marthin Luhter King, na Encíclica Humanae Vitae (umas das proclamações menos humanas do Vaticano, precisamente) ou no ano da morte de Yuri Gagarin...tudo ness

As Democracias são mais preguiçosas do que as pessoas

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Qualquer dia destes a nossa triste Democracia (se o é, porque graças à arrogância aventureira desta criatura Sócrates que odeia o mundo e as pessoas...e se julga mais um ser especial, com a bênção dos deuses ou dos demónios. Tal como o julgaram Salazar, Hitler, Mussolini, Pinochet, Franco, Julius Ceaser. Mas ‘este’ pigmeu das ditaduras tem um diferença: uma cultura mais pobre do que uma pedra da calçada) tem tantos anos, quantos a ditadura de Salazar. As Democracias parecem necessitar de mais anos do que as ditaduras, para se tornarem maduras, para se tornarem estáveis e incontestadas. E a nossa tem tudo menos o ser incontestada, como regime. São cada vez mais as pessoas que admitem o recurso a uma Revolução, no extremo ou a uma forte e, talvez violenta, contestação social, na expressão mais poética da nossa passiva e pobre forma de estar. Hoje, comprado o jornal de Domingo, leio um ou dois títulos e regressa-me esta sensação tão cristalina e forte, quanto triste e pungente de nã

Viver agora ou 'deixá prá depois'

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A propósito de uma mensagem de correio electrónico que hoje recebi, dessas 'em cadeia' (dessas que nos dizem que se enviarmos a quinze pessoas a Jennifer Connelly nos telefona ou o George Clooney nos envia um bilhete para irmos ter com ele a Paris-isto para as senhoras, que não gosto de misturas, ok?- ou ainda que o Bill Gates nos fez herdeiros universais em, apenas,  dez minutos), que pretendia falar ou doutrinar (exagerando) sobre a Felicidade. Dizia...que a 'felicidade não é um destino, mas um caminho'. Nem discuto. É fútil. Para mim, é, como outras coisas mais que, ao longo da vida, sentimos mais uma dessas grandes palavras, ou epítetos, com que nos comprazemos ou frustramos, em rotular acontecimentos e sentimentos. Mas seja o que for, à medida de cada um, ou num padrão mais ou menos universal, se puder existir, é tido como coisa boa, muito boa, e, como a tal mensagem, defendo que deve ser procurada, identificada (porque tantas vezes é-nos vizinha...) e vivida HOJE.

Estalo

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A grande estalada começa no primeiro sopro. Ou vem com ele. E nunca mais pára. Vem-nos dia a dia em doses certas e subtilmente. Chega-nos de muitos e todos os lados, e apanha-nos no nosso melhor. Muitos de nós livram-se bem desse estalo incomensurável, e andam por aqui como se nada lhes tocasse. E não toca. Só atinge os infectados. Os infectados pela vida, pela vontade de fazer, de sentir e fazer sentir, de ter e de pertencer. Só atinge os incuráveis infectados, contagiados um dia e nunca mais certos pelo passo normal, diria sensato, dos ‘realistas’, dos ‘pragmáticos’, dos ‘normais’. Tresmalhados, alguns, somos os infectados pela sensibilidade, pela energia inesgotável, pela vontade de aperfeiçoamento, pela mania estúpida de ser diferente para ser melhor. Melhor por melhor, nada que tenha de entrar em comparações com esses cansativos e chatos dos realistas. Não. Apenas infectados, pela VIDA. Até morrer, que nada se relata mais a partir desse dia, do estalo último.  Acreditamos na vida,

Mr. President Obama!

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Yes, we can! Contra todos os que por aí ainda abundam, reafirmando a sua descrença e insegurança próprias de quem até hoje não fez nem viu fazer mudanças políticas, sociais e, mais difícil, até culturais, Barack Obama ganhou a Presidência dos Estados Unidos da América. No geral, os portugueses, alinhados e bem, com os povos da maioria dos países europeus preferiam Obama e acreditavam na sua eleição. Mas alguns 'ilustres' que fui ouvindo pela noite fora nos vários canais de Tv portugueses lá foram desenrolando a sua má vontade e, bem pior, a sua má fé, quero dizer, falta de fé ou, pelo menos, de esperança. Esta esperança que há dezenas- sim, dezenas- de anos eu não via ressurgir, desde os tempos de um Presidente americano que não teve possibilidade de provar nem de confirmar quase nada, excepto no discurso, John Kennedy. Cresci com a imagem de uns EUA que se agigantavam perante o mundo nas diversas vertentes do 'desenvlvimento' humano, na ciência, na tecnologia, na polít

