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A mostrar mensagens de 2006

Fogos... propaganda e desinformação

Continuamos em Portugal com esta estupidez de fazer campeonatos partidários de quem teve, ou tem, mais fogos (perdão... menos) anualmente. E para tal serve tudo, inclusive escamotear informação. E isto nada tem que ver com notícias nas TV's ou imagens, ou pressões (ou pseudo-pressões) do Governo sobre a RTP. É conhecer o país, andar um tanto por aí, Norte e Sul e saber que muitos dos fogos que se vêm, se sabem existir, não são divulgados. Como se houvesse menos fogos só por não os noticiar. Como se o Estado ficasse menos lesado, apenas por o Governo sair melhor na fotografia (leia-se propaganda por omissão). Como se todas estas jogadas (politiquices, como gosta de lhe chama o Ministro do Ambiente, precisamente o que mais se devia preocupar e menos aparece) fossem mais importantes do que o constante delapidar do nosso património mais básico e importante: a natureza e não apenas a floresta, pois os fogos afectam e muito toda a vida, vegetal e animal, nas zonas em que devastam. E o pr

Maria João Pires e os socialistas

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Maria João Pires. Indiscutivelmente a nossa maior artista, na música clássica, desde há muitos anos, talvez mesmo a mais reputada desde Vianna da Motta. A ida de Pires para o Brasil sugere-me dois pensamentos: indignação e um sentimento de indisfarçável satisfação (embora me possam acusar de ser uma satisfação um pouco cínica). Indignação porque Maria João Pires é, de facto um enorme, um imenso nome da música clássica mundial. É uma das melhores pianistas internacionais, numa área cultural em que não abundam grandes nomes do nosso país. É uma das artistas que mais admiro e admirarei. E já por diversas vezes confessei a minha paixão pela música clássica. Que vive comigo todos os dias, em casa, no carro, num hotel (em formatos, hoje, mais modernos como mp3, iPOD, etc.). Maria João Pires tem uma forma muito inspirada de interpretar, magistral, própria apenas de génios. A sua partida para o Brasil, num óbvio divórcio com a política deste Governo- só não assumida pela sua declarada simpatia

PSD e PS: qual o pior?

Com um PS tão mau, tão fraco de inteligentsia e de honestidade até devia parecer fácil ser oposição...mas com um PSD ausente, desmotivado... não há nada que 'nos acuda' (só o BE????). A pergunta não é: qual o melhor paar nos governar e tirar desta m... lama A pergunta é: quem ganha em mdeiocridade... Vão lá de férias a ver se Espanha, em Setembro já comprou mais uma 'golden share' de Portugal...

Rectificação sem grande importância

Enganei-me quando escrevi que "The Eight" não havia sido publicado em português. Fui dar om um exemplar único do segundo volume, da nossa estimada editora Europa-América. Que por ter vendido pouco, não se interrogou porquê... e não reeditou. Um exemplar sujo, amarelado, no El Corte Inglês, com uma capa que até dá orgulho às Edições Paulistas, pelas obras de arte que vendia... (as capas vendem livros!) Mas isto não tem relevância, pois ninguém deu por nada e o livro em português morreu mesmo. No Reino Unido continua nos primeiros lugares a vender e vender..( vender é negócio, senhores editores, que deixam esgotar livros, de autores portugueses consagrados e outros, internacionais, também: já tentaram procurar um Steinbeck ou um Dos Passos, por exemplo...com capa decente e sem cheiro a mofo?). Mas temos a "Livros do Brasil" que merecemos. Há uns anos, quando a Margaret Atwood ganhou o Booker Prize (com The Blid Assassin) a Livros do Brasil pedia (em escudos ainda) € 2

The Eight

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The Eight. Katherine Neville. Em Portugal a actividade editorial rege-se por critérios muito estranhos e díspares, em compararão com outros tantos países, desde logo os mais fortes neste mercado "das letras", como a Alemanha na frente e também o Reino Unido e a França. Em todos estes países, e ainda em Espanha os critérios dos editores não são apenas os que pautaram os lançamentos de livros como os de Dan Brown- um escritor entre o fraco e o mediano, mas com bons ingredientes de sucesso - ou a série de Harry Potter- que teve o condão de por muita gente miúda a ler. Mas em todos os países mencionados é impressionante a actividade das editoras, que publicam tudo, de bom e de mau, ou seja, para todos os gostos (que os há bons e maus...). E, assim, perde-se, em Portugal, ou chega-se sempre mais tarde, por vezes muito tarde, a oportunidade de ler livros bons, ou interessantes, ou de escritores de grande mérito, ou mesmo excelentes, escritores ou livros. Há uns anos, por altura da

