Ninguém fala do verdadeiramente essencial – daquilo que diferencia os povos e os países, que faz a destrinça entre os que asseguraram o seu futuro, através de uma sociedade criativa, informada, culta evolutiva, e os que são levados na onda comandada pelos primeiros. Ninguém fala da nossa falta de cultura, pior da nossa falta de amor por ela, pela vontade de aprender, evoluir, de criarmos gerações informadas, com capacidade de se auto -regenerarem e renovarem em tempos mais difíceis. Não há cultura. Não se lê, não escreve, excepto sobre coisas comezinhas, sobre "casos" tipo Marcelo R. Sousa, etc. As coisas são o que são. Estas coisas. Não as eternizemos, mas do que merecem. Pior mesmo é a nossa classe dirigente – política e empresarial, esta ainda pior do que aquela, acreditem. Que chova este fim-de-semana e lave tudo isto. A todos nós! Uma boa chuvada e música e leituras, das boas, já agora... que para Records e Bolas já temos de sobra...Bolas!!!
Millennium de Stieg Larson: Os homens que odeiam as mulheres
Li os livros de Stieg Larson de uma assentada. Foram três livros entre as quinhentas e as mais de setecentas páginas de leitura compulsiva. Pela narrativa contagiante e contaminante que o autor imprimiu às três histórias. Quando terminei, a primeira sensação foi de alguma desolação por ... não haver mais para ler. Não são, em minha opinião, livros de uma literatura de elevado grau, de uma escrita marcante e profunda, ou que possam constituir um padrão e um marco na literatura europeia e sueca. Mas são histórias que têm muitas qualidade. Antes de mais a febre de ler. O prazer regressado de boas histórias, bem contadas e que nos fazem esquecer algumas incongruências do autor, para nos deliciarmos com a vertiginosa sucessão de acontecimentos, não sem que sejam marcantes do ponto de vista da visão e ideias do escritor: a injustiça para com as mulheres, injustiça social em geral, corrupção e manipulação de órgãos de poder e instituições, racismos, etc. Larson construiu duas personagens fasc
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