A Amizade - II

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Se num dia tive uma certa desilusão, com uma amizade, noutro, ontem, recebi uma prova mais de uma grande amizade, que eu já sabia ser genuína, sólida e de imenso valor. Alguém que me é muito querido deu-me mais num só dia, em amizade e demonstração de verdadeira preocupação por um amigo, do que se pode receber em muitos momentos e de muitas pessoas. Nem preciso de escrever muito, nem quero, mas apenas pretendo deixar um registo do meu imenso agradecimento por...existires, Amiga! E por seres tão importante para mim, como sempre o demonstraste, desde o primeiro momento em que nos conhecemos. Tens um coração imenso e és um ser humano super especial! Podia dizer muito mais, mas ia repetir-me vezes sem conta, quando afinal nem é necessário. Obrigado Amiga!

A Amizade

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Uma amizade é uma relação muito especial entre as pessoas. É uma relação que exige entrega e verdade. Não permite mentiras, pelo menos mentiras graves, que minem a confiança e mútuo prazer de um convívio saudável e liberto de quaisquer preconceitos, amarras sentimentais ou desrespeito pelo outro, tal como ele é. Uma amizade exige uma confiança e verdade, mas não exige, embora permita, intimidade. Não exige um convívio em espaços privados do outro. Mas fortalece-se, também, por aí. Não exige um constante convívio e permanente contacto, mas sim um respeito integral e são, pela vida de cada um. Mas é óbvio que a relação entre amigos ganha com alguma frequência na visita à sua amizade. Hoje terminei uma amizade. Por decisão e iniciativa minha. E nunca antes em toda a vida ao havia feito. Pergunte-se porquê. Porque me senti magoado, ou lesado pela pessoa em causa? Nada disso. Porque houve troca de palavras inadequadas entre amigos? Se houve até foram da minha responsabilidade. E eu nunca an

Emoção, razão...amor, paixão...responsabilidades: as asneiras seculares nas nossas relações

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Volto a alguns temas preferidos para os envolver numa grande amálgama, numa ‘sopa de ideias’ que quero deixar à consideração de quem (ainda) me lê. Emoção, razão, sexualidade, sentimentos, enamoramento, paixão, amor, casal, sociedade, religião… É espantosa a confusão que ainda hoje ouço e sei haver entre tantos adultos sobre estes assuntos. Espantoso… …que se defenda uma relação a dois com base numa justa concentração de sentimentos mútuos, numa fusão de emoções, numa intersecção de ideais um sobre o outro, no fundo, que as relações, de namoro, de casamento se devam pautar pela paixão e amor genuínos, para…tempos depois, no quase sempre inevitável desenamoramento e assumir da perda da paixão ou do amor, se defenda a racionalidade e se considere a emocionalidade, antes defendida, uma coisa para ingénuos, imberbes, irresponsáveis e infantis. Nesse momento, ser ‘racional’ é ser adulto. Ditam assim as regras sociais, as regras religiosas e toda a nossa educação, activa ou passiva, assim no

Desenvolvimentos sociais assimétricos

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O desenvolvimento, assumido como hoje o conhecemos e apelidamos, ou seja, numa base de avanço científico, tecnológico, social e (não consensualmente) humano, tem os seus maiores expoentes na chamada civilização ocidental. Este termo, de origem francesa, já de si tem sido alvo de intensa discussão ao longo do tempo. Tal como 'cultura'. Mas, de forma clássica e do senso comum, entenda-se como cultura e civilização as característica identificativas e diferenciadoras de um conjunto alargado de sociedades, com origens e pontos de 'encontro' múltiplos e persistentes no tempo. Ora, perguntemo-nos porque razão este tal 'avanço' técnico-científico e social (etc) tem o seu epicentro nos países europeus e americanos (alguns, pelo menos). Porque razão, ou o que terá levado a que, a dado momento do desenvolvimento humano, se impuseram pela força e pela cultura estes países em que nos encontramos, do 'ocidente' e não em sociedades como alguma da Ásia, ou do Pacífico,

O fim do Cristianismo e da Cultura Ocidental?