Marasmo

Passado o Mundial de 2006 (e eu, de facto, nem sou um habitual apreciador, ou um "entendido" em futebol) sente-se, de novo o regresso à nossa afamada letargia... ou o nosso Marasmo. Já em Julho, entrar-se-á gradual e de forma crescente, em período de férias do país. De todo o país. Se juntarmos os habituais dois meses mais típicos de férias a um mês de futebol, quase diariamente vivido e sentido, ou ainda, para onde muitas das nossas energias, pensamentos ou preocupações se dirigiram, temos três meses de pouca ou quase nenhuma actividade... Pode Portugal dar-se a um luxo destes? Em Setembro estaremos em rescaldo e me choque. Em rescaldo de férias. Ainda de "Mundial" e de "Scolari fica-não fica-quem será a selecção-sem-Figo e Pauleta... Depois virá o choque: o das contas públicas a resvalar de novo. O da economia a persistir no marasmo, na inércia negativa... Em Setembro queria regressar a um país cm novidades: na educação, principalmente, na cultura...o resto v

Do mal o menos...

Ao menos passou a selecção, entre ladrões, que menos merecia perder. Porque mereciam perder as duas que hoje jogaram. Mas confirma-se que nenhuma delas jogou futebol neste Mundial. E ambas roubaram, no sentido em que eliminaram adversários de mais qualidade, superiores, com baixos golpes ajudadas por árbitros corruptos num ambiente de uma corrupta FIFA. E que dizer de um animal que agride um atleta advsário, derrubando-o com uma cabeçada? um tal de Zidane, que dizem ser um grande jogador... tem-se visto... de arrogância talvez... E que dirão os idiotas dos violentos ingleses, que sempre se pautaram por violência em toda a sua história? Que dirão eles agora, para tentar manchar os nossos jogadores, nomeadamente o Cristiano Ronaldo e, assim, tentar esquecer outra besta de nome Rooney? Deviam fazer uma selecção de animais, tipo: Rooney, Zidane, Del Piero...e uma mão cheia de holandeses. E por um tal de russo a arbitrar... Era giro.

O Mundial terminou antes da final oficial

Como a FIFA fez, como fizeram a França e a Itália já nem me interessa. Mas que se conseguiu, uma vez mais, levar à final Mundial de Futebol de 2006, duas das piores selecções que jogaram na Alemanha, lá isso é verdade. Ou, melhor, nem sei se é verdade, mas é a minha opinião, e como nunca pretendi ser imparcial, nestes temas - isso fica bem a profissionais de futebol e a pro-profissionais - dou apenas a minha parcial opinião. E como só esporadicamente ,me interesse por futebol, é a opinião de um candidato a amador. Mas será, permitam-me uma opinião, como o valor que tem e tão só isso. Duas das melhores selecções jogaram ontem, para, oficialmente, disputarem o terceiro lugar. Essa foi, para mim, a verdadeira final, por serem as melhores selecções. E como Portugal até jogou melhor do que a Alemanha, então somos segundos no Mundial e a Alemanha, que foi mais eficaz e marcou dois golos (não sei porque contam com os auto golos...) mesmo tendo jogado pior do que nós. O que faz de Portugal...

Elogiar ou comentar o que está correcto

1.Ontem o Governo anunciou o novo pacote que vai alterar profundamente as reformas dos portugueses. Uma medida impopular e muito desagradável, para todos, mas infelizmente será muito improvável poder fazer-se de outra forma. O que isto significa é, uma vez mais, a medida da nossa injustiça social, provocada não por este Governo ou por outro, mas talvez acentuada por vários, mas seguramente devido aos tais nossos geniais gestores, administradores e patrões que andam há dezenas de anos a sugar o Estado (que somos todos nós). 2. Sócrates anunciou que tem intenção de lançar a discussão nacional sobre a nergia nuclear. Depois das precipitadas afirmações do Ministro da Economia, não etnho dúvidas de que acertar de agulhas será bem mais vantajoso para o futuro energético e económico de Portugal. Lançar a discussão não e assumir nada. Mas calar seria discussão é um erro crasso. As energias alternativas, no bom caminho e graças a este Governo, não contribuirão em mais do que 20 a 25% para a red

