É Natal! É outra vez Natal. Para mim e para muitos "cotas", desde o Natal "de há dias", o de 2003 e este tudo se passou como se alguém puxasse pelo tempo, porque este tempo não é, não tem sido dos melhores. Mas para as crianças, se todos nos lembrarmos de quando éramos pequeninos, o tempo é de outra relatividade. Não voa ainda. Até, por vezes, lhes custa a passar. Quando não estão ocupados, suficientemente. Agora, por estes dias, ainda mais lhes custa a passar. A uns porque nunca mais parece chegarem as férias. A outros, mais pequeninos, porque o tempo da grande festa, de estar em casa, em família, com todas as tradições deste tempo, as doçarias, as visitas anuais de amigos e família e, claro as músicas de Natal! É deste Natal musical que vinha falar. Mas, muito melhor do que falar é ouvi-la. E, sendo suspeito, por ter ligações ao projecto, venho propor-çhes um excelente e mágico concerto no Teatro São Luiz, no próximo Domingo, dezanove. Mesmo a tempo! De ouvir e deixar-se inebriar, com encantamento, por estas maravilhosas crianças, que muitos ao ouvir, nem acreditam de crianças se tratarem. São artistas de palmo e meio. São jovens e crianças que contagiam com a sua arte. Verdadeira arte. E cheia de música. É ir e encantar-se!
Millennium de Stieg Larson: Os homens que odeiam as mulheres
Li os livros de Stieg Larson de uma assentada. Foram três livros entre as quinhentas e as mais de setecentas páginas de leitura compulsiva. Pela narrativa contagiante e contaminante que o autor imprimiu às três histórias. Quando terminei, a primeira sensação foi de alguma desolação por ... não haver mais para ler. Não são, em minha opinião, livros de uma literatura de elevado grau, de uma escrita marcante e profunda, ou que possam constituir um padrão e um marco na literatura europeia e sueca. Mas são histórias que têm muitas qualidade. Antes de mais a febre de ler. O prazer regressado de boas histórias, bem contadas e que nos fazem esquecer algumas incongruências do autor, para nos deliciarmos com a vertiginosa sucessão de acontecimentos, não sem que sejam marcantes do ponto de vista da visão e ideias do escritor: a injustiça para com as mulheres, injustiça social em geral, corrupção e manipulação de órgãos de poder e instituições, racismos, etc. Larson construiu duas personagens fasc
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