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Após dois mil anos de Cristianismo parece-me que se assiste à maior crise das igrejas cristãs de sempre. A católica passou por muitas convulsões e, apesar, das atrocidades cometidas há, no máximo cinco séculos (muito pouco em termos da história da humanidade, mas suficientemente distante para que hoje os praticantes e membros da igreja de Roma se sintam confortáveis com a mesma), continuou a ter fiéis e a manter por muitos séculos, com excepção do final do XX e início deste XXI, a sua hegemonia em muitos dos países de tradicional implantação, se não mesmo uma influência ou autoridade sobre os Estados. Nenhuma igreja cristã se lhe pode comparar em influência no mundo, nas pessoas e na política. A Anglicana, por força da reforma, ou antes, cisão, que lhe deu origem, não manteve a mesma influência ou poder, dependendo isso mais do monarca de cada época, até por ser ele ou ela, os chefes máximos dessa Igreja. As Igrejas ortodoxas, grega ou russa, com as suas tradições bem enraizadas mas co

Bach e outros: case study do humano

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Ouvir Bach (J.S. Bach) hoje é, para quem aprecia o género musical, uma experiência transcendental. Uma música dos deuses, é uma das expressões mais frequentemente ouvidas. Bach é considerado por muitos, especialistas musicólogos ou apenas melómanos o maior compositor do Barroco ou mesmo o maior compositor de sempre (outros consideram Mozart, ou Beethoven, ou Wagner, ou Mahler). Mas Bach, no seu tempo não foi tão reconhecido, em vida, como hoje se poderá imaginar. Nem popular. Era um compositor metódico, que criava sempre de acordo com os cânones, nunca fugindo muito a tais princípios. Mas também dever reconhecer-se que inovou, e muito, mesmo usando as clássicas regras da composição. Criou pérolas de música bem evoluídas para a sua época, como as fugas, invenções, suites para instrumentos solistas, sinfonias e partitas. Obras sacras de grande vulto e fôlego, pequenas obras com base em temas simples por vezes sugeridos por outros como pelo seu admirado o Kaiser Friederich II da Prussia,

Humanos: um 'case study'

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É para mim cada dia mais surpreendente a forma como as pessoas se agarram a crenças, convicções e conceitos que nunca poderão confirmar. Sempre, desde novo, mas mais agora, me espantou que a nossa mente usasse dois critérios de raciocínio, de conceptualização, de conduta, de atitude e, depois, procedimento. Pensemos na ideia de Deus. Tantos pensadores, filósofos da teologia, ou muitos outros, e tantos humanos que os seguiram, conscientemente ou não, assumiram, pouco a pouco a ideia de Deus, como certa, segura e inquestionável, leia-se, dogmática. Por detrás não da ideia em si mesma, não do conceito de Deus, ou da crença se quisermos, mas do raciocínio - ou da ausência dela, visto que o dogma uma vez universalmente aceite, dispensa e repudia o raciocínio, pelo menos o que o pode por em causa – há um formato que devia incomodar os pensadores, tanto que a dada altura o fez, mas tal já não passou para as pessoas comuns em geral, como também não se fez eco em relação a outros conceitos, dog

Bad day

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Interessantes os fluxos e variações com que a vida, frequentemente, nos surpreende. Interessantes ou, melhor, decepcionantes, ou, ainda, desafiantes. Se nuns momentos sentimos tudo a correr-nos bem, nesses dias em que tudo, ou quase sai como queremos, noutros, tudo sai ao contrário e parecem, até, desmoronar-se as nossas convicções, superficiais ou não. Há dias em que nos parece que tudo foi feito à medida das nossas expectativas, mas noutros, basta um sinal, de alguém importante para nós, e o nosso mundo vem por aí abaixo, que nem um castelo de cartas. Fica-se com vontade de deixar passar. Deixar o tempo correr e que o dia, mau, termine rápido. Mas quando julgamos que já passou o pior vem mais uma notícia, mais um telefonema, ou a ausência dele, e ...até alguns amigos sentimos poder perder. Uma toca, um esconderijo recôndito ou um lugar no cimo de um grande rochedo à beira-mar, para nos sentarmos sozinhos, à espera do regresso do ciclo bom. Nada nos sai bem. O que dizemos, o que pensa

No teu regresso

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Tu não vieste. Nem entraste na vida que eu ia vivendo. Foste chegando. O teu efeito ia aos poucos sendo o meu sistema, Fazias dos meus tempos a ideia que criava de ti. Não chegaste como se entra numa vida que se suspende a si mesma. O meu tempo foi uma vítima do teu melhor. A vítima bafejada. O teu pouco ia agora ser o meu muito. O meu único. Assim que te ias transformando no meu centro, Ia desejando não me aprisionar de ti Mas o teu espaço era o há muito esperado, Ou era o desejo que o fosse. A calma e a paixão lutavam em ti. A tua vinda era esse ar que nos chega fresco com a noite, Nos dias quentes amordaçados da minha preguiça de viver. Ia vindo e eras esse duche fresco ao final de uma canícula de asfixiar. Um ar novo que queria conhecer Um ar que não queria, afinal, não ter. Uma brisa humana de seda feita. Uma nova vida na vida já velha. Eras o ar respirável na poluição dos meus dias. És…a minha brisa mais forte e profunda. Fazes de mim um marinheiro que não quer porto, Uma folha a

