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A mostrar mensagens de maio, 2005

Os economistas

(insistindo em escrever apenas para mim... e para mais alguns habitués ...mas hmmm não sei se me apetece mais comentar nos blogues de outros...) Os economistas. Tenho muita consideração pelos economistas. Perdoem-me os outros especialistas de tantas outras áreas. Os getores, quero dizer, os licenciados em gestão em particular. Porque pelos graduados em Gestão não nutro nem uma parcela ínfima da consideração que tenho pelos economistas. Nada de orgânico, nem de particular animosidade. Até conheço alguns gestores por quem tenho a maior das considerações pessoais. Mas, desculpem a minha manifesta ignorãncia, nunca entendi porque razão um licenciado em Gestão é, de forma natural, um líder, numa organização empresarial, muitas vezes assumindo logo de entrada nessa organização posições de superior hierarquia, onde outros já (tentaram ou) demonstraram valores firmes de qualidade profissional. Uma carreira deve iniciar-se sempre por uma base e por um tempo de formação. Nem um suposto formado

Garotice, falta de ética e Estatismo

1. Ferro Rodrigues afirmou, em entrevista na rádio (não o cito por ele ter alguma importância, note-se, mas para que, como mau exemplo, os "outros" seus companheiros, tenham mais sensatez, evitando criancices, garotices e uso de má-fé) que, se Cavaco for Presidente da República (ainda nem confirmou se é candidato e já temem a sua inteligência e postura de honestidade e de estadista), teme (ele Ferro, o de boca de cavalo..no que diz, claro...) que o Governo possa ser demitido, por dissolução da Assembleia da República. 2. Marcelo Rebelo de Sousa disse que o Presidente ideal será Cavaco pois, na actual conjuntura, sendo um especialista de assuntos económicos, pode dar um contributo e uma ajudo ao próprio Governo. Qual das duas posições (opiniões) é mais sensata e mais realista? Qual das duas opiniões é mais própria de um homem de Estado, com sentido de responsabilidade? Qual das duas é mais própria de quem age apenas por moto e interesse próprio, apenas vinculado aos seus inter

Master Toíbin

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" It seemed strange, almost sad, to him that he had produced and published so much, rendered so much that was private, and yet the thing that he most needed to write would never be seen or published, would never be known or understood by anyone." Colm Toíbín , The Master Colm Toíbín é hoje um dos melhores escritores de língua inglesa. Um livro seu, já traduzido para português, O navio farol de Blackwater, já o havia demonstrado. Este livro, que vivamente recomendo (para leitura tranquila, num traquilo deleite de fim de semana) sobre o grande mester americano Henry James é uma confirmação da excelente prosa deste irlandês. Se temos de pensar em tanta coisa má e preocupante, sobre o nosso futuro como país, por estes dias que, ao menos, nos demos a nós próprios um prazer de uma boas horas, passando páginas e saboreando... na angústia de não querer abandonar esta obra de Toíbín.

"Portugal no seu melhor"

Portugal é reconhecido como um dos países mais atrasados (económica, social e culturalmente) da União Europeia (antes e depois do último alargamento aos países de Leste). Portugal é o país que mais necessita de fazer um esforço para se aproximar do patamar de desenvolvimento dos seus parceiros e concorrentes europeus. No pós guerra (Segunda Guerra Mundial) diversos países, mais directamente envolvidos ficaram com o seus tecidos económicos e sociais destruídos, ou bastante danificados (com excepção de algumas indústrias directamente ligadas ao esforço de guerra). Foi o caso da Alemanha, da França do Reino Unido e da Itália e, ainda - embora de forma distinta e a ritmo muito inferior e, principalmente, com objectivos e pressupostos diferentes- os países de Leste, para além da Cortina de Ferro . O enorme esforço de reconstrução é, hoje ainda, o pilar de grande parte da economia industrial dos países mais envolvidos naquela guerra absurda. Os padrões de comportamento laboral ficaram inde

O (des) Governo da teoria

(ia escrevendo por aqui abaixo e pluffff! rebentou-me o Firefox na ponta dos dedos e agora...e agora... perdidas aquelas primeiras palavras, ao fluir da mente- pouca-mente , mas alguma...- já nem apetece escrever o mesmo...) Então o Sócrates (não me apetece chamar ninguém de Engenheiro ou doutor, desculpem-me, sou mais primário, como se costuma dizer da Direita, que é quem todo aquele que não se acha de Esquerda, segundo alguns papalvos...) sempre aceitou as medidas do Ministro das Finanças? E fez muito bem. Pelo menos assim já o Governo pode dizer que fez alguma coisa. Já não era sem tempo. Mas fez mal. Isso é outra história... Tantos anos de Estado despesista, imobilista, retrógrado ( old fashioned é mais elegante, mas hoje estou mais básico, mesmo- hoje e sempre para os meus caríssimos amigos esquerdistas, dou-lhes essa de barato!), pesadão, improdutivo... Tantos anos de empresas despesistas (embora aí com maior rigor na selecção de quem pode e quem não pode ser despesista), imobil

A dificuldade de um português ser optimista

Nos últimos tempos- anos- tem o nosso querido Portugal, andado por mares muito mal navegados, coisa que, no mínimo, não fica nada bem a um país de ancestrais marinheiros (mas também isto se tem vindo a esboroar, a perder, talvez em definitivo). Num primeiro impulso, talvez pueril, ou consequência de uma análise superficial, sou tentado a dizer que os últimos tempos têm uns... quatrocentos anos (tendo o nosso declínio, se tivemos apogeu, se iniciado exactamente logo após a grande época das Descobertas). Mas, contendo-me, vou esforçar-me por assumir uma sensatez que se me torna cada dia mais difícil encarnar. Limitemo-nos, pois, a uma análise de duas épocas: antes do 25 de Abril e os últimos dez anos. Do “antes de Abril de 1974”...nem é preciso escrever muito, pois já muito foi dito, nem sempre a verdade, tal como a sentimos todos nós, os “sem nome”. Mas para esta minha reflexão, basta-me uma simples constatação: nem tudo o que de mau se passou se deveu a um homem apenas m