O Fosso português

Em Portugal aumenta o fosso entre ricos e pobres. Em Portugal aumenta o fosso entre homens e mulheres, no que aos vencimentos diz respeito Em Portugal tem vindo a aumentar o fosso entre gestores e os seus colaboradores, ou trabalhadores. Portugal cria mais injustiça social. Sócrates revê-se no modelo sueco e nos modelos nórdicos de desenvolvimento. Precisamente os países onde o fosso , as diferenças entre ricos e pobres, dirigentes e dirigidos, homens e mulheres é menor, em todo o mundo! Portugal é o país do Foss o, o campeão do fosso das desigualdades. Ando pessoalmente a dizer isto mesmo a todos os que conheço, a familiares, amigos e conhecidos. Este é um problema estrutural gravíssimo que, a acentuar-se, nos vai tornar mais pobres, mais incultos mais escravizados (nomeadamente de espanhóis e de multinacionais em geral). Cunhal falou disto milhares de vezes e, mesmo querendo distanciar-se das ideias de Cunhal, é preciso ter a clarividência para perceber que ele tinha razão. Estas di

25 de Abril

Este ano regressei ao 25 de Abril de forma um tanto inesperada. Estava em casa com os meus filhos a ler um pouco e a dada altura, na tradição de zapping de cá de casa (menos minha e mais dos filhotes, que vejo muito pouca televisão, em dias de semana) passámos pela RTP 1 e demos com o filme da Maria de Medeiros, já visto em tempo, sobre o 25 de Abril. A minha filha mais crescida tem treze anos e o pai dela, com as suas habituais prelecções pedagógicas (e chatas!) lembrou-se de 'educar' um pouco as miúdas (a de treze e a de dez... porque não?) sobre o antigo regime, a revolução de 1974, o que vivi com os meus catorze anos nessa data... Não resultou em muito e, rapidamente, as miúdas logo se maçaram de ver o filme. Resultou em que, nostalgicamente me lembrei desses catorze anos, dessa data, dos acontecimentos subsequentes... de estar junto à rádio, com o meu pai e os meus irmãos a ouvir tudo, tudo o que desse sobre a Revolução... Nesse dia nasci para a política, sentindo e queren

Chaconne da Partita nº2 BWV 1004 de J.S. Bach

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Hoje, na Festa da Música no CCB, assisti a um recital fantástico: Régis Pasquier , violonista francês já frequente na Festa da Música, presenteou o público com uma actuação genial da Sonata para violino solo nº 1 em Sol menor BWV 1001 e com a Partita para violino solo nº2 em Ré menor BWV 1004 de Johann Sebastian Bach. Esta Partita é um das mais famosas de Bach e deve parte da sua fama, não apenas à genialidade da obra em si mesma, mas também às transcrições para piano, que no meu anterior texto referi também ter assistido, ontem em Belém, sendo a mais conhecida a de Busoni, depois a de Brahms, para mão esquerda, e quase desconhecida a de Lutz - que foi professor da intérprete de ontem, Edna Stern , uma pianista que não terá muito mais de vinte anos, mas já de uma virtuosidade e inspiração notáveis. Uma Chaconne , ou ciaconna no seu original, é um estilo de música inspirado num dança, de origem espanhola e que remonta à Idade Média. A dança original é, tal como o 'andamento'

Bach para Piano e Tosse

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A Festa da Música é sempre um acontecimento que me mobiliza sempre, anualmente, percorrendo várias salas do CCB, durante dois dias, de manhã à noite. Este ano dedicada ao Barroco através da Europa, dedicada a J.S. Bach, na sua maioria, mas também a Telemann, Vivaldi, Rameau, Soler, Seixas e outros, numa espécie de corrente de união artística através da Europa, perfeitamente caracterizada pelo lema atribuído pelo seu mentor e organizador, René Martin: "Harmonia das Nações". O público acorre a este acontecimento cultural numa afluência que não tem comparação a este nível e género. Apenas para festivais rock se podem estabelecer comparações de semelhante ou ainda maior dimensão. Mas o público que ali se desloca, como em tantas outras ocasiões, nem sempre sabe a que vai assistir, nem, por isso mesmo, como deve estar . Assim, em recitais de piano, violino ou violoncelo, ou generalizando a recitais solistas ou mesmo concertos, há um fenómeno que se repete insistentemente: este públ