Congresso Feminista

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Acho muito interessante, divertido, ou mesmo hilariante este Congresso Feminista 2008. Sei que alguém, talvez muitas senhoras, ou algumas que me lêem podem sentir-se entre confusas e incomodadas, aliás irritadas, com este meu texto. Mas, por um lado, as que já me conhecem sabem que não padeço do mesmo mal, mas de sinal oposto, das organizadoras e participantes no dito Congresso. Por outro lado, a polémica, se for gerada, nem é por mim, é pelo Congresso, o que só me deixa quase frustrado por não ser a lançá-la, tanto o prazer que me dá entrar em polémicas... Imagine-se que se organizava um dia destes um Congresso Machista... Esta ideia do Feminismo é, para mim, absolutamente estúpida, ridícula e para quem assim se sente ou defende, é redutora. Novamente, veja-se um homem a defender o seu machismo, e imagine-se o que se pensa dele: redutor será o mínimo... Confesso que conheço muito mais mulheres inteligentes e competentes do que homens. Confesso ainda que nunca na minha vida profissiona

A doença da democracia

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A Democracia hoje instituída em todos os países europeus, nos que fazem parte da União Europeia e em mais alguns que não, e menos outros que se dizem democratas e nem sombras disso o são, está pouco a pouco a ser questionada, discutida, levada em polémicas que, esperemos, conduzam a alguma forma de governo e administração política mais saudável, mais representativa e menos arrogante ou, até, corrupta. Esta forma de Democracia pouco tem a ver com a instituição política original grega, nem havia vantagem nisso, pois na Grécia antiga a democracia era-o só para alguns, mas dentro desse restrito grupo de privilegiados era um autêntica representação dos interesses e vontades de todos. As nossas democracias actuais são uma evolução que foi, gradualmente, surgindo após o século das luzes. Após os grandes filósofos políticos e sociais como Kant, Espinosa, Voltaire, Rosseau, Montesquieu, Hume, Locke, Diderot, Lessing, Smith e até Marquês de Pombal mas muitos também outros terem lançado um imenso

Cada povo tem o governo que merece

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"Cada povo tem o governo que merece". Esta frase é atribuida a Salazar. Não sei se é verdade que é frase dele ou não. Mas sei que, repetidamente, me parece verídica e oportuna.  Que dizer de um povo e um país em que se protesta pelo aumento dos preços dos combustíveis e, passados poucos dias, com umas suspeitas negociações com esse homem das cavernas que é o ministro dos transportes e obras públicas (coisa talvez melhor do que ser do 'deserto'...), tudo se dissolve, porque a contento de transportadores? Mas logo hoje, a Galp anunciou novo aumento de combustíveis... Povo interessante este...que vê piorarem dia a dia as suas condições de vida, mas acha que esss outro incompetente do Primeiro-ministro, é o homem indicado para conduzir o ógão executivo, que nos há-de levar à miséria total. Não nos admiremos que num ano próximo, a União Europeia nos convide a sair da zona Euro... Perdemos poder e compra. Tiram-nos mais dinheiro todos os meses para pagar um maldito défice,

Vivaldi, Lasci la Spina

Per una amica molto especiale, que bisogna molta dolcesa in questo momento...

Normal? Nahhh....

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Sempre me senti uma pessoa normal. Apenas mais uma pessoa. Mas...apenas com uma imensa mania: não saber parar. Parar de me auto-aperfeiçoar, ser melhor e, assim sentir-me bem, comigo e com os outros. Mas, se me esforço para ser melhor, e estar melhor com toda as pessoas com quem me relaciono, verifico algum ou, por vezes muito, insucesso, em fazer-me compreender. Ou seja, em ser aceite. Como sou. Um completo insucesso com muita gente. Que não posso, justamente, atribuir a essas pessoas. Mas sim a mim mesmo, por não me ter sabido relacionar. Embora...às vezes me 'cheire' que comigo, como com todo o mundo, neste miserável país de gente mal formada e invejosa, lidar com alguém que, eventual e muito relativamente, lhes possa parecer melhor, se verifique impossível, um fardo, uma tortura. E, assim, confirmo o que já há muito sabia: há muitas pessoas que se afastam de nós, ou nem se aproximam, por manifesta incapacidade de lidarem com que lhes pode parecer melhor do que elas mesmas s