A importância de LER: uma análise superficial

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Para que fiquem mais claras algumas ideias, antes de me enveredar pela reflexão a que me proponho, quero começar pelos seguintes pressupostos: Primeiro ponto : Para vivermos e sentirmo-nos bem, não é fundamental termos gosto pela leitura. Tudo depende das nossas expectativas, em relação à vida, ao que se quer e espera dela. E do nosso relacionamento com o meio em que nos inserimos. Segundo ponto : Para sermos informados, não é fundamental lermos livros. Aliás, uma grande parte da informação flui hoje com velocidade tal que não se compadece com o ritmo da feitura (escrita, revisão, proposta a editoras, impressão, distribuição, ...etc) de um livro. Hoje, o ritmo e a frequência informativa são de tal ordem que tudo nos chega mais rápido do que a informação contida num livro (partindo do princípio que esta será relevante, formativa e contribuinte real para a cultura individual). As notícias chegam ainda mais rápido do que o tempo de uma viagem, mesmo de avião. E nem sempre assim foi. Terce

A nova mania dos desafios

Há algum tempo que me questiono sobre o que motiva alguns dos mais assíduos (diariamente frequentadores) escrevedores (escritores/as??) dos blogues portugueses a se desafiarem mutuamente... a questionários, textos e outras coisas mais. Será instinto infantil? Será a procura constante por uma constante frequência dos seus blogues, pelos seus leitores? A mania do "sitemeter"? Interessante... Porque não, apenas, escrever livremente? A forma, aliás, mais segura de se ser livre? Pensar e exprimir (não expressar, como agora é frequente ouvirmos e lermos) livremente, seguindo, assim a natureza e originalidade da "filosofia" (termo exagerado, diga-se) da blogosfera. Há por aí muitos escrevedores de blogues que encaram isto como se de um jogo - do género dos que se podem fazer em fins de semana com amigos ou família, à laia de "passatempo" (quando a conversa ou a leitura é demasiada para certas cabeças...) - se tratasse. Enfim...há gostos para tudo, mesmo que maus

Carlos Ruiz Zafón

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Um excelente livro. Literatura no seu melhor. Para ler devagar, saboreando, sem parar.

Lê-se mais...

Tenho lido que se lê mais, agora (interessante frase...) em Portugal. Espero que sim, sinceramente, eu que me arrepio quando assisto a cenas da nossa via provinciana, diariamente, em todo o lado. Nas ruas, nos cafés, nas empresas, nos espectáculos, na TV (mas desta não posso dizer muito pois sou mau cliente) Lê-se mais e espero que se leia MELHOR. Com espírito crítico, com profundidade, para retirar da leitura uma aprendizagem, uma experiência nova, ideias, sensações. Para que a leitura mostre a todos os que agora se acrescentam , todos os dias, pouca a pouco, ao clube de leitores reduzido, ainda de Portugal, se torne mais culto, mais informado, mais exigente consigo e com os outros. Espero que esta senda continue. Que esta Onda se alastre e se agigante. Que nos renovemos por dentro, para darmos aos outros mais e MELHOR de nós. Mas agora resta saber se temos muitas editoras à altura do que Portugal necessita neste campo. Muitas editoras, sei que temos. Editoras boas...algumas, sim...m

Não há razão para alarme...

Diz o Ministro da Agricultura que não há, ainda, motivo que justifique a declaração de Estado de Calamidade no país. Isso mesmo... é o que dá termos governos arrogantes! É o que dá termos ministro teóricos, gestores de dossiers (o Expresso escreve dossiê, à moda do Brasil, pois, por pura e simples ignorância, não sabe que o acordo da língua permite as duas formas..eu mantenho dossier, mesmo não sendo português, tal como a outra forma não o é). É o que dá que governos que têm a "sua agenda", como diz e repete à exaustão mais "chata" e arrogante, Jorge Coelho (mas o país, que dá emprego ao governo, note-se...votar é também dar empregos!, o país continua à espera da Agenda...que nem sabe qual é). Uma redução de oitenta por cento em culturas de regadio no Alentenjo, não é "ainda" razão para calamidades... Mas o que significa o "ainda" do iluminado Ministro? Tem apenas a ver com a famosa (famigerada) agenda? É...que desde este tempo, este Maio seco a

Um favor do Sr. Presidente

Estava para regressar ao meu blogue sem entrar pelo comentário político, ou mesmo observação do nosso frequentemente triste quotidiano. Mas é irresístivel... O nosso circo social, político e empresarial (principalmente este, com tanta incompetência na área da gestão das nossa tristes empresas). Irei, pois, de vez em quando (apenas...espero) escrever sobre essas nossas mesquinhices políticas e outras minoridades Mas pretendo (esta não é uma declaração de intenções) ter um blogue mais "livre" de politiquices e coisas comuns do nosso dia-a-dia. Jorge Sampaio concluiu que seria melhor dar uma mãozinha a Sócrates, já demasiado incomodade com esta coisa do referendo sobre a IVG. Não é muito popular e, nesta fase, antes de eleições autárquicas, muito pertubador. Obrigado amigo Sampaio (não sou eu que digo) , ele (ele, Sócrates, claro) já lhe deve duas: a maioria absoluta e mais esta agora.