O eternos campeões da lama

Temos a electricidade mais cara da Europa. O gás mais caro da Europa. Os telefones mais caros da Europa. As taxas de cartões de crédito mais caros da Europa. As casas mais caras da Europa. Os carros mais caros da Europa. As escolas mais caras da Europa. Os transportes de mercadorias mais caros da Europa. Os impostos mais elevados da Europa. Os supermercados mais caros da Europa. Só escapam, que me lembre, as bebidas simples, como café, água, cerveja... ..ah! e os vencimentos, de gente normal, claro. Não dos grandes gestores de merda (os mais bem pagos da Europa!) que temos e que nem conseguem ter estratégia para crescer fora do país, consistentemente, mas julgam-se muito bons. E temos os piores governantes, nos governos de merda que temos tido, sendo este o piro de todos. Todos, mas todos os indicadores deste governito de segunda categoria são negativos, excepto numa coisa: se conseguirem, de facto, sem maquilhagens quem socialistas são tão pródigos, reduzir a estrutura e o peso do Est

Sad song without words

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Nem todos se podem dar ao luxo...

Nem todos se podem dar ao luxo de ter uma estadia num dos melhores hotéis portugueses, pertencentes a uma das cadeias mais selectas do mundo. Mas a nosso Selecção de Futebol pode. E, assim, está a ser contruído um novo centro de estágio, em Évora, e não se utiliza nenhum dos já existentes (do Sporting- não sou sportinguista, e outros que nem conheço, pois de futebol percebo pouco mais do que népias). E, assim, para além do custo do novo centro de estágios, Portugal vai pagar mais de duzentos e e vinte mil euros, só pela estadia no hotel- quinze dias...isso mesmo (mais de 45 mil contos! à antiga). Não é para todos...a crise é só para alguns (a maioria de nós, por sinal). (Eu de futebol nem entendo! quem me conhece sabe bem que é verdade...e talvez, também por isso, sou tido como um grande chato, pois as pessoas normais têm semrpe umjouinho qualquer para comentar)

Nuclear não! Pasta de papel, sim!

Grandes decisões, grande capacidade de decisão... O Governo continua a iludir e a dividir os portugueses. Iludir com medidas a vulso, como esta do investimento na fábrica nova da Portucel, empresa privada onde o Estado já não detém uma 'golden share' bem à moda de países de economia centralizada, estatizada, mas em que através de corporativismos quer continuar a 'ter uma palavra'... projecto de anteriores governos e de uma administração demitida por socialistas... Um fábrica de papel de deimenões nunca vistas em Portugal, não é logicamente poluente e perigosa...nem terá de ser desmantelada, pois no nosso país nunca se desmantelam fábricas, deixando-as definhar, morrer, obsoletas e improdutivas. Perigosa é uma central nuclear, mas todos os países europeus as mantêm, e ainda investem em mais. Eu diria que perigoso é um ministro da economia que se vende a amigos e interesses, portugeses e espanhóis, e um Primeiro-ministro que o patrocina... E repito, a energia nuclear perm

Energias

Portugal é, na Europa, o país com maior dependência energética do exterior. Portugal tem também baixa eficiência energética. Quer isto dizer que a diversos níveis consumimos demasiado e mal. Consumimos demasiado quando a incúria nos leva a não controlarmos melhor o consumo em energia eléctrica, quando há excessos nesse consumo, começando por organismos públicos onde há consumos durante toda uma noite em iluminação, quando há deficientes isolamentos de edifícios de escritórios ou de habitação que, para além disso nem deviam utilizar esta forma de energia para processar aquecimento. Para além de tais consumos descontrolados de energia, Portugal tem presentemente reduzidas formas de energia às quais pode recorrer (praticamente apenas energias fósseis como as que provêm do petróleo e de gás natural). Outros países recorrem cada vez mais a energias ditas renováveis, tais como a eólica, a solar e o biogás. Mas em quase todos os países europeus há também um recurso energético de enorme

