O palhaço e o seu "cara-branca"

Sempre gostei de circo. Desde criança que aprecio o espectáculo do circo, pelo seu ambiente, pela magia que me transmite e por tudo o que lá vejo, toda a espécie de números e pela variedade também, claro.

Os palhaços sempre me mereceram o maior respeito. Nunca os achei artistas menores e, pelo contrário, sempre os considerei e ao seu papel, inteligente, na minha forma de os ver, usando de uma arte específica, que não está ao alcance de todos, para atingir o objectivo da crítica, social, cultural ou mesmo política.

Não quero, por isso, que me entendam mal, quanto ao mais elevado respeito que tenho por palhaços, mas pelo profissionais, claro.

Ontem, no entanto, ouvi o
Jorge Coelho referir-se a Nikolas Sarkozy como sendo "um palhaço político". Fiquei mais embasbacado do que quando ia com os meus pais ao circo!

Não pelo objecto da ofensa ser ou não o que Coelho pretende que ele é. Mas pelo tom que, vindo de um palhaço, humano e político, como
Jorge Coelho (upsss, fiz o mesmo...upsss), um tipo de pessoas de quem nunca ouvi nada de inteligente nem original, mas apenas repetição de alguma coisa já antes dita por alguém, ter, apesar de tudo a ousadia e a falta de educação suficiente para afirmar "aquilo", com a ligeireza com que o fez apenas porque o francês em causa não é da sua área política.

Se um for mesmo um palhaço político, este outro, o Coelho será, quanto muito um seu "cara-branca" que, como sabemos, faz sempre papel de estúpido...perante a inteligência mais aguçada do outro...

Só me entristece que os portugueses, cada vez menos embora, não consigam entender que tipo de pessoas arrogantes e fascizantes nos andam a pretender governar.

E que me perdoem os verdadeiros Palhaços ("caras-brancas" ou não), artistas maiores na minha escala de valores!

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