Gongar pela manhã?



Chegar ao café perto do local de trabalho e ter logo um recital de pires e chávenas que alguém ia recolhendo da máquina e emparelhando...já é quase insuportável, não estivesse já um tanto acostumado a esta típica poluição portuguesa que, entre outras coisas, bloqueia totalmente a audição de uma chamada por telemóvel.

Agora... ainda ter, para além dos pratos, chávenas e talheres com ruídos e faíscas, um indivíduo com ar indolente, tipo, que hei-de fazer hoje do meu dia, a gongar uma qualquer melodia (ou anti-melodia), entre o inaudível e o irritante...!?

Os cinco minutos, no máximo, que esta operação de ingestão de cafeína demorou, foram uma colherada a mais, no stress que se iniciava, após uma meia hora de voltas com o carro na busca de estacionamento. Tudo se alterou apenas, quando voltei à rua, e regressei ao espantoso sol lisboeta, de intensa luz branca, temperado, embora, com um vento em crescente que anuncia já o Outono.

Enfim, bendita Sexta-feira. Com "gongo" e tudo.

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