Passou um ano

Um ano de governo socialista e ...muito pouco ou nada mudou, pelo menos para melhor. Não sou eu, apenas, que faço esta análise e também sei que nem tudo tem que ver com o Governo, nem tudo depende, sequer, da política. Os nossos (maus a muito maus) empresários continuam a ser os mesmos. Alguns, que se julgam muito bons e importantes, limitam-se a fazer importações, sendo representantes de empresas de outros países. Esta mania das representações ("conseguir uma boa representação") é uma das bases mais asfixiantes do nosso tecido empresarial. Mas eles, só eles, não vêm. Mas os empresários de Espanha há muito que entenderam isso. Outros empresários nem as representações que conseguiram as conseguem manter. Mas continuam a ser bons, muito bons. Basta ver como se vestem, como se deslocam, que restaurantes e hotéis frequentam, etc. As importações são uma absoluta necessidade para a nossa economia, pouco original, pouco criativa, pouco produtiva. As empresas multinacionais que cá qu

Um longo, longo voo

Em Espanha, país muito especial, nunca acontece nada de mal. Pelo menos do mesmo mal que aos outros frequentemente sucede. Na agricultura sempre houve fenómenos interessantes, diria calamidades, que nunca surgiram em Espanha, mas que aos outros países da Europa- coitados, não são tão bons como ' eles '- foram trazendo problemas. Problemas sanitários, sociais, técnicos e económicos. O não-surgimento de problemas em Espanha fez-se e faz-se na exacta medida em que os interesses económicos diziam não (lhes) ser nada conveniente, por causa de exportações em curso, (...) que surgissem... Quem sabe um pouco de agricultura deve ter ouvido fala de uma doença dos citrinos (Espanha é o primeiro produtor e exportador mundial, de citrinos em fresco - de sumo é o Brasil) que era arrasadora... a Tristeza dos citrinos (provocada por um vírus). Como era prejudicial à exportação, por poder contaminar outras plantações...nunca apareceu em Espanha (mesmo tendo sido o país que mais a teve). Mais

Colecção Berardo

Confesso não ser um apreciador incondicional de tudo o que é arte contemporânea. Talvez por não saber interpretar tudo o que dela vou vendo em exposições, ou talvez porque, como todas as formas de arte, de que necessitam de se conhecer os contextos, de ter sobre elas alguma formação mínima, ou ainda, de alguma forma termos sido criados ou vivermos num ambiente propício ao seu melhor entendimento. Eu mesmo sou, nas horas livres, de necessidade ou de maior tranquilidade, uma espécie de pintor amador, que se aventura em novas experiências, mas tal não me habilita mais do que a outros, a melhor compreensão ou, na fase seguinte, admiração e prazer ou deslumbramento. Não sendo avesso à “arte contemporânea” e, por outro lado, considerando a arte a forma suprema do conhecimento (nas suas vertentes e expressões mais diversas, sejam artes gráficas, cénicas ou outras), tenho de confessar que algumas obras de arte actual ou contemporânea me chocam pela explícita (mas nem sempre evidente) reduzi

Um dia apenas, sem nada criar

Hoje foi um dia estranho. De viagem para o Norte do país, pouco ou nada de notícias ouvi durante o trajecto. Estranho... Não sei que aconteceu, mas não senti falta delas.Vim com os meus pensamentos, a música no carro, pensando que a única coisa que faz sentido na vida de uma pessoas é a criação. Tudo o que não for criação, tem o valor limitado que pode ter e que é o que o valor que os que criaram, os livros que lemos, os filmes que vemos, a música que ouvimos, as obras de engenharia que admiramos, as descobertas científicas (sempre atendendo à sua limitação, própria da ciência, tão efémera quanto uma nova descoberta que se lhe oponha ou ponha em causa, lhe permite) os projectos económicos... dos outros. E o valor... é dos outros, ou seja o mérito sobre esse valor que queiramos atribuir, ou que lhe seja reconhecido universalmente. Mas para cada um de nós o valor acrescentado da nossa pessoa no mundo em que nos inserimos, só é real, quando criamos. E criamos, quase todos nós, qualquer co

Os saloios da Europa

Como sempre, desde há algumas centenas de anos que vimos vendo a fazer e (re) confirmar esta nossa vocação nacional de saloios da Europa (com respeito pelos autênticos saloios). Agora, Freitas do Amaral vem novamente dar mais um reforço nesse nosso papel de súbditos da intelectualidade e da cultura. Em vez de condenar veementemente as manifestações violentas que dia após dia se sucedem em grande número de países árabes, vem insurgir-se contra os caricaturistas que publicaram o que já se sabe sobre o profeta do Islamismo. Mas porque será ofensivo publicar tais caricaturas? Ofensivo é atentar contra as pessoas e não contra religiões e profetas (todas e todas criações humanas e não ao contrário). E isso fazem-no os árabes quando, diariamente, se manifestam como o têm feito. E isso fazem-no os árabes, e não só o poder político e religioso em muitos desses países - felizmente não em todos - quando mutilam pessoas, como mulheres e presumíveis meliantes, apedrejando umas até à morte e a outro

(Euro) Sondagem para os amiguinhos

Vem a caminho mais uma (Euro) sondagem. Das que, nos últimos anos, têm sido muito amiguinhas do PS- desde o tempo de Guterres...e que mesmo quando o próprio Guterres não acreditava em si mesmo, no seu Governo e nas suas capacidades, lá foi dando sempre vantagem ao partido-amigo. Uma sondagem do amiguinho ROC (não é a marca de cosmética, não, é Rui Oliveira Costa, o amiguinho do PS antes da UGT e agora ao serviço da nacional-mentira que tem sido aquele malfadado partido). Vai tentar dar vantagem a Soares, tentar trazer preocupação a Cavaco e passar Alegre para terceiro lugar, invertendo tudo o que tem sido feito (também não sei...hmmm) por outras sondagens. A ver se um dia antes das eleições se conseguem inverter um pouco as coisas e por Sua Senhoria Dom Mário, herdeiro legítimo desta (da dele) Democracia... mais contente. Não vai resultar...ohh ROC! Já não resultou nas autárquicas. Num país onde nem nos juízes se pode confiar, porque havíamos de acreditar em sondagens? Amigos, amigos,

Mais uma do arrogante...

Sócrates: "o Governo é que vai decidir (sobre o dossier do MIT) e não um funcionário público português" Que queria ele dizer? Que ficou sem nada para dizer, perante a SUA incompetência escarrapachada assim em público? Que o Governo é um órgão competente? Competentemente decisor? (Veremos se o MIT não desiste...) Que é arrogante...para quem ainda não sabia? Mas ser arrogante não é defeito, é característica, é carácter. Ser incompetente já é defeito e dos piores. Que os funcionários públicos são gente baixa, mesquinha, que nada têm que interpelar os que "do alto" decidem...? Que ainda lhe faltava esta desfeita sobre os funcionários públicos (eu não sou, note-se)? Que faz o que quer, como quer e quando quer? Ora aqui está ele enganado, pois é NOSSO funcionário, não público talvez, mas funcionário de Estado, seguramente. Mais um que não sabe o seu papel. Aquele para o qual o elegeram e lhe pagam Ofensivo, arrogante, boçal, convencido, teimoso... como todos os incompete

Portugal país ancestral, país por fazer

Vasco Pulido Valente disse, no Público de Domingo, que Portugal não tinha nem tem uma Dramaturgia. Portugal não tem uma Dramaturgia. Mesmo tenho- num tempo já muito recuado- algguns dramaturgos de renome, mas poucos e sem fazer 'escola'. Portugal nunca teve uma escola musical. Uma corrente. Prestígio como país de música. Mesmo tenho na sua hostória, compositores importantes, como Bomtempo, Carlos Seixas e outros. Portugal tm um aboa literatura, dizem alguns, outros... que não. Mas não tem uma literatura reconhecida como tal. Tem escritores conhecidos internacionalmente. Mas falta-lhe fazer 'escola'. E pintura? Mesmo tendo pintores como Souza Cardoso, Vieira da Silva, Graça Morais, Paula Rego. Internacionalmente, poucos os indentificam com Portugal. Também aqui 'escola', nunca se fez. E noutras áreas? Na gestão, nem uma única escola, faculdade ou instituto figura sequer numa lista de centenas (mais de quinhentas) de escola internacionais. Espanha tem duas. E Eng

Imbecilidade com os dentes todos

Alberto Costa disse que "se Cavaco Silva for eleito à primeira volta isso significa uma distorção do processo democrático"... Pois...por não ser Soares a ter essa possibilidade... Pois... então devia ser PROIBIDO eleger um candidato à primeira volta... Pois... ele é que é um elemento enriquecedor da democracia... Pois... porque se fosse Soares seria enriquecedor, para a democracia e para nós... Pois... porque ser imbecil também é ser palerma!

Recordação dos tempos antigos

Uma imagem linda...pelo nostálgico que tem recordar esses tempos- de má memória- em que ainda pouco sabia de política, da vida, da sociedade e de tantas, tantas coisas, perpassou-me há dias pela frente, devia eu estar a dormitar, a delirar, naqueles momentos de fim de tarde, em que por vezes, de longas jornadas de trabalho, me deixo "passar pelas brasas". Devia ser isso. Só pode ter sido isso. Marcello Caetano e Américo Tomaz, perdão, Sampaio e Sócrates trocavam "galhardetes" à laia de cumprimentos de Ano Novo, cada um se esforçando por tecer rasgados elogios sobre o outro, ou sobre a actividade ( o que já de si é cómico, pela inactividade mais do que óbvia de cada um deles) do outro. A coragem de Marcello Caetano dizia Tomaz... perdão...a coragem de Sócrates, dizia Sampaio... Nunca, depois do 25 de Abril se havia assistido a tão artificial, quanto despropositada e encenada troca de cumprimentos. Democráticos? Não me parece...

A união segundo Soares

O homem que se diz factor de união dos portugueses agora não fala com os jornalistas, porque as sondagens não lhe são favoráveis e, assim, já excluíu alguns dos portgueses da sua lista de portugueses com quem quer efectuar a "união", ou quer quer unir em prol de uma grande causa nacional (a defesa cega e intransigente deste incomotente Governos, já se viu...): os jornalistas e todos os que dizem ir votar no seu adversário. Que são bem mais de 60% de portugueses! Faça-se um país só para ele, para o homem que "fez mais por todos nós, do que nós próprios, todos, juntos" ...segundo Clara Ferreira Alves, claro!

Não me leiam!

Continuamos hoje, pelas notícias ouvidas logo pela manhã, na Grande Farsa socialista. O tribunal de contas vem dizer que há agora prejuízo para o Estado, proveniente das transferências de fundos de pensões, medida adoptada por Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix. è interessante que o mesmo relatório do Tribunal de Contas - liderado agora, como eu na altura denunciara, por um dos socialistas mais fanáticos e pegajosos, Oliveira Martins, deputado PS feito à pressa Presidente do referido Tribunal para, exactamente forjar relatórios facciosos deste teor - não menciona a mesma medida tomada por um Governo socialista, no tempo do incompetente e mentiroso Guterres em relação ao então Banco Nacional Ultramarino... Agora, tal como em tempo de eleições autárquicas, interessa muito a este, também mentiroso Primeiro Ministro, que prometeu ganhos de poder de compra aos portugueses, melhoria das condições económicas do país e outras facilidades ditas em tempos de demagogia eleitoral, e que tem fei

A teoria da conspiração segundo Mário Soares

Já não lhe basta ser um candidato tão vazio e pobre de ideias, que se limita a, por um lado, seguir ou perseguir diariamente os acontecimentos que vão surgindo (agora é a EDP, há tempos era a violência em França, num rodopio de assuntos da menor premência de que se pode revestir o projecto de um candidato presidencial), e apenas isso, sem chama, sem nada de novo a acrescentar, num país exangue, faminto de criatividade a todos os níveis, e também no político, para agora, hoje mais precisamente, o ouvirmos (re) definir a teoria da conspiração: Os órgãos de comunicação social - alguns, segundo ele, de alguma forma procurando deixar de fora os amigos socialistas da comunicação social, por sinal em maioria, num estado de coisas dominadas pelo PS desde que Guterres e Jorge Coelho edificaram esse monumental polvo de interesses, e mediocridade além do mais, que grassa pela nossa imprensa, escrita, falada e televisiva, para melhor lograrem aquilo que se tem visto: um partido que vai ganhando